Resumo das Paralimpíadas: Brasil tem ouro inédito no goalball e dobradinha no atletismo.
Com dois títulos nesta sexta-feira (6), Brasil iguala recorde de ouros conquistados em uma única edição dos Jogos Paralímpicos e se mantém na briga por inédito sexto lugar no quadro de medalhas.
O Brasil igualou nesta sexta-feira o recorde de ouros já faturados em uma única edição de Paralimpíadas.
Com um título inédito no goalball masculino vencendo a China e uma conquista de Thiago Paulino, que puxou uma dobradinha no atletismo, o país chegou a 21 medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
A marca que tem tudo para ser superada neste sábado, penúltimo dia de disputas no Japão.
Além dos dois ouros, o Brasil conquistou uma prata inédita na canoagem com Luis Carlos Cardoso, um bronze na natação com Wendell Belarmino, um bronze no parataekwondo com e Silvana Fernandes e dois bronzes no atletismo, um com João Victor Teixeira e Marco Aurélio Borges.
O Brasil foi ultrapassado pela Holanda e caiu para o sétimo lugar no quadro de medalhas, mas se manteve no páreo pelo inédito sexto posto.
O dia ainda teve uma derrota do Brasil diante dos Estados Unidos na semifinal do vôlei sentado feminino.
O goalball feminino brasileiro perdeu a disputa pelo bronze com o Japão e não conseguiu o pódio inédito.
Mas teve também brasileiro se classificando para a semifinal no parabadminton e o anúncio do porta-bandeira do país na cerimônia de encerramento dos Jogos: Daniel Dias vai representar o país em seu último ato em Paralimpíadas.
🥇🥅🔵 Ouro inédito no goalball 🥇🥅🔵: Bicampeão mundial, o Brasil celebrou o ouro inédito no goalball masculino. Depois da prata em Londres 2012 e o bronze na Rio 2016, os brasileiros dominaram a China e venceram por 7 a 2 na final desta sexta-feira (3), com três gols de Leomon, três gols de Parazinho e um de Romário.
Alex de Melo, Emerson Silva e José Roberto de Oliveira completaram o time campeão paralímpico em Tóquio, que terminou com quatro vitórias e uma derrota, melhor campanha da competição.
Entre as mulheres, o Brasil repetiu o resultado da Rio 2016 e acabou na quarta posição.
Nesta sexta-feira (3), as brasileiras perderam a disputa do bronze inédito por 6 a 1 diante do Japão.
Victoria fez o único gol brasileiro no jogo.
🥇🥉 Dobradinha no atletismo 🥇🥉: O Brasil fez uma dobradinha no atletismo. Recordista mundial e atual bicampeão mundial, Thiago Paulino foi ouro no arremesso do peso F57, para atletas que competem em cadeira.
Com 15,10m, ele quebrou o recorde paralímpico que já havia sido quebrado pelo brasileiro Marco Aurélio Borges (14,85) e pelo chinês Guoshan Wu (15,00).
Marco ficou com o bronze para selar a dobradinha verde-amarela.
Os dois atletas chegaram pela primeira vez a um pódio de Paralimpíadas.
E teve mais uma medalha para o Brasil nas provas de campo do atletismo nesta sexta-feira (3).
João Victor Teixeira, que já havia sido bronze no arremesso do peso F37, foi o terceiro colocado do lançamento do disco F37.
Atual campeão mundial da prova para paralisados cerebrais.
🥈🛶 Prata inédita na canoagem 🥈🛶: O Brasil subiu no pódio no primeiro dia de finais da canoagem. Luis Carlos Cardoso só ficou atrás do húngaro Peter Kiss, atual campeão mundial, e ficou com a prata no caiaque 200m KL1, para canoístas que só usam o braço na remada.
Já é o melhor resultado da história da canoagem brasileira em Paralimpíadas.
Na Rio 2016, a única medalha havia sido um bronze de Caio Ribeiro, que acabou na quinta posição do caiaque 200m KL3, para canoístas que usam braços, tronco e pernas na remada.
🥉🏊 Bronze para fechar a natação com recorde 🥉🏊: No último dia da natação, Wendell Belarmino conquistou o bronze nos 100m borboleta S11, para nadadores cegos.
Ele cresceu no fim para superar o holandês Rogier Dorsman e ficar atrás apenas dos japoneses Keiichi Kimura e Uchu Tomita.
Foi a terceira medalha do nadador de 23 anos em Tóquio, também foi ouro nos 50m livre S11 e prata no revezamento 4x100m livre misto para deficientes visuais.
Com o resultado de Wendell, o Brasil fechou a natação com recorde de pódios.
Superando as 19 medalhas da Rio 2016, em Tóquio foram 23 no total: oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze.
🏊 O porta-bandeira do Brasil 🏊: Depois de três bronze em Tóquio, Daniel Dias encerrou sua carreira na natação como maior medalhista paralímpico do Braisl, com 27 conquistas.
Foram 14 ouros, sete pratas e seis bronzes em quatro edições dos Jogos Paralímpicos (2008/2012/2016/2020).
Nesta sexta-feira (3), o Comitê Paralímpico Brasileiro anunciou que o nadador vai ser o porta-bandeira do país e representar os atletas brasileiros na cerimônia de encerramento dos Jogos, no domingo (5).
🥉🥋 Bronze no parataekwondo 🥉🥋: Depois do ouro de Nathan Torquato na estreia do parataekwondo em Paralimpíadas, o Brasil voltou ao pódio no segundo dia da modalidade.
Silvana Fernandes conquistou o bronze na categoria até 58kg da classe K44, para pessoas com deficiências em membros superiores, única classe nos Jogos de Tóquio.
Ela venceu a americana Brianna Salinaro nas quartas de final, perdeu para a dinamarquesa Lisa Gjessing na semifinal, mas se recuperou com uma vitória por 26 a 9 sobre a turca Gamze Gurdal na luta pelo bronze.
🏐 Tropeço no vôlei sentado 🏐: A seleção brasileira feminina de vôlei sentado parou na semifinal diante das americanas, atuais campeãs paralímpicas e vice mundiais.
Invictas até esta sexta, as brasileiras foram superadas por 3 sets a 0 diante dos Estados Unidos e vão disputar o bronze com o Canadá para tentar repetir o resultado da Rio 2016.
🚴 Ciclismo fica no quase 🚴: O Brasil fechou sua participação no ciclismo das Paralimpíadas sem medalhas.
Nesta sexta-feira (3), Lauro Chaman acabou na quarta posição da prova de estrada C4-5, repetindo a posição da prova de contra-relógio em estrada.
Atual campeão mundial e bronze na Rio 2016, Lauro era a principal esperança de pódio no ciclismo.
🏸 Brasil na semi do parabadminton 🏸: Vai ter brasileiro no páreo por medalha no parabadminton. Vitor Tavares perdeu para o indiano Krishna Nagar por 2 a 0, parciais de 21/17 e 21/14, mas já havia garantido ao menos a segunda posição do Grupo B da classe SH6, para pessoas com baixa estatura.
O paranaense de 22 anos vai encarar na semifinal Man Kai Chu, de Hong Kong.
🔵🔴⚪ Brasil eliminado na bocha 🔵🔴⚪: Depois de três edições de Paralimpíadas subindo no topo do pódio, a bocha brasileira se despediu dos Jogos de Tóquio com apenas dois bronzes nas disputas individuais.
Nas provas por equipes, o Brasil foi eliminado na fase de grupos nas três classes.
Campeã na Rio 2016, a equipe da BC3 foi eliminada no desempate no último jogo contra o Japão.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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