Em duelo de reviravoltas, Santos e Fluminense empatam na Vila Belmiro.
Peixe abre o placar, vê o Tricolor virar mas se recupera e garante o empate.
Foi um duelo imprevisível na Vila Belmiro.
No fim, Santos e Fluminense empataram em 2 a 2 nesta segunda-feira (1º), pela vigésima rodada do Campeonato Brasileiro.
Após um primeiro tempo um tanto devagar, com um gol do Santos em bola parada, de Luiz Felipe.
Os times voltaram com tudo depois do intervalo.
Em dois minutos, o Fluminense conseguiu a virada, com gols de Ganso e Arias, mas recuou demais e deu brecha para o Peixe igualar o resultado, com Marcos Leonardo, sempre ele.
O controle da posse de bola nem sempre é sinônimo de domínio técnico.
O Fluminense começou a partida à maneira de Diniz, trocando muitos passes, girando a bola, mas com pouco dinamismo.
Muito da dificuldade tricolor era resultado da marcação forte do Santos, com seus homens de meio e ataque.
Aos 15 minutos do primeiro tempo, o Peixe abriu o placar.
Em cobrança de escanteio, a bola é desviada para a pequena área.
Luiz Felipe, de maneira curiosa, abaixa e desvia de nuca para dentro do gol.
Após marcar, o Santos deu ainda mais a bola nos pés do Fluminense para se fechar na defesa e contra-atacar.
Aos poucos, o Tricolor conseguiu romper a forte marcação do Peixe para buscar o gol de empate.
Em duas oportunidades, Nonato e Samuel Xavier obrigaram João Paulo a trabalhar.
Em uma terceira, Ganso parou na trave em boa cobrança de falta.
A equipe de Lisca ainda ensaiou umas escapadas em velocidade, mas não conseguiu surpreender a defesa do Fluminense para ampliar o resultado.
Na segunda etapa, o Fluminense continuou com a proposta de ficar com a posse de bola e ocupar o campo do Santos.
Ganso e Caio Paulista cresceram na partida e passaram a incomodar.
O primeiro, com bons passes.
O segundo, nas infiltrações.
O Santos se limitava a defender para sair nos contra-ataques.
Aos 23 minutos do segundo tempo, em uma jogada despretensiosa de condução de Matheus Martins, ele recebe falta de Sandry na grande área, e o árbitro marca pênalti.
Ganso cobra de cavadinha para igualar o resultado.
O Santos sentiu o baque e se desorganizou.
Dois minutos após o primeiro gol, sofreu outro.
Cano foi lançado no campo do Santos, não conseguiu o domínio, mas Arias pegou a sobra e chutou de longe, para pegar João Paulo desprevenido e adiantado, e virar o jogo.
Atrás no placar, sob os gritos de Lisca no banco, o Santos retomou o protagonismo do jogo e empurrou os cariocas para o campo de defesa.
O Peixe levou perigo com bolas aéreas, com uma cobrança de falta de Zanocelo e incomodava pelas pontas com Ângelo e Baptistão.
Aos 40 minutos do segundo tempo, veio o empate.
Em uma transição de muita velocidade, Rodrigo Fernández lançou para Ângelo de trivela.
O jovem passou rápido para Marcos Leonardo na área do Fluminense.
O atacante, de primeira, bateu no ângulo para empatar.
O resultado imprevisível até o fim da partida, com as duas equipes abertas, mas terminou mesmo em empate.
Com o empate, o Santos continua em nono lugar, com 27 pontos.
Na próxima segunda-feira (8), vai ao Couto Pereira enfrentar o Coritiba.
O Fluminense chegou a 35 pontos, e permaneceu na terceira posição.
Na próxima rodada, domingo (7), o Tricolor recebe o Cuiabá no Maracanã.
O meia Paulo Henrique Ganso deixou os santistas na bronca ao comemorar o gol de empate do Fluminense.
Ganso faz gestos ao celebrar gol e gera confusão em Santos e Fluminense.
Camisa 10 marcou de pênalti, simulou ser maestro e pediu mais maturidade ao time tricolor.
O meia Paulo Henrique Ganso deixou os santistas na bronca ao comemorar o gol de empate do Fluminense.
Depois de marcar em cobrança de pênalti, o camisa 10 fez gestos para a arquibancada, simulando ser um maestro, após ser vaiado pela torcida que defendeu anos atrás.
A comemoração irritou os jogadores adversários, o que gerou um princípio de confusão no empate em 2 a 2 com o Santos, nesta segunda-feira, na Vila Belmiro.
O atleta negou ter sido uma provocação.
Ganso negou ter sido uma provocação.
Ele repetiu uma comemoração que já fez nos tempos de Vila Belmiro, gesticulando com as mãos para reger a torcida como um maestro.
O meia foi substituído aos 35 minutos do segundo tempo e voltou a ser muito vaiado pelos santistas.
"Não é provocação. É para agradecer mesmo. Fui muito feliz aqui, marquei a minha história e conquistei muitos títulos. Agradeço o carinho de todos. Ao jogar contra, é normal. O pessoal me xinga. Eu sei que tenho o carinho deles, eu tenho carinho pelo clube. Quem sabe um dia aí, mais para frente, eu possa voltar e a gente possa reencontrar", disse o camisa 10.
Cria do Peixe, o jogador foi vaiado a cada toque na bola durante a partida.
Os jogadores alvinegros interpretaram como provocação e foram para cima do meia, em especial Felipe Jonatan, mas a turma do abafa chegou rápido.
O gol de Ganso abriu caminho para a virada do Fluminense, que vencia o time da casa por 2 a 1 até os 40 minutos do segundo tempo, quando Marcos Leonardo igualou novamente.
Apesar do clima adverso no estádio, o retorno do meia a Santos não foi apenas de hostilidades.
Ganso foi aplaudido na saída do hotel e ouviu um "volta para o Santos" de alguns curiosos que foram para a porta da concentração tricolor.
Ele também vestiu a camisa do Peixe ao deixar o jogo.
Ganso comentou ainda a partida.
Ele pediu mais maturidade ao time tricolor:
"A gente sabia que o Santos é muito forte nessa bola do primeiro pau. Mesmo com o gol sendo sem querer, temos de estar mais atentos para não dar esse tipo de oportunidade. Eu acho que a gente poderia ter matado a jogada no meio do campo. Independentemente se tinha cartão amarelo ou não. A gente ia sofrer igual. Aconteceu a favor da gente contra o Palmeiras. Hoje foi contra a gente. Precisa ter maturidade pois em um momento desse a gente tem de matar e ver o que acontece depois. Buscamos, fizemos um bom primeiro tempo, criamos chance de gol. Viramos, mas não poderia ter deixado escapar os dois pontos".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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