terça-feira, 5 de junho de 2018

Brasil venceu na estreia da Liga das Nações

Instável, Brasil sofre, mas bate a China na Liga com "ajudinha" de Zé Roberto.

Técnico, com visão milimétrica, vê desvio em bloqueio em ponto decisivo e garante vitória contra algoz dos Jogos do Rio. 

Equipe, agora, encara os EUA nesta quarta-feira (6), às 5 horas (horário de Brasília).
Tandara encara o forte bloqueio chinês. (Foto: Globoesporte.globo.com) 
Em quadra, a vida contra a China nunca é fácil. 

O sorriso da gigante Ting Zhu traz de volta as lembranças amargas da derrota nos Jogos do Rio. Por isso, talvez, a inconstância. 

Na manhã desta terça-feira (5), na abertura da quarta semana da Liga das Nações, o Brasil experimentou momentos opostos. 

Muito mal no início, reagiu e se agigantou para virar o placar. 

Voltou a cair, mas se recuperou de imediato. 

No tie-break, a seleção de José Roberto Guimarães se mostrou forte e bateu as campeãs olímpicas por 3 sets a 2, parciais 19/25, 25/23, 27/25, 10/25 e 16/14, em Jiangmen. 

O ponto decisivo vai para a conta do técnico, que viu desvio no bloqueio em ataque de Drussyla e garantiu a vitória no desafio.

O Brasil deu passo importante rumo à fase final da Liga das Nações. 

Com a vitória contra as chinesas, a seleção chegou aos 26 pontos, na segunda colocação. 

Os Estados Unidos, rivais desta quarta, lideram, com 28. 

As cinco melhores seleções se juntam à China, já garantida por sediar a disputa decisiva.

 As asiáticas têm 17 pontos, na sétima posição.

Ting Zhu, sempre gigante, marcou incríveis 34 pontos. 

O Brasil, porém, contou com a força de seu grupo. 

Amanda foi o grande destaque, com 13 pontos, defesas importantes e passes precisos. 

Tandara, com 19, e Adenízia, com 14, foram as maiores ponturadoras.

A seleção volta à quadra na madrugada desta quarta-feira (6). 

Às 5 horas (horário de Brasília), o Brasil encara os Estados Unidos, líderes da competição, em Jiangmen. 

Logo de cara, Ting Zhu mostrou suas armas. 

Ela, porém, não estava sozinha. 

As chinesas eram fortes também no conjunto e abriram na frente (4/2).

O Brasil conseguiu chegar ao empate, mas tinha problemas na recepção e no passe. 

As donas da casa, então, chegaram à primeira parada técnica em vantagem: 8/6. 

As visitantes até foram buscar, mas logo a China voltou a abrir (13/10). 

Zé Roberto tentou acertar seu time ao pedir tempo. 

Orientou, pediu uma recepção diferente, apontou a marcação junto à rede. 

Tentou, também, a inversão 5 por 1, ao mandar Monique e Macris para a quadra. 

Nada, porém, parecia arrumar o passe brasileiro. 

A seleção até ensaiou uma reação, mas acabou engolida pelas rivais chinesas: 25/18, em ataque de Ni Yan.

Gabi, ainda em processo de recuperação, deu lugar a Drussyla. 

Tandara, com uma pancada, abriu a contagem, e o Brasil até pareceu acordar. 

Foi por pouco tempo. 

Apática, a seleção ainda sofria no passe. 

Bolas que pareciam tranquilas paravam longe das mãos de Roberta. 

A China, então, foi para a primeira parada técnica em 8/4 no placar.

Mas as broncas de Zé Roberto, enfim, funcionaram. 

A equipe brasileira foi buscar e passou à frente pela primeira vez no placar no erro de Ting Zhu no saque (10/9). 

O Brasil cresceu. 

O bloqueio entrou, o ataque encaixou, e a vantagem chegou a 21/16 com Tandara. 

A China buscou e chegou a ficar a um ponto do empate. 

Amanda, no entanto, resolveu e fechou a conta: 25/23 no segundo set.

Foi a própria Amanda quem abriu a contagem no terceiro set. 

A ponteira, aliás, era quem fazia a diferença naquele momento. 

O Brasil manteve o bom momento e abriu 4/1. 

Lang Ping, então, parou o jogo. 

A China melhorou à medida que as rivais tiveram uma queda de rendimento. 

Ainda assim, a equipe de Zé Roberto foi à primeira parada em vantagem (8/6). 

Ting Zhu levou seu time ao empate com ace, sem defesa para Drussyla. 

Li, garota-prodígio do vôlei mundial, foi à quadra e recolocou a China na dianteira (14/13).

As chinesas conseguiram abrir 20/18, mas o Brasil empatou com um bloqueio de Amanda e um ace de Adenízia. 

Era um jogo equilibrado. As donas da casa voltaram a abrir dois pontos; as brasileiras buscaram mais uma vez. 

Suelen, pefeita, salvou duas bolas em sequência. 

Foi quando a arbitragem tornou tudo confusa. 

Em ataque de Drussyla para fora, o Brasil pediu desafio em toque no bloqueio, que não houve. 

Houve, porém, toque na rede, e as visitantes seguiram vivas. 

As donas da casa se perderam, e Tandara fechou a contagem: 27/25.

Só que tudo mudou no quarto set. 

A China voltou ao jogo, e o Brasil se perdeu. 

Em meio aos erros brasileiros, as donas da casa dispararam no placar e abriram 10/3. 

Quando o placar marcou 12/4 para as asiáticas, Zé Roberto parou o jogo.

Foi o último pedido de tempo do treinador, que também já havia esgotado seus desafios. 

Nada, porém, surtiu efeito: 25/10 para as chinesas. 

Um set a ser esquecido.

O jogo zerou no tie-break. 

Zé Roberto conseguiu trazer seu time de volta à partida. 

Principalmente Amanda, sumida no set anterior e essencial no jogo até então. 

O placar seguiu à risca o equilíbrio. 

Os dois times se alternaram na dianteira, sem desgrudar no placar. 

Tandara, Adenízia e Drussyla cresceram, enquanto Ting Zhu desapareceu.

 No bloqueio de Adê, a vitória se apresentou muito próxima (13/11). 

A seleção permitiu o empate, mas manteve a calma para fechar o jogo. 

E foram os olhos de Zé Roberto que garantiram a vitória. 

Depois de ataque de Drussyla, o técnico viu desvio no bloqueio, com razão: 16/14 e triunfo para dar gás à seleção.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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