Média de gols despenca, e Rússia tem a quarta menor da história das Copas.
Apenas México-1986, Itália-1990 e África do Sul-2010 tiveram menos gols nas 23 primeiras partidas disputadas, revertendo o forte crescimento de Brasil-2014.
As defesas estão se impondo vigorosamente na Copa do Mundo da Rússia.
Após 23 jogos disputados, foram marcados apenas 51 gols.
Messi ainda não marcou nesta edição de 2018. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
A média está em 2,22 gols por partida.
Apenas três Mundiais tiveram menos gols do que atual edição: África do Sul-2010 (1,87), México-1986 (1,96), Itália-1990 (2,13).
A marca reverte o crescimento de quatro anos atrás, no Brasil, quando nos 23 primeiros jogos foram marcados 66 gols, maior marca desde 1982 (67 gols) e segunda maior desde 1958 (80).
Na Rússia, a queda na média de gols marcados em relação à Copa de 2014 é de 23%.
"O fato de mais de 70% dos atletas que disputam esta Copa atuarem na Europa e estarem em fim de temporada é certamente um dos fatores. Uma temporada é muito desgastante, e eles acabam chegando no Mundial longe de suas melhores condições. Além disso, o nível técnico-tático está elevado, e as seleções favoritas não estão conseguindo se impor, pois a marcação sobre os principais jogadores está muito forte", afirmou o ex-atacante Grafite, comentarista do programa Troca de Passes, do SporTV.
Para a repórter da Rádio Globo Ana Thais Matos, o número de gols em bola parada nesta Copa também mostra como as defesas estão fechadas.
"O equilíbrio defensivo está tão grande, que muitos gols estão sendo marcados a partir de bolas paradas, sejam pênaltis ou faltas. Os melhores sistemas defensivos dominaram as Eliminatórias, e isso está se refletindo na Copa. A seleção brasileira é um bom exemplo disso", comentou Ana Thais Matos.
Um exemplo claro de como a bola parada vem sendo decisiva é o desempenho do português Cristiano Ronaldo.
Até aqui, ele é o artilheiro da Copa, mas dos seus quatro gols, três foram marcados em jogadas de bola parada: um de pênalti, um de falta e um após cobrança de escanteio.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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