Instável, Brasil sofre, mas bate a China na Liga com "ajudinha" de Zé Roberto.
Técnico, com visão milimétrica, vê desvio em bloqueio em ponto decisivo e garante vitória contra algoz dos Jogos do Rio.
Equipe, agora, encara os EUA nesta quarta-feira (6), às 5 horas (horário de Brasília).
Tandara encara o forte bloqueio chinês. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Em quadra, a vida contra a China nunca é fácil.
O sorriso da gigante Ting Zhu traz de volta as lembranças amargas da derrota nos Jogos do Rio. Por isso, talvez, a inconstância.
Na manhã desta terça-feira (5), na abertura da quarta semana da Liga das Nações, o Brasil experimentou momentos opostos.
Muito mal no início, reagiu e se agigantou para virar o placar.
Voltou a cair, mas se recuperou de imediato.
No tie-break, a seleção de José Roberto Guimarães se mostrou forte e bateu as campeãs olímpicas por 3 sets a 2, parciais 19/25, 25/23, 27/25, 10/25 e 16/14, em Jiangmen.
O ponto decisivo vai para a conta do técnico, que viu desvio no bloqueio em ataque de Drussyla e garantiu a vitória no desafio.
O Brasil deu passo importante rumo à fase final da Liga das Nações.
Com a vitória contra as chinesas, a seleção chegou aos 26 pontos, na segunda colocação.
Os Estados Unidos, rivais desta quarta, lideram, com 28.
As cinco melhores seleções se juntam à China, já garantida por sediar a disputa decisiva.
As asiáticas têm 17 pontos, na sétima posição.
Ting Zhu, sempre gigante, marcou incríveis 34 pontos.
O Brasil, porém, contou com a força de seu grupo.
Amanda foi o grande destaque, com 13 pontos, defesas importantes e passes precisos.
Tandara, com 19, e Adenízia, com 14, foram as maiores ponturadoras.
A seleção volta à quadra na madrugada desta quarta-feira (6).
Às 5 horas (horário de Brasília), o Brasil encara os Estados Unidos, líderes da competição, em Jiangmen.
Logo de cara, Ting Zhu mostrou suas armas.
Ela, porém, não estava sozinha.
As chinesas eram fortes também no conjunto e abriram na frente (4/2).
O Brasil conseguiu chegar ao empate, mas tinha problemas na recepção e no passe.
As donas da casa, então, chegaram à primeira parada técnica em vantagem: 8/6.
As visitantes até foram buscar, mas logo a China voltou a abrir (13/10).
Zé Roberto tentou acertar seu time ao pedir tempo.
Orientou, pediu uma recepção diferente, apontou a marcação junto à rede.
Tentou, também, a inversão 5 por 1, ao mandar Monique e Macris para a quadra.
Nada, porém, parecia arrumar o passe brasileiro.
A seleção até ensaiou uma reação, mas acabou engolida pelas rivais chinesas: 25/18, em ataque de Ni Yan.
Gabi, ainda em processo de recuperação, deu lugar a Drussyla.
Tandara, com uma pancada, abriu a contagem, e o Brasil até pareceu acordar.
Foi por pouco tempo.
Apática, a seleção ainda sofria no passe.
Bolas que pareciam tranquilas paravam longe das mãos de Roberta.
A China, então, foi para a primeira parada técnica em 8/4 no placar.
Mas as broncas de Zé Roberto, enfim, funcionaram.
A equipe brasileira foi buscar e passou à frente pela primeira vez no placar no erro de Ting Zhu no saque (10/9).
O Brasil cresceu.
O bloqueio entrou, o ataque encaixou, e a vantagem chegou a 21/16 com Tandara.
A China buscou e chegou a ficar a um ponto do empate.
Amanda, no entanto, resolveu e fechou a conta: 25/23 no segundo set.
Foi a própria Amanda quem abriu a contagem no terceiro set.
A ponteira, aliás, era quem fazia a diferença naquele momento.
O Brasil manteve o bom momento e abriu 4/1.
Lang Ping, então, parou o jogo.
A China melhorou à medida que as rivais tiveram uma queda de rendimento.
Ainda assim, a equipe de Zé Roberto foi à primeira parada em vantagem (8/6).
Ting Zhu levou seu time ao empate com ace, sem defesa para Drussyla.
Li, garota-prodígio do vôlei mundial, foi à quadra e recolocou a China na dianteira (14/13).
As chinesas conseguiram abrir 20/18, mas o Brasil empatou com um bloqueio de Amanda e um ace de Adenízia.
Era um jogo equilibrado. As donas da casa voltaram a abrir dois pontos; as brasileiras buscaram mais uma vez.
Suelen, pefeita, salvou duas bolas em sequência.
Foi quando a arbitragem tornou tudo confusa.
Em ataque de Drussyla para fora, o Brasil pediu desafio em toque no bloqueio, que não houve.
Houve, porém, toque na rede, e as visitantes seguiram vivas.
As donas da casa se perderam, e Tandara fechou a contagem: 27/25.
Só que tudo mudou no quarto set.
A China voltou ao jogo, e o Brasil se perdeu.
Em meio aos erros brasileiros, as donas da casa dispararam no placar e abriram 10/3.
Quando o placar marcou 12/4 para as asiáticas, Zé Roberto parou o jogo.
Foi o último pedido de tempo do treinador, que também já havia esgotado seus desafios.
Nada, porém, surtiu efeito: 25/10 para as chinesas.
Um set a ser esquecido.
O jogo zerou no tie-break.
Zé Roberto conseguiu trazer seu time de volta à partida.
Principalmente Amanda, sumida no set anterior e essencial no jogo até então.
O placar seguiu à risca o equilíbrio.
Os dois times se alternaram na dianteira, sem desgrudar no placar.
Tandara, Adenízia e Drussyla cresceram, enquanto Ting Zhu desapareceu.
No bloqueio de Adê, a vitória se apresentou muito próxima (13/11).
A seleção permitiu o empate, mas manteve a calma para fechar o jogo.
E foram os olhos de Zé Roberto que garantiram a vitória.
Depois de ataque de Drussyla, o técnico viu desvio no bloqueio, com razão: 16/14 e triunfo para dar gás à seleção.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário