Ana Marcela fica com a prata nos Jogos Pan-Americanos.
Viviane Jungblut é bronze.
Americana Ashley Twichell lidera do começo ao fim e fica com a medalha de ouro.
A brasileira Ana Marcela Cunha tentou uma arrancada final, mas acabou ficando com a prata na maratona aquática nos Jogos Pan-Americanos.
Por conta do frio extremo na manhã deste domingo (29), com termômetros marcando 17ºC nas águas da Laguna Los Morros, as atletas precisaram competir usando trajes de neopreone.
A campeã olímpica concluiu o percurso de 10 quilômetros em 1h57min29s, ficando atrás de Ashley Twichell dos Estados Unidos.
A gaúcha Viviane Jungblut terminou em 1h57min51s e completou o pódio com a medalha de bronze.
"Eu fui no meu tempo, eu fui no meu ritmo... Nadei sem sentir dor e isso foi o mais importante. Queria buscar o ouro, o bicampeonato Pan-Americano era importante, mas estou pensando na seletiva em fevereiro e nos Jogos Olímpicos. A forma como eu nadei hoje e a medalha de prata significam muito", falou Ana Marcela Cunha.
Aos 34 anos e após um hiato de dois anos por causa do nascimento primeiro filho, a americana Ashley Twichell conseguiu abrir uma vantagem importante ao pular duas paradas para hidratação.
Ana Marcela pulou apenas uma e precisou aumentar a intensidade para diminuir a distância da nadadora dos Estados Unidos.
Na última volta, faltando 1400 metros, a brasileira passou pelo pórtico em segundo lugar e 11 segundos atrás da primeira colocada.
A prova de maratona aquática chegou a ficar sub judice por conta da baixa temperatura das águas chilenas.
Visando a saúde e bem estar das atletas, a temperatura mínima exigida pela Federação Internacional é de 16ºC.
O traje térmico é obrigatório abaixo dos 18ºC, mas, ao mesmo tempo em que ajuda na flutuação e aquece, a roupa restringe os movimentos e exige sabedoria das nadadoras na hora de dar as braçadas.
"A gente chegou aqui ainda sem ter 100% certeza de que eu iria competir. Eu fiz a cirurgia (no ombro) há 11 meses e foi justamente usando o traje que eu me lesionei. Então, sempre há um receio, eu estava há praticamente um ano e seis meses sem colocar esse traje. Pra mim, foi uma prova de superação, eu contra eu mesma o tempo inteiro", disse Ana Marcela.
Das 20 nadadoras na água, 11 delas estiveram na prova do Mundial de Fukuoka em julho.
Na ocasião, Ana Marcela Cunha terminou em quinto lugar.
O melhor resultado depois da brasileira foi da mexicana Martha Sandoval, que terminou na décima nona posição.
Antes de chegar ao Pan no Chile, a nadadora participou da quinquagésima segunda edição do Campeonato Militar de natação, em Málaga, na Espanha.
Realizado durante os dias 28 de setembro e 29 de setembro, o torneio rendeu duas medalhas de bronze e o melhor resultado brasileiro na história da competição para a atleta.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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