quarta-feira, 13 de junho de 2018

Vitória Brasileira nas quadras

Rosamaria solta o braço, Brasil afasta a preguiça e vence a Tailândia na Liga.

Seleção, mais uma vez, é instável diante de um rival mais fraco, mas ponteira, titular pela primeira vez, se destaca. 
Gabi ficou em quadra por mais tempo (Foto: Globoesporte.globo.com)
Despedida na fase de classificação é nesta quinta-feira (14), às 15 horas (horário de Brasília), contra a Itália.

Faltava uma maior motivação. 
Sobravam, por outro lado, o cansaço e o desgaste das longas viagens. 

Se o rival pouco exigia, então, o Brasil jogou apenas o que precisava. 

Com a vaga na fase final da Liga das Nações garantida, a seleção exagerou nos erros nesta quarta-feira (13), em Eboli, na Itália. 

Diante da frágil Tailândia, oscilou em alguns momentos, viu seu rival crescer, mas se recuperou a tempo de fazer o seu papel: 3 sets a 1, parciais 25/16, 25/22, 18/25 e 25/13.

Com a vaga garantida, Zé Roberto tentou fazer testes. 

Rosamaria foi titular pela primeira vez na Liga das Nações. 

E não decepcionou: saiu de quadra como maior pontuadora, com 18 pontos, e uma atuação consistente. Gabi, que ainda procura sua melhor forma, ficou em quadra por mais tempo, nos dois primeiros sets. 

Além delas, Mara também foi testada, e Monique e Macris ganharam mais tempo de jogo.

Além de Rosamaria, Tandara se destacou no ataque, com 14 pontos. 

Bia, com 12 pontos, e Carol, com 11 pontos, também foram bem. 

Pela Tailândia, Hattaya, com 14 pontos, Sittirak e Apinyapong, com 11 pontos, e Ajcharaporn, com 10 pontos, foram as principais pontuadoras.

Rosamaria, talvez a maior mudança do dia, foi quem abriu a contagem. 

As rivais, logo de cara, mostraram que não causariam muitos problemas. 

Ainda mais frágeis que as belgas no dia anterior, as tailandesas se enrolavam em jogadas simples, da recepção ao levantamento. 

O Brasil, então, se aproveitou. Pelo meio, principalmente. 

Mal no bloqueio, as asiáticas não conseguiam marcar as centrais brasileiras.

Em menos de 15 minutos, depois de ataque de Bia, o time de Zé Roberto já tinha 16/7 no placar. 

Aos poucos, o Brasil relaxou e passou a dar pontos de graça para as rivais. 

Nada, porém, que tirasse o set das brasileiras. 

Em mais um erro das tailandesas, o Brasil fechou: 25/16.

Na volta à quadra, a Tailândia quis complicar a vida do outro lado. 

As brasileiras facilitaram o caminho das rivais, é verdade. 

Nos dois primeiros saques, erros de Roberta e Gabi. 

O placar chegou a ficar igual por duas vezes, em 4/4 e 6/6. 

Ajcharaporn era a grande arma das tailandesas, que buscavam, quem sabe, incomodar um pouco mais.

Faltava um pouco de motivação e, quem sabe, disposição. 

O Brasil controlava o jogo, mas no limite. 

Do outro lado, as tailandesas esbanjavam vontade. 

Tanto que voltaram a encostar e chegaram ao empate na reta final do set, em 21/21. 

A diferença técnica, porém, era evidente. 

Em ataque na rede das rivais, 25/22 para o Brasil.

A seleção voltou à quadra com Amanda no lugar de Gabi. 

A Tailândia, por outro lado, não quis desistir. 

A torcida do time asiático, com suas bandeirinhas, também quis acreditar. 

E deu certo. 

A facilidade do início já não existia mais. 

O Brasil se perdeu de vez e viu as rivais chegarem a 8/5 na primeira parada técnica.

À beira da quadra, Zé Roberto por pouco não invadia. 

Tentava, de todos os jeitos, acertar seu time em quadra. 

Mas, enquanto o Brasil errava, a Tailândia crescia. 

Aos poucos, a vantagem tailandesa aumentou, e a equipe brasileira pareceu incapaz de se recuperar. 

Com 25/18, a Tailândia seguiu viva, e o Brasil manteve a sina de perder ao menos um set nesta Liga das Nações.

Na volta à quadra, porém, o Brasil renasceu. 

Os erros diminuíram, e a diferença técnica voltou a se impor. 

Na passagem de Rosamaria pelo saque, com direito a dois aces, a vantagem brasileira chegou a 8/4. 

Foi a vez de o técnico tailandês tentar arrumar a casa. 

Não conseguiu. 

O Brasil disparou no placar e seguiu rumo à vitória: 25/13, em ataque de Monique.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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