Proposta de nova Champions deixaria apenas quatro vagas para as ligas nacionais, diz agência.
Segundo documento obtido pela "AP", novo formato teria 32 equipes, sendo 24 classificadas pela edição anterior da Liga dos Campeões e outras quatro por meio da Liga Europa.
A nova Liga dos Campeões, que a UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) pretende implementar a partir de 2024, terá um modelo de classificação revolucionário.
Segundo um documento revelado pela agência "AP" nesta quinta-feira (9), a ideia é que apenas quatro das 32 equipes no torneio se classifiquem por meio das ligas nacionais, como acontece atualmente.
Aleksander Ceferin diz que nenhuma decisão foi tomada ainda. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Outras 24 garantiriam suas respectivas vagas através da própria Champions, enquanto as outras quatro sairiam da Liga Europa.
Atualmente, só duas vagas saem de competições europeias (os campeões da Champions e da Liga Europa).
Os outros 30 se classificam através das 55 ligas nacionais.
A mudança de paradigma vem causando muitas insatisfações.
Há quem alegue que o novo modelo criará uma elite ainda mais distante do restante das equipes do velho continente, enquanto as ligas não escondem a insatisfação com a perda de poder.
"Temos que estar incluídos no processo de decisão sobre o futuro das competições europeias. O processo tem que mudar, da informação à verdadeira negociação (...). As competições domésticas têm que ser a base das competições internacionais. É preciso se classificar para as competições da Uefa através dos campeonatos nacionais. Sem isso, é impossível manter o interesse dos torcedores", protestou o presidente da associação de Ligas Profissionais (European Leagues), Lars-Christer Olsson, após reunião nesta semana.
Segundo a imprensa, a UEFA projeta para 2024 um novo formato da Liga dos Campeões, disputada em quatro grupos de oito equipes.
Os primeiros colocados de cada chave se classificariam diretamente para a edição seguinte da Champions, independentemente de seus resultados nos campeonatos locais, o que poderia reduzir o interesse do público nas competições nacionais.
Por outro lado, contrariamente ao que vinha sendo especulado nas últimas semanas, o projeto não contempla jogos do torneio continental aos finais de semana.
Essa era uma demanda das ligas europeias, em pé de guerra com a UEFA diante da possibilidade de prejudicar os campeonatos nacionais com uma eventual mudança de calendário.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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