Espanha domina a Argentina, anula Scola e conquista a Copa do Mundo de Basquete.
Espanhóis venceram nos rebotes, nas assistências, controlaram a quadra e levaram o título pela segunda vez na história, igualando o Brasil.
Espanha conquistou o bicampeonato de Basquete. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
O mundo é novamente da Espanha.
É de Marc Gasol.
É de Ricky Rubio.
É de Rudy Fernandez.
É dos 12 espanhóis que dominaram a decisão e por 40 minutos lideraram o placar, batendo a Argentina por 95 a 75.
Seleção mais constante do planeta atrás dos Estados Unidos nos últimos 20 anos, a Espanha aumentou a sua estante de títulos com a Copa do Mundo da China, voltando a levar um troféu que não vinha desde 2006.
Diante de uma Argentina aguerrida e que não se entregou em momento algum, os rebotes e a energia, até então toda argentina, fizeram a diferença ainda no terceiro quarto, quando o confronto foi decidido.
Na Arena lotada em Pequim, com presenças ilustres de Kobe Bryant, Tony Parker, Chris Bosh, Derrick Rose e Oscar Schmidt, o dono da festa foi Marc Gasol.
Campeão da NBA pelo Toronto Raptors e agora campeão do mundo pela segunda vez, ele é o segundo jogador do planeta a alcançar os dois troféus na mesma temporada.
Do lado da Argentina, apesar da campanha primorosa de uma nova geração que tem o veterano Luis Scola como líder aos 39 anos, fica a decepção pela manutenção do jejum.
A Argentina foi campeã em 1950, na primeira edição do torneio.
E depois nunca mais.
Em 2002, chegou na final em Indianápolis, mas acabou derrotado pela Iugoslávia.
Mais cedo, na partida que valeu o bronze, a Austrália vencia a França por 16 pontos de frente, mas os franceses tiraram forças sabe-se lá de onde para virar e ficar com a medalha e o terceiro lugar do Mundial.
A Espanha conseguiu o que ninguém até então na Copa do Mundo. Começou anulando a energia da Argentina no ataque e atacando com cestas fáceis.
Em dois minutos, vencia por 7 a 0.
Juancho Hernangomez foi para a bandeja e abriu 11 a 2, fazendo Sérgio Hernandéz parar o jogo.
Os espanhóis frustavam completamente as ofensivas argentinas.
Com cinco minutos, vencia por 14 a 2, com quatro pontos de Rubio e Oriola.
Em bola de três de Brussino, os argentinos trouxeram para 14 a 8.
Campazzo abaixou para 14 a 10.
E a arena pegou fogo.
Se não se encontrou no começo, a Argentina melhorou a defesa, os rebotes e com Deck na cesta e falta deixou o duelo por um ponto: 14 a 13.
Sérgio Scariolo parou o jogo.
E a Espanha voltou aos trilhos.
Com Llull e cravada de Willy Hernangomez, fechou o período com 23 a 14.
Liderando a tábua e com nove rebotes ofensivos, a Espanha ganhava segundas chances fundamentais.
Com dois minutos do segundo quarto, os europeus abriram sua maior frente com Willy Hernangomez em linda finta sobre Scola, até então zerado: 28 a 14.
Laprovittola e Brussino, com bolas de três, reanimaram a Argentina.
Em falta antidesportiva, os argentinos ganharam “cancha” e trouxeram para dez pontos a desvantagem, em 35 a 25 faltando quatro minutos.
Com 11 rebotes a mais e o dobro das assistências, o jogo da Espanha fluía mais e a Argentina não conseguiu encostar no placar ao fim dos primeiros 20 minutos, com os espanhóis na frente por 43 a 31.
A bola de Scola não caía, nem mesmo de fora do perímetro.
Com seu cestinha zerado, a Argentina não conseguia engrenar no jogo.
Do outro lado, a Espanha seguia movimentando bem a bola e ganhando os rebotes.
Enfim, controlava razoavelmente o jogo.
Com três minutos de período, a vantagem espanhola era de 47 a 33.
Rudy Fernandez, com oito pontos, era o cestinha de um time passador.
Desconectada do jogo, a Argentina virou presa.
Rubio e Gasol foram para o pick’n roll. Juancho cravou.
E o placar escapou de vez em 55 a 33.
Campazzo e Laprovittola eram os desaforos.
Mas o duelo escapava de uma forma perigosa e praticamente inviável de se virar: 66 a 47.
Um monstro na final, Laprovittola meteu bola de três e roubou a bola de Rubio. Deck foi para a cesta.
E os argentinos derrubaram o revés um pouco, trazendo para 68 a 54.
Quando os argentinos ameaçavam uma blitz, Llull foi para a cesta e a falta, trazendo de novo a vantagem para 15 pontos, em 73 a 58, faltando seis minutos.
Deck, outro argentino que não desistia, foi para cravada roubando a bola, na última investida dos sul-americanos, diminuindo para 78 a 66.
A medida que o tempo passava, a torcida argentina ficava mais quieta.
A espanhola aumentava o brado.
Os 12 pontos do começo do jogo foram fundamentais, os europeus abriram ainda mais com Llull, e a diferença inicial deu o título para a Espanha, campeã do mundo em Pequim ao vencer por 95 a 75.
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário