sábado, 1 de outubro de 2022

Brasileiras voltam a vencer

Brasil mostra força, vira sobre a China e reage no Mundial.

Sob o comando de Tainara, novidade no time neste sábado (1º), equipe começa mal, mas se impõe na sequência e se recupera após derrota. 

Agora, espera definição de jogos da próxima fase.

No primeiro set, os erros ainda estavam ali. 

Sob o peso da derrota para o Japão, o Brasil parecia nervoso na quadra do Gelredome. 

Mas havia espaço para mudança, e a resposta foi imediata. 

Ao deixar a tensão de lado, a seleção se impôs. 

Em seu melhor jogo, se recuperou no Mundial com uma vitória firme sobre a China neste sábado (1º): 3 sets a 1, parciais 23/25, 25/17, 25/22 e 25/ 22.

Com a vitória, a seleção derruba a invencibilidade da China e fecha a primeira fase na segunda colocação do grupo D. 

Para terminar na liderança, precisava vencer por 3 a 0. 

Não conseguiu, mas se manteve firme na briga pelo título.

Agora, o Brasil folga neste domingo e aguarda os resultados da última rodada para conhecer seus rivais na segunda fase do Mundial. 

Na próxima etapa, a seleção encara os classificados do grupo A, Itália, Bélgica, Holanda e Porto Rico já garantiram a vaga. 

Falta, no entanto, a definição das posições para a montagem dos confrontos.

Ainda sob o nervosismo da queda do dia anterior, o Brasil começou mal. 

Os erros de posicionamento e de defesa ainda estavam ali. 

A reação, porém, veio na sequência. 

Novidade do time, Tainara foi o nome do jogo. 

Agressiva em todos os fundamentos, a jogadora se mostrou fundamental para a vitória. 

Carol, de volta, também acertou o bloqueio brasileiro. 

Gabi também voltou ao seu melhor e foi outro destaque do time.

Números do jogo

Maiores pontuadoras:

Tainara (Brasil): 22 pontos

Li (China): 22 pontos

Gabi (Brasil): 17 pontos

Pontos de ataque:

Brasil: 68 pontos

China: 52 pontos

Pontos de bloqueio:

Brasil: 7 pontos

China: 8 pontos

Pontos de saque:

Brasil: 5 pontos

China: 4 pontos

Pontos em erros adversários:

Brasil: 18 pontos

China: 22 pontos

Primeiro set - Brasil começa mal, reage, mas China sai na frente: Quando Li subiu sozinha junto à rede, uma pancada da chinesa abriu a contagem. 

A China abriu 3 a 0 até com certa facilidade. 

Carol, de volta ao time, deu início à pontuação para o Brasil. 

Os problemas defensivos da derrota para o Japão seguiram. 

Quando as rivais abriram 6/2, Zé Roberto parou o jogo pela primeira vez.

O Brasil até tentava equilibrar as ações. 

Mas o time parecia nervoso, ainda sob o peso das falhas do dia anterior. 

Ao não conseguir engatar uma sequência, a seleção viu a China disparar. 

Quando o placar marcou 20/14, no ponto de Yuan, Zé parou o jogo pela segunda vez. 

O Brasil melhorou. 

Tainara deu início a uma boa sequência de saques. 

A vantagem, que chegou a ser de sete pontos, caiu para dois (22/20). 

A China chegou ao set point, mas um bloqueio de Carol manteve a seleção no jogo: 24/23. 

Foi a vez de o time asiático pedir tempo. 

Na volta, a reação brasileira chegou ao fim no bloqueio sobre Gabi: 25/23.

Segundo set - Brasil faz seu melhor set e deixa tudo igual: Um ataque para fora de Tainara abriu a contagem no segundo set. 

Ela se recuperou na sequência ao deixar tudo igual. 

O Brasil se manteve firme, ainda embalado pela reação no fim do set anterior. 

Foi a vez de a seleção abrir vantagem. 

No ataque de Gabi, 6/3 e pedido de tempo chinês. 

O momento, porém, era brasileiro. 

No belo ataque de Carol Gattaz, a seleção abriu 9/4. 

Pouco depois, a central ampliou ao marcar mais uma vez com um ace: 12/5.

A China até ameaçou voltar. 

Conseguiu diminuir a diferença no placar, mas o Brasil seguiu firme. 

Tainara, maior novidade do jogo, se mostrava o diferencial. 

Agressiva no saque e no ataque, a ponteira/oposta fez a seleção se impor. 

Foi na marra, mas, àquela altura, o Brasil vivia seu melhor momento no Mundial. 

Ao não abrir brechas para qualquer reação rival, o time brasileiro fechou a conta no erro de saque chinês: 25/17.

Terceiro set - Brasil reage no set, vira e passa à frente: No ataque para fora de Gabi, a China largou na frente. 

O empate veio na sequência, com o saque na rede do lado de lá. 

Tainara, duas vezes seguidas, fez o Brasil marcar 3/2 e tomar a frente pela primeira vez. 

Mas a China voltou melhor à quadra. Depois de um rali, Li largou no fundo da quadra e abriu 7/5 para as asiáticas. 

Não demorou para que o Brasil voltasse a igualar o placar com um bloqueio de Macris. 

As chinesas, porém, retomaram a dianteira. 

Depois de um bloqueio sobre Gabi, abriram 10/7 e obrigaram Zé a pedir tempo.

Foi a vez de o Brasil reagir. 

O empate veio com Gabi em 10/10. 

Era um jogo tenso. 

A China até voltou a abrir, mas um bloqueio de Carol Gattaz fez a seleção voltar a encostar em 16/15. 

O empate veio mais à frente, com uma china azeitada de Macris para Carol, marcando 18/18. 

A China, então, pediu tempo. 

No erro de Wang, o Brasil passou à frente. 

Abriu três pontos depois de um novo ataque chinês para fora, com 22/19. 

Foi a senha para o Brasil acelerar e fechar depois de um erro de saque das rivais: 25/22.

Quarto set - Brasil segura a China e fecha o jogo: Um ataque firme de Gabi abriu a conta no set. 

A bola demorava a cair dos dois lados. 

Mas, quando Tainara encheu a mão para marcar 5/2, a seleção conseguiu uma folga no placar. 

A China dava trabalho, claro. 

Mas o Brasil conseguia se manter firme. 

Em um erro das rivais, marcou 10/6. 

As chinesas encostaram mais uma vez e ficaram a um ponto do empate (10/9). 

Um ace de Carol, porém, deu mais tranquilidade ao Brasil: 14/11.

Ainda que a China tentasse a reação, o Brasil seguia intenso. 

Os potentes ataques de Li causavam apreensão vez ou outra. 

Mas a seleção apresentava o seu melhor lado. 

Com uma largadinha espetacular, Macris marcou 19/16. 

Pri Daroit aumentou a vantagem com um ataque de fundo logo depois. 

A China cortou dois pontos de vantagem, e Zé parou o jogo para arrumar a casa. 

Conseguiu. 

Quando a China voltou a encostar, Zé parou mais uma vez. 

Faltava só um ponto para fechar a conta. 

Deu certo. 

Na reta final, o Brasil fechou a conta em 25/22 e se manteve firme no Mundial.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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