De saída do Botafogo, Artur Jorge não crava destino: "Abordagens de Brasil, Portugal e Oriente Médio".
Técnico não fica no Alvinegro na próxima temporada.
Em alta com o desempenho em 2024, o técnico Artur Jorge afirmou ter recebido sondagens do Oriente Médio, da Europa e também de outros clubes do futebol brasileiro.
Em entrevista ao site Mais Futebol, de Portugal, o técnico, que está deixando o Alvinegro, fez um balanço da temporada e projetou seu futuro.
"Valorização que deve ser reconhecida. Nesta altura, tivemos algumas abordagens, não só na parte final do campeonato. A partir mais ou menos da semifinal contra o Peñarol, começamos alguns contatos sobre possibilidades, equipes que possam demonstrar curiosidade sobre a minha posição. Tivemos equipes brasileiras, portuguesas e do Oriente Médio", afirmou Artur Jorge.
No último sábado (28), o ge noticiou que o técnico não permanecerá no Botafogo em 2025 e algumas razões para o rompimento entre clube e treinador.
O português tem acordo comandar o Al-Rayyan, do Catar.
Será necessário o pagamento da multa rescisória do técnico, que tem valor de 2 milhões de euros (cerca de R$ 12,9 milhões, na cotação atual).
O treinador e seu staff consideraram que o Botafogo deveria conceder uma valorização salarial após as conquistas e se incomodaram ao considerar que o clube não se posicionou quanto a isso, mesmo diante da procura de outras equipes.
"A valorização dos resultados e daquilo que é feito de bom no trabalho potencia e valoriza todos os profissionais. Basta ver que temos jogadores do Botafogo que fizeram uma temporada tremenda e estão sendo cobiçados e saindo para outras equipes. Nosso próprio diretor esportivo que acaba de sair para o Santos pelo bom trabalho feito conosco. Portanto, o treinador faz parte dessa valorização", disse.
"Vou trabalhar para poder ter um ano tão bom como foi 2024, o melhor ano da minha carreira. Em dois países diferentes, conquistei três títulos. Foi um ano de grande felicidade pessoal".
Antes mesmo de chegar ao Botafogo e conquistar o Campeonato Brasileiro e da Taça Libertadores, Artur Jorge já desenhava um ano vitorioso no Braga, com a conquista da Taça da Liga de Portugal e ostentava um bom desempenho no Campeonato Português, na quarta colocação.
O treinador não descarta voltar a Portugal no futuro.
Mas, apesar do carinho pelo Braga, seu interesse é comandar um dos grandes do país.
"Não é minha prioridade voltar a Portugal. Voltar a Portugal seria apenas para Benfica, Porto ou Sporting", comentou.
Veja outras respostas do treinador:
Sucesso dos portugueses no Brasil:
"Tenho que dizer que é competência. Tivemos outros treinadores que passaram lá. Não é fato consumado que o treinador português vai ter sucesso no Brasil. Neste ano, tivemos seis treinadores portugueses competindo no Brasileiro a certa altura, acabamos dois, eu e Abel. Naturalmente, os princípios que temos como técnico portugueses, nosso rigor, disciplina, a forma de lidar com os grupos é um ponto de sucesso. Mas tem que ver competência no que fazemos, obviamente temos que ter recursos, mas há muito do que levamos para acrescentar à equipe. Você falou do Jesus e Abel que são duas referências para mim fortes no percurso que tiveram no Brasil, e acho que também consegui deixar essa marca. Meu registro iguala estes dois nomes, vou para uma galeria de notáveis. Não é só conquistar títulos. Conseguimos títulos, mas tivemos o reconhecimento de que éramos a melhor equipe a jogar futebol na América do Sul".
Relação com Abel:
"Só tivemos contato quando jogamos contra. Fomos amigos desde o Braga. Trabalhamos juntos no Braga. A rivalidade se sente muito. Botafogo e Palmeiras criaram uma nova realidade, pelos percursos da equipe. O Palmeiras nos deu muito trabalho, lutou até o fim, nos obrigou a andar no limite. Valorizaram o nosso campeonato. Nós vencemos ou empatamos os jogos com eles, mas é uma equipe forte. Não fosse eu e o Botafogo campeões, que fosse o Abel. Ele trabalha por isso, tem uma equipe fortíssima, de forte investimento".
Desejos para 2025:
"Depois de um 2024 tão pleno, o que desejo era poder igualar o que foram meus sentimentos de felicidade e de dever cumprido do que fiz em 2024".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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