Brasil evolui no momento certo, ignora a China e vai à semi sem perder sets.
Seleção tem ótima atuação contra as donas da casa, vence por 3 a 0 e ganha moral na briga pelo título da Liga das Nações. Rival da próxima fase será a Turquia, classificada no grupo B.
Seria simples resumir a vitória brasileira contra a China à ótima atuação nesta sexta-feira (29).
Mas seria injusto.
Em um caminho tão longo, a evolução foi demorada, mas nítida.
Diante de um de seus maiores rivais, o Brasil ignorou qualquer dificuldade.
Mesmo com o ginásio lotado, com a torcida toda contra em Nanquim, a seleção de José Roberto Guimarães foi soberana do início ao fim.
Garantida nas semifinais da Liga das Nações, venceu por 3 sets a 0, parciais 25/20, 25/22 e 25/22.
A seleção, agora, encara a Turquia, segunda colocada no grupo B, às 4 horas (horário de Brasília) de sábado (30).
Depois, China e Estados Unidos se enfrentam, às 8h45 (horário de Brasília).
Mais cedo, os Estados Unidos arrasaram a Sérvia, maior decepção das finais até aqui, e garantiram o lugar na semifinal da competição.
Favoritas, as americanas bateram as rivais em 3 sets a 0, parciais 29/27, 25/22 e 25/19.
A Turquia, que folgou nesta sexta-feira, festejou a classificação à semi, enquanto Stefana Veljkovic lamentou, irritada, a eliminação.
"Não estou nada feliz. Fomos muito mal. Na verdade, não estávamos preparadas para essa competição. Terminamos nossos campeonatos nos clubes pouco antes da Liga, estamos cansadas. Sei que é para todo mundo. Não somos máquinas", disse a jogadora.
Vitória com autoridade: Ao fechar a porta para o ataque de Yuan, o Brasil abriu a contagem.
O caminho, porém, era longo.
Com a torcida toda a favor, a China entrou em quadra empolgada.
Com um sistema defensivo eficiente, a seleção até conseguiu segurar por um momento.
Mas, na bola fora de Tandara, as donas da casa chegaram à primeira parada técnica em vantagem, com 8/5 no placar.
O Brasil não demorou a se recuperar.
Empatou com Gabi, passou à frente com Tandara.
Gabi voltou a aparecer bem e explorou o bloqueio para abrir 10/8. Lang Ping, então, pediu tempo.
O Brasil, porém, seguiu bem.
A vantagem logo subiu para cinco pontos (14/9), e a técnica chinesa parou a partida mais uma vez.
Mais um pouco e, pronto, o placar chegou a 17/9.
Nem mesmo Ting Zhu, com apenas um ponto até ali, conseguia aparecer.
Quando a China ameaçou o início de uma reação, Zé Roberto pediu tempo.
As donas da casa até melhoraram, mas Gabi, mais uma vez em grande noite, fechou o set: 25/20.
Tandara, em uma pancada, abriu a conta no segundo set.
A China quis reagir.
Ao contrário da parcial anterior, o Brasil não conseguiu disparar.
As chinesas se mantiveram na cola e passaram à frente pela primeira vez com um bloqueio duplo sobre Tandara.
Logo, porém, a seleção de Zé Roberto conseguiu retomar a ponta.
No segundo tempo técnico, depois de bloqueio de Bia, abriu dois pontos (16/14).
As chinesas tentaram buscar, mas viram Gabi se impor.
Quando o placar marcou 19/16, Lang Ping parou pela primeira vez o set.
O time da casa tentou seguir o impulso da torcida para reagir.
A técnica chinesa parou o jogo mais uma vez pouco depois e sua equipe, enfim, encostou.
Foi a vez de Zé Roberto tentar acalmar o jogo e impedir que o set escapasse.
Conseguiu.
Em um erro de rotação do lado chinês, fim de papo: 25/22.
A China tentou até o fim reagir.
No terceiro set, buscou ao máximo se impor.
O Brasil, porém, tinha o domínio total da partida.
Apesar de toda a torcida contra, abriu 15/11.
As brasileiras se mantiveram com boa vantagem até a parte final da parcial, quando as chinesas, na passagem de Zhu pelo saque, encostaram e jogaram a diferença para um ponto.
Com 23/22 no placar, Zé Roberto pediu tempo.
E surtiu efeito.
Adenízia e Amanda bloqueiam Zeng (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Tandara marcou e depois, no match point, Amanda sacou bem, a bola voltou de graça, e Gabi fechou o jogo.: 25/22.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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