sexta-feira, 15 de junho de 2018

Um gol de placa!!!

No último domingo, 10 de junho, o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, recebeu um jogo de futebol para surdos com implante coclear.

A segunda edição da Taça Cochlear de Futebol foi um espetáculo dentro e fora de campo, com a inclusão de pessoas de várias idades e com objetivo de sempre estar na pratica do esporte, mesmo com as dificuldades que enfrentam no dia a dia.

Segundo um estudo apresentado em março de 2018, pela OMS (Organização Mundial de Saúde), no mundo, 360.000.000 de pessoas tem perda de audição, sendo 238 milhões de adultos e 32 milhões de crianças. 

Um dado alarmante mostra ainda que há expectativa de que em 2050 este número saltará para 900.000.000.

Com isso, os estudantes Victor, Daniel Avelino e Thiago Farias, que são alunos do CEAL-LP (Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni) viveram um momento de grande satisfação pessoal.
Jovens com implante coclear dão exemplos na vida esportiva. (Foto: Arquivo Pessoal de Daniel e Thiago)
A interação através do esporte puderam proporcionar a cada um deles alcançar objetivos e proporcionar um vida digna.

"Eu fiquei emocionado e alegre. Foi a primeira vez que estava em um estádio jogando futebol", comentou Thiago Farias.

Daniel ficou feliz em estar num estádio de Copa do Mundo e aproveitou muito o evento.

"Eu fiquei muito feliz por estar jogando futebol e ter conquistado o título", afirmou Daniel Avelino.

A primeira edição da Taça Cochlear de Futebol aconteceu em 2016, nas regiões Norte, Sul e Nordeste do país, com o apoio de atletas como Fernando Prass (goleiro do Palmeiras), Juninho Paulista (ex-futebolista brasileiro) e do jornalista esportivo  Cléber Machado.

Nesse ano, Natália Falavigna (atleta de taekwondo), Renato Florêncio (jogador do Santos) e o comentarista esportivo Paulo Sérgio, já se pronunciaram a favor da solenidade.

Além, de Brasília, o campeonato aconteceu simultaneamente em Londrina-PR, Porto Alegre-RS, Ribeirão Preto-SP e Vitória-ES.

O esporte é comprovado com uma importante ferramenta na qualidade de vida de qualquer ser humano, e sem dúvida, ajuda e muito as pessoas com deficiência.

Neste sentido, o sentimento dos estudantes era estampados na alegria em poderem praticar o futebol como qualquer um.

"É importante para as pessoas conhecerem o surdo que usa implante coclear, pode estar em qualquer setor da sociedade. Mostrar que é capaz de fazer qualquer coisa", comentou Thiago Farias.

Daniel também tem o mesmo pensamento sobre a inclusão dentro da prática esportiva, e quer no futuro realizar seu sonho de ser um jogador de futebol e dar muitas alegrias para ele e as pessoas que mais lhe apoiaram.

"Porque no futuro, eu quero ser jogador de futebol e mostrar para a minha família que sou capaz de praticar esporte", afirmou Daniel Avelino.

A vida mostra a cada momento que somos capazes de fazer e realizar qualquer objetivo que traçamos, basta querer e saber que mesmo com os desafios possamos vencer, assim, como estas pessoas que a cada dia lutam por igualdade. 

Não só no esporte como na sociedade atual.

Reportagem: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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