quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Festa sem vitória

No reencontro com a torcida após título, Cruzeiro fica no empate com o Ituano.

Em jogo quente, Raposa domina ações, mas esbarra em bloqueio do Galo de Itu, que termina rodada mais longe do G-4.

No reencontro com a torcida após ter comemorado o título fora de campo, o Cruzeiro ficou no empate por 1 a 1 com o Ituano, nesta quarta-feira, no Mineirão, no encerramento da trigésima terceira rodada da Série B.

A partida teve um primeiro tempo de amplo domínio cruzeirense e um segundo nem tanto, e foi marcada ainda por muitos impedimentos, interferência do VAR e clima quente entre os jogadores, além de muita festa nas arquibancadas apesar do resultado.

Edu abriu o placar para a Raposa logo no início, mas Gabriel Barros não demorou a deixar tudo igual para o Galo de Itu, que apesar do bom resultado fora de casa, perde posições e termina a rodada mais distante do sonho do acesso.

Para o Cruzeiro, nada muda: campeão de maneira antecipada, o time mineiro segue na liderança isolada da competição, agora com 72 pontos.

Já o Ituano, apesar do bom resultado conquistado fora de casa, perde duas posições e se vê mais distante do G-4 ao final da rodada. 

O Galo de Itu agora é o sétimo colocado, com 48 pontos, quatro a menos que o Vasco.

Se antes de a bola rolar, o Cruzeiro tinha a expectativa de quebrar o recorde de público no Mineirão em 2022, não foi desta vez. 

Depois de colocar mais de 59 mil pessoas no estádio no jogo do acesso, diante do Vasco, desta vez, o público ficou em pouco mais de 56 mil torcedores.

A questão, aliás, foi alvo de polêmica depois que o Cruzeiro realocou a torcida do Ituano para os camarotes de olho na quebra do recorde. 

O Galo de Itu recusou um acordo nesse sentido e reclamou ao ver que os seus torcedores foram, de fato, lotados em outro setor do estádio.

O fato de a vitória não ter vindo não diminuiu a festa da torcida do Mineirão. 

Após o apito final, os jogadores do Cruzeiro comemoraram bastante no embalo dos gritos de “é campeão”. 

Como o título foi confirmado com a equipe fora de campo, devido a resultados no complemento da trigésima segunda rodada, essa foi a primeira vez que a torcida pôde celebrar a conquista nas arquibancadas.

Em clima de êxtase absoluto, o Cruzeiro começou a partida no ritmo do torcedor que lotou o Mineirão. 

A Raposa precisou de menos de cinco minutos para chegar três vezes com perigo, todas elas anuladas pela arbitragem em campo. 

Na última, Edu recebeu em profundidade, saiu na cara do gol e tocou no canto para marcar. 

A auxiliar sinalizou impedimento do camisa 99, mas o VAR verificou que a posição do jogador era legal e validou o lance: 1 a 0.

Não demorou, porém, e o Ituano, em sua primeira chegada, deixou tudo igual: Lucas Siqueira levantou na área, Rafael Cabral saiu mal do gol e, ao trombar com Oliveira, afastou mal. 

A bola sobrou para Gabriel Barros, que dominou no peito e bateu firme para empatar.

O Cruzeiro não sentiu o golpe e seguiu dominando completamente as ações da partida. 

Em cobrança de falta de Luvannor, Jefferson Paulino agarrou sem dar rebote. 

Em novo tiro livre, Bruno Rodrigues mandou para fora. 

O Ituano ainda flertou com a expulsão de Caíque, que atingiu Machado com as travas da chuteira em dividida no meio, mas o árbitro, chamado pelo VAR para analisar o lance, aplicou apenas o cartão amarelo.

Já nos acréscimos, o Cruzeiro chegou a marcar novamente com Lucas Dias contra, mas a arbitragem pegou impedimento de Machado em lançamento de Luvannor na origem da jogada, desta vez, confirmado pelo VAR.

Nenhuma das equipes voltou em ritmo muito acelerado para a etapa complementar e a partida ficou mais equilibrada. 

Sem espaço, o Cruzeiro abusou dos chutes de longa distância, mas não conseguiu nem mesmo acertar o alvo. 

O Ituano tentou responder na mesma moeda, com Lucas Siqueira, que também mostrou estar com a pontaria descalibrada.

Encaixotado na marcação do Galo de Itu, Pezzolano resolveu mexer por atacado e promoveu logo três alterações na Raposa aos 20 minutos do segundo tempo. 

O Cruzeiro, então, melhorou e começou a chegar principalmente pelos lados do campo. 

Aos 26 minutos do segundo tempo, Edu cruzou da direita, Paulino afastou parcialmente e na sobra, Wesley Gasolina chutou travado. 

Pouco depois foi a vez do camisa 99 cabecear por cima após cobrança de escanteio da direita.

Aos 32 minutos do segundo tempo, Edu recebeu ótimo passe na meia-lua e bateu bem, mas a bola desviou na zaga e passou a centímetros do gol. 

O Cruzeiro teve mais uma ótima oportunidade, com Rafa Silva, que recebeu de Edu e, na cara do gol encheu o pé, mas Jefferson Paulino fez grande defesa. 

O lance, mais uma vez, foi anulado pela arbitragem. 

Aos 40 minutos do segundo tempo, Machado deu carrinho violento em Bernardo e recebeu o amarelo. 

O volante reclamou muito, acabou expulso e deixou o campo revoltado.

Nada disso, porém, foi capaz de estragar a festa da torcida, que passou a gritar “é campeão”. 

Nos acréscimos, em falta próxima à área, Zé Ivaldo carimbou a barreira e desperdiçou a última chance de garantir a vitória mineira.

Pela trigésima quarta rodada da Série B, o Ituano recebe o Guarani no sábado (8), às 18h30 (horário de Brasília), no estádio Novelli Júnior, em Itu.

No dia seguinte é a vez do Cruzeiro visitar o Sport, às 16 horas (horário de Brasília), na Ilha do Retiro, no Recife.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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