Brasil ensaia virada épica, mas se perde em erros e cai para a Polônia na Liga das Nações.
Seleção sai perdendo por 2 a 0, vai buscar o empate, mas é superada pelas polonesas na Holanda.
Polonesas festejam ponto em vitória contra o Brasil. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Em meio a tantos problemas previsíveis, a mão descalibrada surgiu ainda no início como um defeito maior.
Ainda assim, aos poucos o Brasil pareceu se reerguer rumo a uma reação improvável.
Ficou no quase.
Nesta quarta-feira (29), em Apeldoorn, na Holanda, a Polônia escancarou as falhas de um time ainda em construção na Liga das Nações.
Sobrou vontade para buscar um empate que parecia distante, mas faltou eficiência para confirmar uma virada heroica: 3 sets a 2, parciais 25/20, 25/22, 26/28, 18/25 e 15/9.
A queda foi a segunda da seleção na competição, na primeira semana, já havia perdido para a República Dominicana.
Com o ponto conquistado nesta terça-feira (28), o Brasil chega a 9 pontos, na quinta posição.
A equipe fecha a segunda etapa da Liga nesta quinta-feira (30), contra a Bulgária, às 14h30 (horário), com transmissão do SporTV 2.
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Foi um início muito ruim do Brasil.
Até o segundo set, nem Gabi, nem as opostas Paula Borgo e Lorenne haviam pontuado.
A falta de pontaria do lado de cá era um contraste à eficiência de Malwina Smarzek, melhor jogadora da partida.
A polonesa saiu de quadra com 28 pontos.
Stysiak, com 14 pontos, e Kakolewska, com 12 pontos, também foram importantes para a vitória do time europeu.
Quando tudo indicava um 3 a 0 seco, Bia abriu caminho para a reação.
A central acabou o jogo como a maior pontuadora do Brasil: foram 16 pontos, sendo oito de ataque, sete de bloqueio e um de saque.
Gabi, muito mal no início, cresceu na reta final e fechou a partida com 15 pontos.
Tainara, que começou mal como titular, voltou à quadra no terceiro set e também se destacou, com 11 pontos.
Um ataque para fora de Alagierska para fora abriu a contagem.
Mas o time brasileiro ainda parecia adormecido no início do jogo.
Até com certa facilidade, a Polônia abriu 6/3 no placar.
À beira da quadra, Zé Roberto focava toda sua irritação na árbitra turca Nurper Ozbar.
As reclamações renderam um cartão amarelo ao técnico logo de cara.
A punição, porém, pareceu acordar o Brasil, que chegou ao empate pelas mãos de Tainara, surpresa da escalação desta quarta.
A virada veio em um desafio bem feito pedido por Zé Roberto, abrindo 9/8 no placar.
A Polônia voltou à frente em pouco tempo, mas o Brasil não demorou a empatar mais uma vez.
Os erros dos outros jogos ainda estavam ali, mas o bloqueio ao menos funcionava.
O problema é que também funcionava do lado de lá.
Foram dois seguidos, em cima de Tainara e Lorenne.
Logo depois, o passe também desandou, e a Polônia abriu 20/17.
Zé parou o jogo e tentou arrumar a casa. Não conseguiu.
A seleção ainda ameaçou uma reação, mas viu o set escapar no saque na rede de Julia Bergmann: 25/20.
Na volta à quadra, Lorenne atacou forte, mas para fora.
Empolgadas com a vitória parcial, as polonesas mantiveram a tática de saque forçado, pressionando a recepção brasileira.
O Brasil, aos poucos, se encontrou.
Com Amanda em quadra no lugar de Tainara, a seleção chegou ao tempo técnico em vantagem.
Mas os erros brasileiros seguiram, e as polonesas tomaram a frente mais uma vez em um bloqueio sobre Gabi (10/9).
A maior dificuldade estava mesmo na definição.
Com um jogo mais previsível e com problemas na recepção, a seleção ia mal no ataque.
Gabi foi pontuar pela primeira vez apenas no segundo set.
Paula e Lorenne, as duas opostas, estavam zeradas àquela altura.
Com suas falhas escancaradas, o Brasil viu a Polônia abrir 21/17.
Na marra, conseguiu voltar ao jogo e diminuiu a diferença para apenas um ponto (21/20).
A reação parou por ali.
Tudo voltou a desandar, e a Polônia fechou em 25/22.
A seleção sentiu o impacto.
Na volta da quadra, a Polônia abriu 5/0 sem muito trabalho.
Era uma equipe inerte àquela altura.
A flama de vibração veio pelas mãos de Bia.
A central, melhor jogadora do time de Zé Roberto nesta quarta, aparecia bem no ataque e era ainda mais fundamental no bloqueio.
Foi ela quem fez a diferença encurtar.
Aos trancos e barrancos, chegou ao empate depois de um erro polonês.
O jogo desandou mais uma vez.
A Polônia, solta em quadra, ainda contava com uma atuação inspirada de Smarzek.
Ao Brasil, sobrava vontade, mas faltava eficiência.
Ainda assim, na marra, chegou ao empate depois de ataque para fora do time rival.
Gabi, depois de uma bela defesa de Paula, colocou a seleção à frente pela primeira vez no set.
Aos poucos, o time ganhou em confiança e chegou ao set point (24/21).
A instabilidade, porém, ainda estava ali, e a Polônia empatou mais uma vez. Bia, ao tocar na rede, deu a virada para as rivais.
A arbitragem também estava confusa.
Tanto que o jogo chegou a ficar parado por mais de cinco minutos depois de ponto do Brasil por quatro toques das rivais.
Para o desespero de Zé Roberto, a jogada voltou.
Mas, se faltava na técnica, sobrava na luta.
No ataque de Gabi, fim de set, e a seleção seguiu viva na partida: 28/26.
Só que o Brasil voltou mal mais uma vez.
A Polônia abriu 5/1, e Zé Roberto pediu tempo logo no início do set.
Gabi, aos poucos, cresceu e fez a seleção reagir.
No ataque de Tainara, o empate em 10 a 10.
Mas a equipe brasileira parece gostar de altos e baixos.
Abriu caminho e viu as rivais abrirem 14/11 depois de Tainara ficar no bloqueio.
Mais uma volta por cima e, pronto, Gabi, com dois pontos seguidos, fez o Brasil passar à frente com 16/15.
Foi a vez, então, de a Polônia sentir.
A confiança desceu a ladeira, e as mãos das polonesas já não pareciam tão firmes.
O Brasil, enfim, se impôs. Gabi, com um bloqueio simples, fez a diferença disparar para 22/17.
Em seu melhor momento, a equipe brasileira disparou para o empate no jogo: 25/18.
O início do tie-break não foi nada bom.
A Polônia abriu 6/1 ao explorar os mesmos erros brasileiros de antes.
O Brasil voltou a ensaiar a reação pelas mãos de Gabi e Tainara, mas as europeias abriram vantagem mais uma vez, com 10/4.
Zé Roberto parou o jogo em sua última tentativa de levar o time de volta à briga.
Não conseguiu: 15/9, para a festa polonesa.
Escalações:
Brasil: Macris, Paula Borgo, Mara, Bia, Gabi e Tainara.
Líbero: Léia.
Entraram: Roberta, Lorenne, Amanda, Julia Bermann e Mayany.
Polônia: Alagierska, Kakolewska, Stysiak, Medrzyk, Plesnierowicz e Smarzek.
Líbero: Maj-Erwardt.
Entraram: Grajber, Rozanski.
Tainara muda o jogo, e Brasil vence a Holanda na estreia da Semana 2 da Liga das Nações.
Seleção volta à quadra nesta quarta-feira, às 11h30 (Brasília), para enfrentar a Polônia
A Holanda tinha a torcida a favor, mas o Brasil contou com a força da nova geração para estrear com vitória na Semana 2 da Liga das Nações.
Nesta terça-feira (28), na cidade holandesa de Apeldoorn, a ponteira Tainara foi o destaque da seleção brasileira no triunfo por 3 sets a 2, parciais de 21/25, 30/28, 25/20, 18/25 e 15/11.
A jogadora de 19 anos deixou a partida com 13 pontos e foi fundamental para a vitória do Brasil, quando entrou no segundo set e mudou a história do jogo.
Mayany também foi acionada durante a partida e correspondeu.
A ponteira Gabi, capitã da seleção, foi a maior pontuadora com 19 acertos. Pelo lado da Holanda, Marrit Jasper fez 17 pontos.
O Brasil está em quinto lugar na Liga das Nações com três vitórias e uma derrota.
Na Semana 1, em Brasília, a seleção brasileira superou China e Rússia.
O único revés foi para a República Dominicana, que foi à Capital Federal com o time completo.
Os Estados Unidos lideram a classificação de forma invicta, assim como a Itália. Polônia e Turquia aparecem logo na sequência.
Repetindo a formação titular dos jogos na Semana 1, em Brasília, o técnico José Roberto Guimarães iniciou a partida contra a Holanda com as ponteiras Amanda e Gabi (capitã), as centrais Mara e Bia, a levantadora Macris, a oposta Paula Borgo e a líbero Leia.
E elas logo viram as donas da casa despontarem no placar.
Com Nika Daalderop forte no ataque, a Holanda abriu 15/12. Macris diminuiu a diferença com uma bola de segunda, mas Eline Timmerman respondeu com um bloqueio.
O treinador brasileiro fez a inversão do 5-1 quando o marcador apontava 19/18: Macris e Paula Borgo deram lugar a Lorenne e Roberta.
Os erros permaneceram dentro de quadra.
O Brasil não conseguiu fazer uma defesa consistente e desperdiçou muitos contra-ataques.
Nika Daalderop atacou na paralela e deixou a Holanda próxima de fechar o set.
Gabi ainda pontuou, mas as donas da casa fizeram 25/21.
A Holanda não demorou para abrir 6/2 no segundo set.
O técnico Zé Roberto precisou parar o jogo.
Na volta à quadra, o Brasil reagiu.
Amanda garantiu o empate em 6/6. Um ataque para fora de Juliet Lohuis deixou o Brasil à frente do placar pela primeira vez na partida: 8/9.
Tainara substituiu Amanda e virou bolas importantes, mas as donas da casa igualaram em 16/16 após uma série de erros das brasileiras.
O jogo ficou bastante equilibrado, com as equipes se alternando na liderança do marcador.
A Holanda chegou a ter o ponto do set, mas um bloqueio de Bia e um ataque de Gabi garantiram a parcial para o Brasil: 28/30.
Tainara continuou em quadra para o terceiro set.
Atenta na rede, ela colocou 2/3 no placar.
O início da parcial foi muito equilibrado.
Mas após uma boa sequência da Holanda, a diferença cresceu para 12/8.
Nika Daalderop e Eline Timmerman conseguiram parar o Brasil na rede.
Mayany entrou no lugar da central Mara e logo fez um ponto de bloqueio.
Tainara atacou duas vezes e empatou o set em 19/19.
O técnico Zé Roberto repetiu a inversão do 5-1.
Roberta teve uma ótima passagem pelo saque, e o Brasil fechou em 20/25.
A central Mayany se manteve na equipe no quarto set.
A holandesa Nicole Oude Luttikhuis passou a se destacar no ataque.
Quando o placar apontava 14/11, o técnico Zé Roberto parou o jogo.
Bia foi a segurança do Brasil na rede, anotando pontos de bloqueios.
Lorenne entrou em quadra para ajudar no ataque, e Macris deu lugar a Roberta.
A diferença que era de 17/11 foi para 19/16.
Mas uma bola de segunda da levantadora Laura Dijkema levantou o ginásio na Holanda, que conseguiu 25/18.
Com a mesma equipe da parcial anterior, o Brasil não deixou a Holanda escapar no marcador.
Gabi, que não pontou no quarto set, foi decisiva no tie-break.
Repleta de recursos, a capitã conseguiu três ataques seguidos e se apresentou bem na defesa.
Após pedido de tempo do técnico americano Jamie Morrison, Marrit Jasper desceu o braço e tentou recolocar a Holanda no jogo.
A cinco pontos do fim, Macris entrou em quadra para sacar.
O Brasil abriu 10/14, mas foi em um ace de Lorenne que a seleção selou a vitória: 11/15.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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