Americanos abrem 2 a 0, seleção brasileira cresce com Isac, Maurício Borges e Wallace e impõe primeira derrota dos rivais.
Agora, equipe disputa etapa na Rússia.
Era preciso algo mais, e a seleção sabia disso.
Mas, por um momento, mesmo uma postura mais agressiva se mostrou pouco eficiente.
Diante de um dos times mais fortes do mundo, o Brasil sofreu, e muito.
Aos poucos, porém, conseguiu se reerguer.
Na marra e no talento, a equipe do técnico Renan Dal Zotto mudou o rumo do jogo em Goiânia, pela Liga das Nações.
De virada, evitou dois match points e venceu os até então invictos Estados Unidos por 3 sets a 2, parciais 21/25, 20/25, 25/19, 25/20 e 20/18.
A partida também marcou o recorde de público da competição até aqui: 11.306 torcedores foram à arena da capital goiana torcer pela seleção.
Os dois pontos da vitória levam o Brasil ao segundo lugar da competição.
Tem 15 pontos, a mesma pontuação da Polônia, mas os europeus levam a melhor na média de sets até aqui.
Os EUA somaram um ponto com a derrota e têm 14, em terceiro lugar.
Isac entrou no segundo set e mudou o jogo. Wallace, sempre explosivo, fez o Brasil voltar de vez à partida e saiu como maior pontuador da equipe, com 21 pontos.
Maurício Borges, gigante, foi essencial e fez 20.
Neste domingo (3), foram muitos os destaques do Brasil em uma virada exemplar.
Pelos Estados Unidos, Matt Anderson, um dos melhores jogadores do mundo, foi a principal referência, com 23 pontos.
O Brasil, então, parte rumo à terceira semana da Liga das Nações.
A seleção vai para Ufa, cidade russa, sede da etapa.
Lá, os brasileiros enfrentam os donos da casa, na próxima sexta-feira (8), às 8h30 (horário de Brasília).
Na sequência, encaram o Irã e a China.
Virada sofrida e na marra: A cada bola a favor dos Estados Unidos, o ginásio explodia em vaias.
Os americanos, porém, foram melhores no início.
Abriram 4 a 2, mas os pontos brasileiros saíram em erros de saque dos rivais.
Mais seguros, os visitantes chegaram à primeira parada técnica em vantagem, com 8/6.
Mas o Brasil cresceu pelas mãos de Lucão.
Primeiro, em uma pancada pelo meio. Depois, em um bloqueio absoluto junto à rede: 11/11.
O jogo seguiu equilibrado, mas um ponto tirou os brasileiros do sério.
Em ataque para fora dos EUA, o árbitro viu desvio no bloqueio.
A seleção já havia pedido seus dois desafios a que tinha direito.
Os jogadores reclamaram, e muito, mas o juiz manteve a marcação e deu um amarelo para Lipe.
No fim, um ataque de Evandro também gerou dúvidas, mas o próprio árbitro pediu o desafio.
O ponto, no entanto, foi mesmo dos americanos: 25/21.
Foi o primeiro set perdido pelos brasileiros em Goiânia.
Os EUA mantiveram o embalo no início do segundo set. Abriram 3/0 e jogaram a pressão para os donos da casa.
Quando o placar marcou 6/2 para os rivais, Renan Dal Zotto pediu tempo.
No decorrer do set, mandou William e Isac para a quadra, nos lugares de Bruninho e Maurício Souza.
O Brasil, porém, não achou o equilíbrio.
A seleção americana abriu vantagem, principalmente pelas mãos de Anderson.
O time da casa ainda tentou encostar no fim da parcial, sem muito sucesso.
Depois de uma pancada de Anderson no saque, a defesa brasileira se enrolou e deu o fim do set de graça para os rivais: 25/20.
A seleção cresceu no terceiro set.
Melhor em quadra, o Brasil conseguiu abrir vantagem logo no início (4/1).
Era o melhor momento da equipe no jogo, e a torcida sentiu.
No embalo das arquibancadas, a seleção da casa abriu 17/12 e viu o técnico John Speraw pedir tempo.
Nada, porém, mudou até o fim do set.
O Brasil seguiu melhor e, depois de uma pancada de Wallace, fechou a conta: 25/19.
Russell abriu o placar no quarto set.
Os EUA cresceram, e o jogo voltou a ser equilibrado.
Um bloqueio de Lipe e Isac fez o Brasil ganhar força.
Isac, mais uma vez, apareceu bem pelo meio e abriu 11/9 para os donos da casa.
O momento era, definitivamente, outro.
Àquela altura, eram os EUA que sofriam e pouco conseguiam fazer.
No saque na rede de Anderson, vitória brasileira e tie-break garantido: 25/20.
O Brasil manteve o ritmo para o set decisivo.
Abriu 2/0, depois 4/2 e tentou se manter sempre à frente no placar.
Os EUA, porém, foram buscar e chegaram ao empate em 9/9.
A virada veio em um bloqueio sobre Isac, marcando 11/10 no placar.
Renan pediu tempo.
Quis arrumar a casa e incentivar seus jogadores.
O drama, porém, já estava instaurado.
Os EUA chegaram ao match point.
Perderam os dois primeiros, mas viram Lucão errar o saque.
Evandro conseguiu salvar mais um e manteve o Brasil vivo na briga.
Foi a vez de Wallace brilhar.
Com um bloqueio perfeito, o oposto recolocou a seleção à frente.
Havia mais espaço para drama.
No ataque de Maurício Borges, o árbitro não viu o jogador americano encostar na rede.
No desafio, porém, não restaram dúvidas.
Brasil venceu os Estados Unidos por 3 a 2. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Na sequência, Isac, com um ace espetacular, deu fim a um jogaço: 20/18.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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