Entenda os recados de Teixeira ao detonar atuação do Santos na estreia do Campeonato Brasileiro.
Presidente critica elenco e faz advertências sobre atuação e metas no Campeonato Brasileiro.
Treino, elenco, substituições, bola aérea...
O presidente Marcelo Teixeira deu diversos recados para o time e o técnico Pedro Caixinha, na dura entrevista em que classificou como inadmissível a derrota do Santos para o Vasco por 2 a 1, na estreia pelo Campeonato Brasileiro, em São Januário, no domingo (30).
Mesmo se tratando da primeira rodada da competição, o mandatário santista não poupou palavras em conversa com jornalistas e indicou o nível de cobrança que a equipe terá no retorno ao Campeonato Brasileiro da Série A.
Derrota inadmissível: O primeiro e mais duro recado é que o mandatário santista considerou o revés para o Vasco como inadmissível.
"O time se apresentou relativamente bem, mas perdemos 3 pontos.
Aqui era inadmissível o Santos iniciar uma campanha, em que quer ser protagonista e quer ficar na primeira página do campeonato...
Com todo o respeito ao Vasco, mas era um jogo para 3 pontos.
O Peixe esperava começar com vitória contra um adversário direto pelo meio da tabela de classificação, ainda que estivesse jogando fora de casa, onde o Vasco costuma ser forte.
Disputa pelas primeiras posições: Para Teixeira, que espera o Santos na primeira metade da tabela e classificado para uma competição internacional, a equipe não deve "permanecer em disputas secundárias e diferentes da nossa tradição".
"Nós temos que voltar e dizer que o Santos está, mais uma vez, disputando", arrematou o presidente.
Mesmo que não considere a busca pelo título como objetivo primário, o Santos quer passar longo do sufoco dos últimos anos, especialmente o que levou ao rebaixamento para o Campeonato Brasileiro da Série B em 2023.
Por isso, pontos contra times considerados menos fortes são importante nessa matemática.
Elenco competitivo: Outro recado é sobre a qualidade do elenco.
Com 11 reforços nesta temporada, Teixeira considera que o clube tem plantel capaz de alcançar a meta definida pela diretoria.
"Tem um elenco para esse tipo de resposta, tem condições de fazer uma campanha, e nós precisamos dessa reação".
"O Santos não poderia sair do Rio sem os três pontos. Não justificando questão física, ausência de jogadores. O Santos tem que vir aqui, com o elenco que está hoje aqui enfrentando o Vasco, e sair com a vitória".
Postura com substituições: Tanto que, mesmo sem Neymar e Soteldo, 2 dos principais jogadores, o presidente santista avaliou positivamente o primeiro tempo.
No segundo, porém, a equipe deu espaço para o Vasco e sofreu a virada.
Para Teixeira, o time não conseguiu se impor a partir das substituições realizadas por Caixinha.
O treinador tirou Álvaro Barreal, autor do gol do Santos, Tiquinho Soares, que deu a assistência, e Benjamín Rollheiser, uma das principais contratações da temporada.
Ele justificou que os 3 saíram por questões físicas, mesmo depois de 20 dias de uma intertemporada desde a eliminação na semifinal do Campeonato Paulista, em 9 de março.
"O time estava composto de uma maneira, mesmo sem Neymar e Soteldo. Lógico, são peças importantes. Mas o time já vinha dando uma impressão importante, positiva, no primeiro tempo. No segundo, não justifico pela preparação física. Eu acho que muito mais das mudanças que foram feitas, em que o time demorou um pouco para impor de novo um ritmo e, dos 30 (minutos) para a frente, não houve condições de o Santos realmente mostrar que tinha uma força para virar o jogo".
Gols em bolas aéreas: O presidente do Santos chamou de infantis os gols de bola aérea sofridos contra o Vasco e citou que os treinos não têm sido capazes de evitá-los.
"Um time que quer chegar na decisão do campeonato entre os primeiros colocados não pode tomar os gols que a gente toma. Infantis. São coisas impressionantes para um time que treina, treina e treina e toma os gols de cabeça, bola aérea, relativamente sempre tem esse tipo de dificuldade".
Dos 18 gols sofridos pelo Peixe em 2025, 13 saíram de bolas aéreas.
O resultado em São Januário relembrou os piores momentos do time no início da temporada, quando chegou a ter uma sequência de 4 partidas levando gols de bola aérea.
Poder ofensivo: Teixeira ainda destacou que, ofensivamente, é necessário aproveitar as oportunidades para matar os jogos.
Depois de abrir 1 a 0 em São Januário, o Santos recuou, diminuiu o ritmo e deu espaço para o adversário jogar.
"Também ofensivamente, quando você pode matar o jogo, tem que matar, Campeonato Brasileiro é isso. É um nível de competitividade muito alto, nós temos que ter a consciência".
O setor ofensivo é o que Santos mais se reforçou na última janela de transferências, com boas opções de ataque mesmo sem poder contar com Neymar.
Necessidade de correções: O presidente do Peixe ressaltou que o time não poderia sair do Rio de Janeiro apenas se lamentando e disse esperar correções para as próximas rodadas.
"Precisamos corrigir falhas gravíssimas, que, em um campeonato como este, você não pode sair daqui apenas lamentando. Lamentar, corrigir e ganhar pontos. É isso que o Santos precisa neste início do campeonato".
"Lição, sem dúvida alguma, pelo que ouvi no vestiário. Mas não adianta nós ouvirmos no vestiário e não trabalharmos para fazer essas correções. Temos que ouvir, admitir o erro, as falhas gravíssimas e, ao ouvir, nós temos que trabalhar para que, na próxima partida, a gente faça por merecer um resultado positivo".
O próximo compromisso do Santos no Campeonato Brasileiro será contra o Bahia, no próximo domingo, 6 de abril, às 20h30 (horário de Brasília), na Vila Belmiro, em jogo válido pela segunda rodada.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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