Copa do Mundo de 2026, com 48 seleções, será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.
Candidatura norte-americana derrotou a de Marrocos por 134 votos a 65.
A Copa do Mundo de 2026, a primeira com 48 seleções, será disputada na América do Norte, com jogos nos Estados Unidos, no Canadá e no México.
A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, em Moscou, durante o Congresso da FIFA.
A candidatura liderada pelos Estados Unidos teve 134 votos, contra 65 votos do Marrocos, que contou com o voto do Brasil.
A candidatura marroquina foi derrotada em sua quinta tentativa de organizar a Copa do Mundo.
Escolhida as sedes da Copa do Mundo de 2026: Estados Unidos, Canadá e México. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Uma confederação votou para nenhuma candidatura, e ainda houve três abstenções.
Oito países não puderam votar: Guam, Porto Rico e as Ilhas Virgens americanas, mais os 4 candidatos (Marrocos, Estados Unidos, Canadá e México), assim como Gana, que não veio ao Congresso (presidente da Federação preso e sob intervenção do Governo).
A edição de 2026 vai marcar o início de um novo modelo de Copa do Mundo, com mais participantes, mais jogos, mais estádios e mais países organizadores.
Em vez dos atuais 32 times divididos em oito grupos de quatro, o Mundial terá 48 participantes, divididos em 16 grupos de três.
Os dois primeiros de cada chave avançam aos mata-matas, que terá uma fase a mais do que hoje.
O novo formato da Copa do Mundo vai obrigar a FIFA a redesenhar as Eliminatórias, já que todas as confederações terão mais vagas do que têm hoje.
A Copa do Mundo da América do Norte será majoritariamente disputada nos Estados Unidos.
Das 80 partidas do torneio, 60 serão nos Estados Unidos, inclusive a final.
As demais 20 serão divididas igualmente entre Canadá e México.
Será a segunda Copa dos Estados Unidos, que já organizou o torneio em 1994, e a terceira do México, que abrigou a Copa em 1970 e 1986.
FIFA confirma Copa do Mundo com 48 seleções e overdose de partidas: Esta foi a primeira vez em décadas que a escolha da sede da Copa do Mundo se deu numa votação aberta, com a participação de todas as associações nacionais de futebol.
As sedes dos Mundiais de 1990 a 2022 foram escolhidos pelo 24 integrantes do Comitê Executivo da Fifa (hoje rebatizado de Conselho da FIFA).
A última delas, que resultou na vitória de Rússia (2018) e Qatar (2022) foi marcada por denúncias de corrupção e compra de votos.
A eleição desta quarta-feira teve os votos de cada país tornado público imediatamente num telão no centro de convenções onde ocorreu o Congresso da FIFA.
Para convencer os eleitores, a candidatura da América do Norte prometeu lucro recorde para a FIFA e para as associações nacionais.
Numa apresentação de 15 minutos para a plateia do Congresso da FIFA, o presidente da federação americana de futebol, Carlos Cordeiro, prometeu uma arrecadação de US$ 15 bilhões, com lucro de US$ 11 bilhões.
Como comparação, a Copa do Mundo de 2014 teve faturamento de US$ 4,8 bilhões.
A disputa pelos votos foi marcada pela sombra do presidente americano, Donald Trump.
Os marroquinos usaram a postura agressiva do presidente americano para convencer eleitores.
O próprio Trump se envolveu pessoalmente na campanha americana.
Escreveu cartas ao presidente da FIFA, Gianni Infantino, na qual prometeu conceder vistos "sem preconceitos" para atletas, dirigentes e fãs de todos os países que disputarem a Copa.
A Copa do Mundo de 2022 será disputada no Catar.
Para 2030, só há uma candidatura oficialmente lançada, por Argentina, Paraguai e Uruguai.
É provável que China e Inglaterra também se lancem.
Não há data prevista para a FIFA tomar essa decisão.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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