Rosamaria solta o braço, Brasil afasta a preguiça e vence a Tailândia na Liga.
Seleção, mais uma vez, é instável diante de um rival mais fraco, mas ponteira, titular pela primeira vez, se destaca.
Gabi ficou em quadra por mais tempo (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Despedida na fase de classificação é nesta quinta-feira (14), às 15 horas (horário de Brasília), contra a Itália.
Faltava uma maior motivação.
Sobravam, por outro lado, o cansaço e o desgaste das longas viagens.
Se o rival pouco exigia, então, o Brasil jogou apenas o que precisava.
Com a vaga na fase final da Liga das Nações garantida, a seleção exagerou nos erros nesta quarta-feira (13), em Eboli, na Itália.
Diante da frágil Tailândia, oscilou em alguns momentos, viu seu rival crescer, mas se recuperou a tempo de fazer o seu papel: 3 sets a 1, parciais 25/16, 25/22, 18/25 e 25/13.
Com a vaga garantida, Zé Roberto tentou fazer testes.
Rosamaria foi titular pela primeira vez na Liga das Nações.
E não decepcionou: saiu de quadra como maior pontuadora, com 18 pontos, e uma atuação consistente. Gabi, que ainda procura sua melhor forma, ficou em quadra por mais tempo, nos dois primeiros sets.
Além delas, Mara também foi testada, e Monique e Macris ganharam mais tempo de jogo.
Além de Rosamaria, Tandara se destacou no ataque, com 14 pontos.
Bia, com 12 pontos, e Carol, com 11 pontos, também foram bem.
Pela Tailândia, Hattaya, com 14 pontos, Sittirak e Apinyapong, com 11 pontos, e Ajcharaporn, com 10 pontos, foram as principais pontuadoras.
Rosamaria, talvez a maior mudança do dia, foi quem abriu a contagem.
As rivais, logo de cara, mostraram que não causariam muitos problemas.
Ainda mais frágeis que as belgas no dia anterior, as tailandesas se enrolavam em jogadas simples, da recepção ao levantamento.
O Brasil, então, se aproveitou. Pelo meio, principalmente.
Mal no bloqueio, as asiáticas não conseguiam marcar as centrais brasileiras.
Em menos de 15 minutos, depois de ataque de Bia, o time de Zé Roberto já tinha 16/7 no placar.
Aos poucos, o Brasil relaxou e passou a dar pontos de graça para as rivais.
Nada, porém, que tirasse o set das brasileiras.
Em mais um erro das tailandesas, o Brasil fechou: 25/16.
Na volta à quadra, a Tailândia quis complicar a vida do outro lado.
As brasileiras facilitaram o caminho das rivais, é verdade.
Nos dois primeiros saques, erros de Roberta e Gabi.
O placar chegou a ficar igual por duas vezes, em 4/4 e 6/6.
Ajcharaporn era a grande arma das tailandesas, que buscavam, quem sabe, incomodar um pouco mais.
Faltava um pouco de motivação e, quem sabe, disposição.
O Brasil controlava o jogo, mas no limite.
Do outro lado, as tailandesas esbanjavam vontade.
Tanto que voltaram a encostar e chegaram ao empate na reta final do set, em 21/21.
A diferença técnica, porém, era evidente.
Em ataque na rede das rivais, 25/22 para o Brasil.
A seleção voltou à quadra com Amanda no lugar de Gabi.
A Tailândia, por outro lado, não quis desistir.
A torcida do time asiático, com suas bandeirinhas, também quis acreditar.
E deu certo.
A facilidade do início já não existia mais.
O Brasil se perdeu de vez e viu as rivais chegarem a 8/5 na primeira parada técnica.
À beira da quadra, Zé Roberto por pouco não invadia.
Tentava, de todos os jeitos, acertar seu time em quadra.
Mas, enquanto o Brasil errava, a Tailândia crescia.
Aos poucos, a vantagem tailandesa aumentou, e a equipe brasileira pareceu incapaz de se recuperar.
Com 25/18, a Tailândia seguiu viva, e o Brasil manteve a sina de perder ao menos um set nesta Liga das Nações.
Na volta à quadra, porém, o Brasil renasceu.
Os erros diminuíram, e a diferença técnica voltou a se impor.
Na passagem de Rosamaria pelo saque, com direito a dois aces, a vantagem brasileira chegou a 8/4.
Foi a vez de o técnico tailandês tentar arrumar a casa.
Não conseguiu.
O Brasil disparou no placar e seguiu rumo à vitória: 25/13, em ataque de Monique.
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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