domingo, 15 de setembro de 2019

Espanha bicampeã!!!

Espanha domina a Argentina, anula Scola e conquista a Copa do Mundo de Basquete.

Espanhóis venceram nos rebotes, nas assistências, controlaram a quadra e levaram o título pela segunda vez na história, igualando o Brasil.
Espanha conquistou o bicampeonato de Basquete. (Foto: Globoesporte.globo.com) 
O mundo é novamente da Espanha. 

É de Marc Gasol. 

É de Ricky Rubio. 

É de Rudy Fernandez. 

É dos 12 espanhóis que dominaram a decisão e por 40 minutos lideraram o placar, batendo a Argentina por 95 a 75. 

Seleção mais constante do planeta atrás dos Estados Unidos nos últimos 20 anos, a Espanha aumentou a sua estante de títulos com a Copa do Mundo da China, voltando a levar um troféu que não vinha desde 2006. 

Diante de uma Argentina aguerrida e que não se entregou em momento algum, os rebotes e a energia, até então toda argentina, fizeram a diferença ainda no terceiro quarto, quando o confronto foi decidido.

Na Arena lotada em Pequim, com presenças ilustres de Kobe Bryant, Tony Parker, Chris Bosh, Derrick Rose e Oscar Schmidt, o dono da festa foi Marc Gasol. 

Campeão da NBA pelo Toronto Raptors e agora campeão do mundo pela segunda vez, ele é o segundo jogador do planeta a alcançar os dois troféus na mesma temporada.

Do lado da Argentina, apesar da campanha primorosa de uma nova geração que tem o veterano Luis Scola como líder aos 39 anos, fica a decepção pela manutenção do jejum. 

A Argentina foi campeã em 1950, na primeira edição do torneio. 

E depois nunca mais. 

Em 2002, chegou na final em Indianápolis, mas acabou derrotado pela Iugoslávia.

Mais cedo, na partida que valeu o bronze, a Austrália vencia a França por 16 pontos de frente, mas os franceses tiraram forças sabe-se lá de onde para virar e ficar com a medalha e o terceiro lugar do Mundial.

A Espanha conseguiu o que ninguém até então na Copa do Mundo. Começou anulando a energia da Argentina no ataque e atacando com cestas fáceis. 

Em dois minutos, vencia por 7 a 0. 

Juancho Hernangomez foi para a bandeja e abriu 11 a 2, fazendo Sérgio Hernandéz parar o jogo. 

Os espanhóis frustavam completamente as ofensivas argentinas. 

Com cinco minutos, vencia por 14 a 2, com quatro pontos de Rubio e Oriola. 

Em bola de três de Brussino, os argentinos trouxeram para 14 a 8. 

Campazzo abaixou para 14 a 10. 

E a arena pegou fogo. 

Se não se encontrou no começo, a Argentina melhorou a defesa, os rebotes e com Deck na cesta e falta deixou o duelo por um ponto: 14 a 13. 

Sérgio Scariolo parou o jogo. 

E a Espanha voltou aos trilhos. 

Com Llull e cravada de Willy Hernangomez, fechou o período com 23 a 14.

Liderando a tábua e com nove rebotes ofensivos, a Espanha ganhava segundas chances fundamentais. 

Com dois minutos do segundo quarto, os europeus abriram sua maior frente com Willy Hernangomez em linda finta sobre Scola, até então zerado: 28 a 14. 

Laprovittola e Brussino, com bolas de três, reanimaram a Argentina. 

Em falta antidesportiva, os argentinos ganharam “cancha” e trouxeram para dez pontos a desvantagem, em 35 a 25 faltando quatro minutos. 

Com 11 rebotes a mais e o dobro das assistências, o jogo da Espanha fluía mais e a Argentina não conseguiu encostar no placar ao fim dos primeiros 20 minutos, com os espanhóis na frente por 43 a 31.

A bola de Scola não caía, nem mesmo de fora do perímetro. 

Com seu cestinha zerado, a Argentina não conseguia engrenar no jogo. 

Do outro lado, a Espanha seguia movimentando bem a bola e ganhando os rebotes. 

Enfim, controlava razoavelmente o jogo. 

Com três minutos de período, a vantagem espanhola era de 47 a 33. 

Rudy Fernandez, com oito pontos, era o cestinha de um time passador. 

Desconectada do jogo, a Argentina virou presa. 

Rubio e Gasol foram para o pick’n roll. Juancho cravou. 

E o placar escapou de vez em 55 a 33. 

Campazzo e Laprovittola eram os desaforos. 

Mas o duelo escapava de uma forma perigosa e praticamente inviável de se virar: 66 a 47.

Um monstro na final, Laprovittola meteu bola de três e roubou a bola de Rubio. Deck foi para a cesta. 

E os argentinos derrubaram o revés um pouco, trazendo para 68 a 54. 

Quando os argentinos ameaçavam uma blitz, Llull foi para a cesta e a falta, trazendo de novo a vantagem para 15 pontos, em 73 a 58, faltando seis minutos. 

Deck, outro argentino que não desistia, foi para cravada roubando a bola, na última investida dos sul-americanos, diminuindo para 78 a 66. 

A medida que o tempo passava, a torcida argentina ficava mais quieta. 

A espanhola aumentava o brado. 

Os 12 pontos do começo do jogo foram fundamentais, os europeus abriram ainda mais com Llull, e a diferença inicial deu o título para a Espanha, campeã do mundo em Pequim ao vencer por 95 a 75.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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