Brasil terá de secar rivais ou torcer pela Argentina por vaga direta para Paris.
Entenda.
Derrota para Alemanha no Pré-Olímpico complica vida da seleção, que terá de vencer todos os jogos e ter a calculadora sempre ao lado para sonhar com vaga direta para as Olimpíadas de 2024.
As contas não são tão simples. Tanto que, ao sair de quadra, no calor da derrota, Renan Dal Zotto se confundiu.
“Ainda depende da gente”, disse.
Não é bem assim.
A queda para a Alemanha complicou o caminho do Brasil no Pré-Olímpico do Rio de Janeiro.
Ao perder para um rival direto, a seleção masculina, agora, vai precisar secar rivais e ter a calculadora sempre ao lado para buscar uma vaga direta aos Jogos de Paris.
O Brasil está em quarto lugar no grupo A do Pré-Olímpico, com cinco pontos.
À frente, Itália e Alemanha, invictos, com 9 pontos, e Cuba, com 6 pontos.
A seleção ainda enfrenta cubanos e italianos, além de Ucrânia, nesta quarta-feira (4), às 20h30 (horário de Brasília), e Irã.
Apenas as duas melhores seleções garantem um lugar nas Olimpíadas de Paris.
O sportv2 transmite todos os jogos, e o Globo Esporte acompanha em tempo real.
Ao Brasil, só resta vencer.
Mas não apenas.
Como perdeu um ponto ao vencer a República Tcheca em 3 sets a 2, a seleção já leva desvantagem em um possível critério de desempate.
Assim, além de vencer bem seus últimos quatro jogos, vai precisar torcer pelo tropeço de rivais que estão acima.
Alemanha e Itália fazem um duelo de líderes nesta quarta-feira (4), às 13h30 (horário de Brasília).
A matemática diz que o melhor para o Brasil seria uma vitória alemã.
Assim, se vencesse todos os seus jogos até lá, a seleção chegaria à rodada final, no domingo (8), em um confronto direto contra os italianos.
Não seria simples, mas seria o melhor dos mundos, isso sem contar com possíveis outros tropeços dos rivais até lá.
Em caso de vitória da Itália, o Brasil teria de torcer por um novo tropeço alemão.
Os rivais ainda enfrentam República Tcheca, Catar e Ucrânia.
"É uma derrota dura, ainda mais para a Alemanha, uma das equipes que estavam invictas. Mas ainda depende da gente. Ainda temos alguns jogos importantes pela frente. A Alemanha está de parabéns pelo que jogou, realmente impressionante. E a gente sofreu", disse Renan.
Na corrida olímpica do vôlei, a outra via para Paris é pelo ranking.
E, aí, o Brasil teria dois cenários em caso de uma possível frustração no Maracanãzinho.
Se não conseguir a vaga direta para os Jogos, o melhor caminho seria torcer por uma classificação da Argentina, que está em terceiro lugar no grupo C, disputado na China.
Não entendeu?
Nós explicamos.
Com a derrota para a Alemanha e a vitória do Japão sobre a Turquia no grupo B, o Brasil caiu para quinto no ranking mundial, com 327,48 pontos.
A Argentina, em sexto, vem logo atrás, com 311,49.
Na lista, cada partida conta para a pontuação.
Assim, com o resultado de terça-feira (3), a seleção perdeu 12,23 pontos no somatório.
Uma queda brusca que aproximou ainda mais o time brasileiro dos argentinos.
São cinco vagas disponíveis pelo ranking.
A distribuição, porém, prioriza países de continentes ainda sem representantes.
Ou seja: se Brasil e Argentina não se classificarem através do Pré-Olímpico, serão rivais diretos na briga por um lugar nos Jogos.
A lista só será fechada após a Liga das Nações do ano que vem. Assim, até lá, cada partida importa.
"Tem a questão do ranking também. Sabemos que, contra times que quase nunca perdemos, perdemos muitos pontos. Vimos os últimos resultados. A gente sabe que o ranking é cruel. Contra a Ucrânia, que é uma grande equipe, se a gente perde, além de atrapalhar a classificação aqui, perde pontos no ranking. A gente tem de pensar em tudo isso. Mas o que a gente precisa pensar mesmo é em fazer o nosso melhor porque somos capazes", disse Lucarelli.
Nesta quarta-feira (4), a Argentina venceu a Bélgica pelo grupo C.
Os hermanos ocupam a terceira colocação, com três vitórias e uma derrota na chave.
Diante da situação atual do Brasil em seu grupo, torcer pela classificação dos eternos rivais não faria mal.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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