Brasil vacila em último desafio e perde para a Itália rumo à fase final da Liga.
Equipe, instável como em toda a competição, cai para seleção já eliminada antes de encarar a busca pelo título.
Ortolani foi um dos destaques da Itália. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Fase decisiva começa no dia 27 de junho, em Nanquim, na China.
Tinha todo o jeito de um amistoso.
O Brasil, já classificado; a Itália, sem mais nada a buscar. Mas, na tarde desta quinta-feira (14), nenhum dos lados quis ceder.
A seleção de José Roberto Guimarães, instável como nos jogos anteriores, até deu provas de que poderia resolver a questão com certa tranquilidade.
Mas, na luta, as italianas quiseram se mostrar fortes.
Conseguiram.
Na despedida da primeira fase da Liga das Nações, as brasileiras perderam por 3 sets a 2, parciais 22/25, 25/20, 17/25, 25/19 e 15/12.
Apesar da derrota, o Brasil vai em busca do título da competição, em Nanquim, na China, a partir do dia 27 de junho.
A derrota fez com que o Brasil, com 35 pontos, ainda não assegurasse o segundo lugar na tabela de classificação.
Mais tarde, a Sérvia, que tem 34, encara a Coreia do Sul e pode passar as brasileiras.
Na próxima semana, a equipe brasileira se prepara para a fase final com treinos no Japão.
Além da seleção, Estados Unidos, Sérvia, Turquia, Holanda e as chinesas vão em busca do troféu.
A Itália, que ficou pelo caminho, ocupa a sexta colocação.
Ortolani, com 20 pontos, foi o principal destaque italiano. Egonu, com 17, e Danesi, com 16, também foram bem.
Na partida desta quinta, Zé resolveu poupar Tandara. Monique, que entrou em seu lugar, fez 16 pontos e foi a maior pontuadora. Bia, com 12, também foi importante.
Times instáveis: Adenízia subiu bem, fechou o espaço e abriu a contagem.
O Brasil chegou a ter 3/1, mas as italianas viraram de forma rápida, em ataque de Mingardi.
Ainda que não tivesse mais chances de ir à fase final, o time da casa queria deixar uma impressão melhor à torcida.
Era, então, um jogo equilibrado.
As equipes se revezaram na dianteira, mas o Brasil levou a melhor pela força de seu bloqueio.
No fim, foi Amanda quem fechou o set: 25/22.
O Brasil quis acelerar.
Na volta à quadra, não deu chances para que as rivais se recuperassem.
Gabi, mais à vontade em seu processo de recuperação, marcou para que a seleção abrisse 6/3.
Mas a Itália se esforçava. Chirichella, com dois aces seguidos, fez a diferença cair para apenas um ponto.
O empate veio no bloqueio de Danesi, em 11/11.
A virada, vejam só, com a líbero De Gennaro.
Após boa defesa, a bola foi direto para a quadra brasileira, na contagem, o ponto é computado como erro do adversário.
As italianas se empolgaram.
Abriram 15/12, e Zé Roberto tentou a inversão 5 por 1.
Com Tandara poupada, Rosamaria fez o papel de oposta.
Pouco mudou, porém.
A Itália disparou e abriu 20/15.
O Brasil ainda ensaiou uma reação, mas ficou só na vontade.
Ortolani, em um ace, fechou o set em 25/20 e deixou tudo igual na partida.
Uma pancada de Chirichella abriu a conta do terceiro set.
O Brasil, porém, quis se recuperar logo.
Sem muita demora, chegou a 8/3 na primeira parada técnica.
Quando Rosamaria encheu a mão para marcar 11/3, o técnico Davide Mazzanti parou a partida mais uma vez.
A Itália melhorou.
Egonu passou a acertar seus ataques, e a diferença caiu para quatro pontos.
Foi a vez, então, de Zé Roberto parar o jogo.
Fez bem. A Itália, mais uma vez, se perdeu.
O Brasil voltou a disparar e abriu 20/11 em ponto de Adenízia, no bloqueio.
A Itália ainda ameaçou uma nova reação, mas não teve forças.
No bloqueio de Roberta, o Brasil fechou em 25/17 e se aproximou da vitória.
Mas a Itália quis tentar uma vez mais.
Disparou no placar logo no início e abriu 11/4.
A instabilidade brasileira, marca de quase toda a Liga das Nações, voltou a aparecer.
A equipe até tentou buscar, mas as italianas conseguiram se impor.
A cada ponto das rivais, marcavam outro e seguravam a vantagem no placar.
No fim, um saque para fora de Roberta selou a ida ao tie-break: 25/19.
O Brasil começou melhor no tie-break.
Mais tranquilo em quadra e com um saque mais agressivo, abriu 3/1.
A Itália, porém, chegou ao empate com um bloqueio de Danesi.
Foi quando os erros voltaram de uma só vez.
As donas da casa abriram 10/7, e Zé Roberto pediu tempo.
Tentou acertar a casa pela última vez. Conseguiu.
O Brasil buscou o empate na marra, com Amanda.
Passou à frente com Adenízia, sozinha no meio da rede.
A reação durou pouco.
A Itália foi atrás mais uma vez e logo chegou a 13/11.
Zé Roberto parou o jogo mais uma vez.
A bola para fora de Egonu ainda deu alguma esperança, mas não por muito tempo.
No fim, vitória italiana, depois de bloqueio em Monique: 15/12.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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