quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Dívida de mais de R$ 100 milhões

Nova diretoria contesta Duilio e vê déficit de mais de R$ 100 milhões no Corinthians no início de 2024.

Clube busca soluções para quitar dívidas urgentes e equacionar fluxo de caixa para viabilizar novas contratações. 

Antiga gestão prometeu R$ 100 milhões disponíveis logo na virada do ano.

O Corinthians busca novas fontes de receita para conseguir fazer a quitação de luvas e direitos de imagem atrasados com atletas do elenco, além de outras pendências financeiras. 

Tudo isso para ter fôlego, fazer novos investimentos no futebol e superar um déficit previsto de mais de R$ 100 milhões nos primeiros meses da gestão de Augusto Melo.

A nova diretoria do Corinthians , por meio dos departamentos financeiro e de marketing, trabalha para equacionar outros problemas financeiros nos primeiros dias à frente do clube. 

Para isso, cogita antecipar valores de acordos publicitários que estão sendo fechados e devem ser anunciados pelo presidente.

A expectativa é pela chegada de um patrocinador máster que, segundo o novo presidente do Corinthians, pode ser o maior valor arrecadado por um clube do Brasil e de todo o futebol sul-americano. 

O clube mantém negociações com três casas de apostas.

É a partir dessa e de outras receitas que o Corinthians quer equacionar um rombo de mais de R$ 100 milhões previsto para os primeiros meses do ano. 

Neste momento, o Corinthians projeta mais saída do que entrada de dinheiro no caixa.

Esse é um dos motivos para Augusto Melo ter dito, na cerimônia de posse, que "a situação é pior do que imaginamos".

Mas e os R$ 100 milhões?

A busca por dinheiro novo vai de encontro com a promessa feita por Duilio Monteiro Alves. 

O antigo presidente afirmou em nota oficial, divulgada no último dia 29 de dezembro de 2023, que deixaria cerca de R$ 100 milhões em ativos para o pagamento de despesas urgentes, logo após o meia Matías Rojas notificar o clube sobre pagamentos atrasados e cogitar ir à FIFA (Federação Internacional de Futebol) para romper contrato.

O montante prometido pela antiga gestão seria referente às vendas dos atletas Murilo e Felipe, além de acordos publicitários. 

O dinheiro, no entanto, é contestado pela atual diretoria do Corinthians, que faz outra conta e entende que o valor já está comprometido com gastos recorrentes, como salários, pagamentos a fornecedores, entre outros.

Segundo o Globo Esporte apurou, os recursos citados por Duilio, que poderiam ser ainda maiores caso Augusto Melo não tivesse recusado uma oferta de patrocínio de R$ 75 milhões anuais, fazem parte do pagamento de obrigações do fluxo de caixa normal do clube, sem levar em consideração dívidas deixadas pela antiga gestão.

Na conta feita pela nova direção alvinegra, os débitos previstos para os primeiros meses do ano somam cerca de R$ 180 milhões. 

Ainda há R$ 25 milhões a serem pagos à Caixa Econômica Federal, referentes à parcela de dezembro do financiamento da Neo Química Arena, que não foi paga.

Considerando a possibilidade de entrada de recursos na casa dos R$ 100 milhões, como revelou a gestão de Duilio Monteiro Alves em nota oficial, o Corinthians ainda teria que buscar mais de R$ 100 milhões para cobrir os gastos previstos neste início de nova gestão no clube.

O Globo Esporte entrou em contato com Duilio Monteiro Alves, ex-presidente do Corinthians, e Wesley Melo, ex-diretor financeiro, mas não obteve retorno.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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