Em dia ruim, Brasil exagera nos erros e cai para o Canadá na Liga das Nações.
Ponteiros não funcionam, time peca em quase todos os fundamentos e chega à segunda derrota na competição.
Seleção volta à quadra neste sábado (16), às 9h30 (horário de Brasília), em Varna, na Bulgária.
A semana prometia problemas.
Mas o Brasil talvez não esperasse que eles já viessem assim, logo de início.
Wallace lutou, mas não conseguiu levar Brasil à vitória. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Na manhã desta sexta-feira (15), a seleção de Renan Dal Zotto teve chances, mas desperdiçou todas.
O Canadá, ao contrário, quis se impor.
Em 3 sets a 0, parciais 25/22, 34/32 e 25/23, os canadenses surpreenderam os brasileiros e abriram a etapa de Varna, na Bulgária, com vitória na Liga das Nações.
O Brasil não perdia para o Canadá desde a Liga Mundial de 2012, em São Bernardo do Campo.
Desde então, foram oito vitórias brasileiras.
A partida também representou outra marca negativa: a seleção não caía em sets diretos desde a Liga Mundial de 2016, quando foi batido pela Sérvia.
A derrota desta sexta foi a segunda da seleção na competição.
Antes, havia perdido para a Itália, na semana de abertura da Liga.
Neste sábado (16), a equipe volta à quadra às 9h30 (horário de Brasília), contra a França, em mais um desafio que promete ser dos mais complicados.
Gavin Schmitt e Nicholas Hoag foram os grandes destaques do jogo: o primeiro marcou 16 pontos; o segundo, 15 pontos.
O Brasil sentiu falta de seus ponteiros.
Maurício Borges, Douglas Souza e Léo, que entrou durante a partida, não conseguiram ser efetivos no ataque.
Wallace, com 19 pontos, e Lucão, com 12 pontos, foram os maiores pontuadores.
Com a derrota, o Brasil estacionou nos 23 pontos e perdeu o segundo lugar para a França, que venceu a Bulgária logo na sequência.
E ainda pode ver a Polônia, que tem o mesmo número de pontos dos brasileiros, escapar na liderança.
Muitos erros e pouca definição: Isac fechou o espaço junto à rede e abriu a contagem para o Brasil.
O Canadá, porém, tinha as suas armas.
Com passagem pelo Taubaté, o oposto Gavin Schmitt era um nome a se prestar atenção.
Os rivais da América do Norte tinham suas qualidades, e o time de Renan Dal Zotto sofria para achar espaços.
Ainda assim, o Brasil chegou à primeira parada técnica em vantagem, com 8/7.
Os times, então, passaram a se alternar na dianteira no placar.
No erro do árbitro, que não marcou duas invasões canadenses na mesma jogada, por cima e por baixo, o time rival passou à frente e, logo depois, abriu 22/19.
O Brasil ainda buscou o empate, com uma boa passagem de Wallace no saque.
Mas os canadenses fecharam com um bloqueio: 25/22.
Maurício Borges foi quem abriu a pontuação no segundo set.
Foi um início melhor do Brasil, que, mais agressivo, fez 6/2 na partida.
No bloqueio de Douglas Souza sobre Schmitt, a seleção abriu 8/3 na chegada ao primeiro tempo técnico.
Mas o Canadá lutou para buscar.
Vigrass, em ace, diminuiu a diferença para apenas dois pontos (17/15).
Os canadenses marcaram mais uma vez e ligaram o alerta do lado do Brasil.
O empate veio com Gunter, e a partida ganhou mais uma vez em drama.
Depois de desperdiçar um set point, a seleção mostrou falta de sintonia e deixou cair no chão uma bola tranquila.
O Canadá voltou a ter a frente e ficou perto de fechar o set.
Ainda desperdiçou algumas chances, mas contou com o erro de Wallace para ampliar sua vantagem na partida: 34/32.
O Brasil quis lutar.
Não queria sair de quadra assim, sem ao menos ameaçar. Lucão, de bloqueio, fez a seleção largar na frente.
A seleção parecia mais atenta.
Depois de uma cobertura espetacular de Murilo, Wallace fechou a porta para Hoag e fez 11/7.
Mas o Canadá buscou mais uma vez.
No saque de Hoag, Léo errou na recepção, e os rivais empataram em 14/14.
O Brasil voltou à frente, e, no melhor rali do dia, abriu dois pontos em ataque de Isac.
Nenhum dos ponteiros brasileiros vivia um bom dia.
Restrito aos ataques de Wallace e Lucão, Bruninho tinha problemas para rodar o jogo.
Do outro lado, o Schmitt e Hoag sobravam em quadra.
No fim, o Canadá virou mais uma vez e chegou à vitória: 25/22.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Texto: Ana Cristina Ribeiro
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