sexta-feira, 25 de junho de 2021

Ficou no quase

Brasil luta, mas cai para Estados Unidos e fica com vice na Liga das Nações.

Seleção sai na frente, faz jogaço, mas peca em momentos importantes e perde para rivais.

Por um momento, o caminho se mostrou aberto. 

Diante de seu maior rival na atualidade, o Brasil desfilou talento e força em Rimini. 

Do outro lado, porém, os Estados Unidos voltaram a se firmar como um dos favoritos para as Olimpíadas. 

Em um jogaço, a seleção de José Roberto Guimarães lutou, mas não conseguiu superar as americanas na final da Liga das Nações: 3 sets a 1, parciais 26/28, 25/23, 25/23 e 25/21.

É o terceiro título dos Estados Unidos na Liga das Nações: venceu, também, em 2018 e 2019. 

A seleção, então, segue na fila em busca de seu primeiro troféu na competição. 

Ainda que tenha de se contentar com o vice, porém, o Brasil deixa a Itália com a sensação de estar dando os passos certos rumo a Tóquio.

Foi, acima de tudo, um jogaço. 

Dos dois lados. Ainda que tenha errado mais do que o permitido em uma final desse nível, o Brasil mostrou força diante de um rival em um estágio mais avançado na preparação rumo a Tóquio. 

No primeiro set, quase perfeito, largou na frente. Teve boas chances nas parciais seguintes, mas vacilou em momentos decisivos. 

Apesar do vice, fica a impressão de que a seleção deu largos passos na construção do time para as Olimpíadas.

Primeiro set - Brasil larga na frente com toque de Zé Roberto: O início não foi dos melhores. 

Os Estados Unidos abriram a conta com 3/0, sem muitos problemas. 

Carol, com um bloqueio, tirou o zero do placar e colocou o Brasil no jogo. 

Na primeira parada técnica, as americanas seguiram a vantagem, com 8/6. 

Mas foi por pouco tempo. 

A seleção cresceu e chegou ao empate com Tandara. 

Logo depois, tomou a frente com um ataque de Fernanda Garay, abrindo 10/9. 

O Brasil conseguiu ampliar a vantagem. 

Gabi atacou no fundo e deixou a seleção com 16/13 antes da segunda parada técnica.

Na volta, Garay soltou o braço e ampliou ainda mais a diferença. 

Karch Kiraly, então, parou o jogo. 

Um ace de Bartsch-Hackley e uma falha de comunicação entre Macris e Carol fizeram que a vantagem brasileira caísse para apenas um ponto (19/18). 

Larson deixou tudo igual logo depois. 

Gabi fez com que o Brasil tivesse um set point, mas a seleção viu os Estados Unidos virarem na reta final. 

Um bloqueio de Akinradewo sobre Garay chegou a dar o set para as americanas. 

Zé, porém, flagrou um toque na rede da central e evitou o fim da parcial. 

Tandara parou Thompson na rede e devolveu a vantagem para o lado brasileiro. 

Um belo saque de Macris, uma falha na recepção americana e um ataque para fora de Bartsch-Hackley. Pronto. 

No roteiro final do set, a vantagem brasileira na partida: 28/26.

Segundo set - Brasil vacila no fim, e Estados Unidos empatam: 

O Brasil manteve o ritmo na volta à quadra. 

No primeiro ponto, depois de Gabi salvar uma bola perdida com o pé, Thompson mandou para fora e abriu a conta a favor da seleção. 

Os Estados Unidos até sentiram em um primeiro momento, mas tomaram a dianteira no placar depois de dois erros seguidos das brasileiras, com 6/4 no placar. 

Mas, assim como no primeiro set, o Brasil buscou. 

Em um ataque para fora de Drews, a seleção tomou a frente em 14/13.

No segundo tempo técnico, depois de mais um erro de Drews, o Brasil manteve a vantagem em 16/14. 

Só que os Estados Unidos não deixaram as brasileiras desgrudarem no placar. 

Em uma invasão de Tandara na linha de três, as americanas viraram em 21/20, e Zé Roberto parou. 

As americanas ampliaram, mas o Brasil foi buscar. 

Um ataque de Gabi deixou tudo igual, em 22/22, e foi a vez de Kiraly pedir tempo. 

Um breve descuido fez com que as americanas voltassem a abrir e fechassem a parcial em 25/23.

Terceiro set - Brasil mostra força, mas Estados Unidos viram no fim: Thompson, bola de segurança das americanas, abriu a conta no terceiro set. 

Mas o Brasil não demorou a mostrar que não sentira o golpe. Garay, em uma pancada, fez 4/2. 

Era, acima de tudo, um belo jogo dos dois lados. 

Os Estados Unidos empataram, mas a seleção chegou à primeira parada técnica com 8/6, depois de pontos de Natália e Carol. 

Na volta, em um bloqueio simples, Gabi ampliou a vantagem.

Mas nenhuma vantagem era tão sólida assim. 

Os Estados Unidos voltaram a buscar e passaram à frente depois de um ataque de Gabi para fora: 14/13. 

Os times passaram a trocar pontos, de um lado e do outro. 

Foi a senha para uma reta final dramática. 

A seleção chegou a ter a vantagem, mas os Estados Unidos viraram depois de um bloqueio sobre Gabi, em 23/22. 

Mais tarde, fecharam a conta em 25/23 e tomaram a vantagem.

Quart set - Brasil permite a virada e fica com o vice: Na volta à quadra, o Brasil acelerou. 

Abriu 4/0 logo de cara, assustando Kiraly, que parou o jogo. 

As americanas até tentaram reagir, mas viram a seleção chegar à primeira parada técnica com 8/4 no placar. 

Mas, adivinha?, os Estados Unidos foram atrás. 

Depois de dois erros em sequência de Tandara, a diferença caiu para apenas um ponto.

Mais um rali e mais uma boa vantagem para o Brasil logo depois. 

Natália, com uma pancada, fez o Brasil chegar a 13/10 na conta. 

Mas os Estados Unidos, mais uma vez, foram atrás. 

Chegaram à virada depois de um bloqueio sobre Carol. 

Na sequência, abriram 19/17. 

Zé Roberto mexeu e mandou Rosamaria à quadra, em uma troca simples com Tandara. 

Um bloqueio de Carol sobre Larson fez o Brasil sonhar. 

Mas foi o paredão construído pelas americanas junto à rede que sacramentou a queda brasileira. 

Os ataques já entraram mais, e os Estados Unidos fecharam a partida em 25/21.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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