sábado, 1 de agosto de 2020

Longe do planejado

Um ano depois, São Paulo ainda não tem parceiros para ajudar a pagar salário de Daniel Alves.

Vencimentos do camisa 10 é de cerca de R$ 1,5 milhão mensais, entre luvas e direito de imagem.

Um ano após a contratação de Daniel Alves, o São Paulo não conseguiu firmar nenhuma parceria para ajudar no pagamento dos salários do camisa 10. 

Um dos objetivos do clube era contar com apoio financeiro de terceiros.

Embora não tenha pagado pela transferência de Daniel Alves, já que ele estava livre no mercado no meio de 2019, o Tricolor tem que investir cerca de R$ 1,5 milhão por mês no jogador, entre salários, luvas, bônus e acordo pelos direitos de imagem. 

Esse gasto é semestral, por conta do acordo feito entre clube e atleta (parcelas em abril e outubro, inicialmente).

O valor que corresponde somente aos salários é de aproximadamente R$ 500 mil. 

O restante seria pago com a ajuda desses parceiros. 

Até agora, nenhum acordo foi fechado e o clube terá que arcar com todas as despesas.

Antes da pandemia do novo coronavírus, o São Paulo tinha conversas avançadas com um investidor, mas as negociações esfriaram e não há qualquer perspectiva de que uma reviravolta aconteça nesse sentido.

Em setembro do ano passado, o clube afirmou ao globo esporte que estava dentro do prazo para buscar parceiros e que os pagamentos de imagem iriam iniciar no final de abril de 2020. 

Por conta da paralisação das competições, houve novo acordo de prazo para quitar esses vencimentos. De acordo com a diretoria, Daniel Alves entendeu a situação e "abriu mão de muita coisa".

Caso não conseguisse esses parceiros, o São Paulo contava com a venda de produtos explorando a imagem de Daniel Alves. 

Além disso, havia a expectativa de um crescimento no número de sócios-torcedores com o "fator Dani".

O que se viu nesse período, porém, foram poucas ativações de produtos com o nome e a imagem do jogador. 

As camisas, que sempre contaram com Daniel Alves como garoto propaganda, não tiveram o número de vendas divulgado. 

Já o aumento dos sócios não foi o esperado, o clube citou um acréscimo de 7 mil associados depois da chegada do reforço, em agosto do ano passado, mas, com a pandemia, o plano foi prejudicado.

O ganho com bilheteria também era visto como primordial para alavancar as finanças, mas até agora isso não se comprovou. 

Com um momento instável no final do ano passado, o São Paulo não conseguiu lotar sempre o Morumbi mesmo com a presença de Daniel Alves. 

O camisa 10 até fez críticas a esse ambiente frio do estádio em determinadas ocasiões. 

Neste ano, a pandemia do novo coronavírus vai agravar ainda mais a situação.

Dentro de campo, o retorno esportivo ainda é insuficiente. 

O camisa 10 é um dos artilheiros da equipe no ano, com cinco gols marcados, mas a eliminação para o Mirassol escancarou alguns problemas da equipe e prejudicou a briga por uma premiação maior no Paulistão. 

A maior "conquista" até aqui foi a classificação para a fase de grupos da Taça Libertadores da América.

Mesmo com a venda de Antony ao Ajax, da Holanda, e o recebimento de cerca de R$ 60 milhões em julho, o São Paulo vive uma grave crise financeira e atrasou o pagamento dos salários dos jogadores em junho.

O reflexo desse momento é que, mesmo com o retorno das competições, o salário dos atletas do São Paulo deve sofrer um corte de 25% até o final do ano.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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