Com excelente atuação, um futebol ousado, organizado e alegre, equipe dominou a seleção norte-americana e poderia ter vencido por um placar mais elástico.
A Seleção Brasileira Feminina fez história e quebrou um tabu no início da madrugada desta quarta-feira (9) em San Jose, nos Estados Unidos.
Ganhou da seleção número 1 do ranking mundial de virada, por 2 a 1, no primeiro triunfo da Amarelinha sobre os Estados Unidos no país das adversárias.
Até então, tinham sido 11 confrontos como visitantes, com 11 vitórias das norte-americanas.
Notadamente no segundo tempo, a Seleção Brasileira deu um show de bola.
Jogou com ousadia, alegria, muita raça e assim envolveu por completo a seleção quatro vezes campeã do mundo e cinco vezes campeã olímpica.
O resultado e a atuação da Amarelinha no PayPal Park mostram a evolução gradativa e consistente da equipe sob o comando do técnico Arthur Elias.
Na história de todos os confrontos entre as duas seleções, o feito em San Jose representou a quinta vitória do Brasil sobre os Estados Unidos, antes, venceu por 1 a 0, num amistoso em São Paulo (1997), por 5 a 0, no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro.
Por 4 a 0, no Mundial da China, também em 2007.
E por 3 a 2, num torneio internacional, em Brasília, em 2014.
O primeiro tempo começou com um contratempo: num ataque fulminante, os Estados Unidos abriram o placar com menos de 1 minuto do primeiro tempo.
O gol foi da brasileira naturalizada norte-americana Macario.
Claro que a vantagem com esse gol-relâmpago assustou a equipe brasileira.
O time, no entanto, não perdeu o controle.
Tanto que passou a pressionar as donas da casa e a criar chances.
Aos 19 minutos do primeiro tempo, 21 minutos do primeiro tempo e 22 minutos do primeiro tempo, a Seleção Brasileira esteve próxima do empate, em lances que poderiam ter sido mais bem caprichados pelas jogadoras da Amarelinha.
Aos 23 minutos do primeiro tempo, no entanto, deu tudo certo.
Gio dominou a bola no meio, livrou-se da marcadora com um giro de corpo e fez o passe para Kerolin.
A atacante entrou na área e finalizou com muita categoria, encobrindo a goleira dos Estados Unidos: 1 a 1.
O jogo continuou muito intenso, com as duas equipes buscando o gol em jogadas de perigo.
Aos 35 minutos do primeiro tempo, Isa Haas evitou o pior tirando a bola em cima da linha.
Na sequência, Natascha fez ótima defesa.
Arthur Elias, antecipando-se ao intervalo do jogo, fez 2 substituições aos 35 minutos do primeiro tempo.
Trocou Bruninha e Lauren por Luany e Mariza respectivamente.
Aos 41 minutos do primeiro tempo, Isa Haas quase virou o placar, de cabeça, após escanteio cobrado por Yasmim.
E aos 48 minutos do primeiro tempo, Kerolin fez boa jogada pela direita e cruzou.
Yasmim ajeitou e deixou Duda Sampaio em condições de marcar o gol.
Mas o chute saiu por cima do travessão.
A resposta dos Estados Unidos foi imediata, aos 49 minutos do primeiro tempo, mas Natascha apareceu de novo para fazer grande defesa.
No segundo tempo, a dinâmica do jogo mudou completamente.
O Brasil se impôs e foi bem melhor que os Estados Unidos, que não conseguiam sequer trocar 3 passes.
E as principais chances couberam à Seleção Brasileira.
A primeira, numa nova finalização de Gio.
A bola desviou na zaga e por pouco não entrou.
O mérito da Amarelinha no lance foi a forte marcação para dificultar a reposição de bola dos Estados Unidos.
Aos 21 minutos do segundo tempo, Yasmim cruzou da esquerda e Gabi Portilho tocou com a ponta da chuteira. A bola saiu rente à trave.
Aos 26 minutos do segundo tempo, Gio, da pequena área, tentou achar Kerolin, que só completaria para o gol.
Mas a zaga norte-americana impediu o gol brasileiro.
Aos 34 minutos do segundo tempo, Luany arrancou pela direita e a Seleção quase fez 2 a 1.
Os Estados Unidos só criaram a primeira possibilidade real de gol no segundo tempo aos 35 minutos do segundo tempo, numa sequência de dois ataques.
Mérito da Seleção Brasileira, que era muito mais eficiente na marcação.
Ainda havia tempo para Gabi Portilho, aos 39 minutos do segundo tempo, desperdiçar outra grande chance, depois de dominar a bola com muita habilidade dentro da área, deixando as zagueiras norte-americanas sem ação.
Mas o ímpeto da Seleção não parou por aí.
Aos 40 minutos do segundo tempo, após jogada individual, em nova investida do ataque brasileiro, Kerolin chutou forte, a goleira deu rebote e Luany não teve sorte na conclusão.
Gigante em campo, o Brasil atormentava as anfitriãs.
Atento a tudo, diante do domínio absoluto do time, Arthur Elias tentou uma última cartada, aos 47 minutos do segundo tempo.
Chamou Jheniffer e Amanda Gutierres para ocupar o lugar de Gabi Portilho e Gio.
E a justiça foi feita 3 minutos depois, aos 50 minutos do segundo tempo, num contra-ataque certeiro da Seleção.
Jheniffer viu Luany livre pela direita e passou a bola.
Ao mesmo tempo, Amanda Gutierres corria pelo meio sem marcação.
Com técnica e rapidez, Luany cruzou e Amanda completou para o gol com o pé esquerdo: 2 a 1.
Vitória maiúscula de um time arrojado, valente, que jogou com entrega do início ao fim e que começa a ganhar corpo para fazer história de novo na Copa do Mundo em 2027.
Reportagem: CBF.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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