sexta-feira, 15 de junho de 2018

Conmebol quer afastamento de Coronel Nunes

América do Sul quer expulsar o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) do Conselho da Conmebol (Confederação Brasileira de Futebol).

Entidade que repetir a solução adotada com Del Nero, quando o Brasil era representado por outro dirigente.

A Conmebol quer a cabeça do presidente da CBF, Antonio Carlos Nunes. 

O voto do Brasil no Marrocos para sede da Copa de 2026, quando o combinado era votar na América do Norte, não foi digerido pela entidade que manda no futebol sul-americano. 

Ao que tudo indica, a crise só vai ter fim quando o Coronel Nunes, como gosta de ser conhecido, deixar o Conselho da Conmebol.

Na CBF, a possibilidade de tirar o Coronel Nunes do Conselho é tida como quase impossível. 

Afinal, ele é o presidente, e ele teria que assinar a própria saída.

O Conselho é formado pelos 10 presidentes das associações nacionais de futebol da Conmebol. 

É a instância que toda todas as decisões importantes da entidade, como, por exemplo, apoiar formalmente os Estados Unidos na disputada pela Copa de 2026. 

Cada integrante do conselho recebe um salário mensal de US$ 20 mil.

A Conmebol já recebeu pedidos de desculpas por parte de outros dirigentes da CBF, como o vice-presidente Fernando Sarney e o diretor-executivo Rogério Caboclo. 

Mas espera mais do que isso. 

A próxima reunião do Conselho da Conmebol será em agosto, na Bolívia, e é correto afirmar os outros nove países do continente não querem ver o Coronel Nunes por lá.

Isso já aconteceu no dia da abertura da Copa do Mundo, quando Nunes foi impedido por seus pares da CBF de ir a um evento da Conmebol que teve a presença do presidente da FIFA, Gianni Infantino. 

Nas reuniões da Conmebol, isso não pode acontecer, alguém tem que ir.

Embora o Coronel Nunes não tenha violado nenhuma regra escrita, a Conmebol ameaça até abrir uma investigação em seu Comitê de Ética para investigá-lo. 
Coronel Nunes, presidente da CBF. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Seria mais um constrangimento para a CBF, que passou os últimos três anos tentando explicar ao mundo porque seu então presidente, Marco Polo Del Nero, não viajava para o exterior.

A Conmebol está disposta a repetir com Nunes a mesma fórmula adotada nos três anos em que Del Nero era presidente da CBF, mas não saía do Brasil, aceitou outro representante brasileiro no Conselho da entidade. 

O escolhido foi Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista. 

Se tal solução for repetida, a Conmebol espera que Rogério Caboclo assuma o lugar de Nunes.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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