Grêmio resume o ano cheio de erros em empate e vai da esperança à queda iminente.
Tricolor fica no 1 a 1 com o Corinthians em partida que poderia dar uma vida e tanto contra o rebaixamento.
Agora, depende de vários resultados paralelos.
Parecia que seria possível fazer os 3 pontos.
Parecia que a atuação seria suficiente para sair da Neo Química Arena com a vitória.
Mas aí o balde de água gelada cheio de erros cai na cabeça do Grêmio.
O 1 a 1 com o Corinthians, na tarde de domingo (5), deixa o rebaixamento por ser definido nos jogos que fecham a penúltima rodada do Brasileirão nesta segunda-feira (6).
Com 40 pontos, o Grêmio é o décimo oitavo colocado.
Só pode chegar a 43 pontos, mesma pontuação que já têm Bahia, Cuiabá e Juventude.
Estes dois jogam à noite contra Fortaleza e São Paulo, respectivamente.
Se ambos pontuarem, colocam o Tricolor na Série B.
O desempenho do Grêmio até foi bom em 45 minutos de uma estratégia correta.
Pressão no campo ofensivo, marcação determinada e agressiva e encarando o jogo com a importância de fato.
O primeiro tempo foi ótimo.
Pode parecer loucura, mas a atuação realmente foi boa.
O time conseguia vantagem pelos lados para criar chances de finalização, embora nada daqueles lances claríssimos.
Assim a bola morreu no peito de Diego Souza e, na caída, foi empurrada de carrinho para o gol.
"A gente acabou tomando um gol que é óbvio que jogou uma ducha água fria em cima de todos nós. Mas ao término do jogo, agora com cabeça mais fria, a gente sabe que ainda existe uma possibilidade. Vamos nos agarrar nela. Ficou mais difícil? Ficou, sim. A gente reconhece", diz o técnico Vagner Mancini.
Diogo Barbosa passou dificuldades para controlar Willian, mas no geral o Grêmio conseguiu conter o rival.
Deu poucas possibilidades de finalização para os corintianos com as linhas compactas.
Fazia uma partida ajustada dentro das necessidades.
Só que veio o intervalo.
E no vestiário ficou tudo isso.
O Grêmio voltou bastante recuado e pronto para proteger a vantagem próximo da sua área.
Estava imbuído nesta estratégia e foi assim até os 40 minutos do segundo tempo, quando Villasanti desgarrou de Renato Augusto para pressionar Willian.
Renato recebeu com liberdade e colocou toda sua qualidade na batida para empatar a partida.
Na origem do lance, Borja errou ao tentar puxar o contra-ataque e devolveu a bola para o rival.
Ela encontrou as redes gremistas.
Esse erro na marcação pode ser comparado ao de Geromel contra o Bahia, ao de Rafinha no Gre-Nal, ao de Vanderson contra o Atlético-GO ou de Elias contra o América-MG.
"Eu acredito no plantel do Grêmio, no trabalho que tem sido feito. O Grêmio vem crescendo. É uma pena que a gente teve uma falha corriqueira, ela vem ocorrendo há muito tempo. Conversa no vestiário, a gente treina a semana inteira, é exaltado, é discutido e parece que a ficha não cai", lamentou o vice de futebol Denis Abrahão.
Ou de antes, quando o Tricolor tinha ainda chance de pular para fora do Z-4 e as desperdiçou.
Erros em momentos decisivos para o Grêmio.
Que passam também pela comissão técnica, porque Vagner Mancini adotou a estratégia de recuar para tentar contra-atacar.
Tudo bem.
Mas tirou e não recolocou peças que pudessem fazer a transição funcionar.
Na entrevista coletiva, ele justificou que Alisson não treinou nos últimos quatro dias.
Ok.
Mas estava lá no banco, enquanto o jovem Elias estava em Porto Alegre assistindo ao jogo pela Globo.
A resposta de Mancini também indica uma clara situação: o grupo gremista não é suficiente para enfrentar a briga contra o rebaixamento.
O treinador colocou em campo as alternativas que ele entendia que poderiam executar a ideia.
Mas o Grêmio teve dificuldades para conseguir engatar o contra-ataque tão sonhado.
O gol sofrido deixou a segunda-feira com uma cara pior do que já normalmente ocorre.
A ressaca pode durar todo 2022.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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