Clima de Copa: botonistas trazem à mesa times que fizeram história em Mundiais.
Paixão pelo futebol, e principalmente pela Copa do Mundo, fez essa turma homenagear os grandes esquadrões, só que na mesa.
Para os que crescem acompanhando o futebol hoje, os lances dos jogos, a tentativa de ter seu ídolo no time é feito nos vídeos games.
Mas em outras épocas, a forma de ser o ídolo e tentar ser tão vencedor quanto os times admirados era no futebol de botão, ou de mesa.
Seleção Portuguesa de futebol de botão. (Foto: Acritica.com.br) |
E para essa turma, a paixão pela brincadeira de criança persiste até hoje e além do hobby, é uma forma de homenagear os esquadrões que fizeram história em Copas do Mundo.
Vários encontros acontecem durante a semana e em época de Copa, os botonistas colocam suas seleções em campo.
No dia 14 de julho, por exemplo, haverá uma Copa do Mundo às 8h30 (horário de Brasília) na Sala do Estádio Carlos Zamith, Zona Leste.
Muito dos que escolhem fazer seleções, fizeram principalmente pelo valor afetivo que determinado time ou Copa trazem.
No caso de Paulo Souza, essa memória é tão grande que das cinco Seleções que tem, três são da Copa de 1982, na Espanha, a primeira que ele assistiu.
“Eu tinha oito anos e entendia um pouquinho melhor o que era o futebol e a Seleção de 82 foi marcante, mas infelizmente não ganhou a Copa”, conta. Outra Seleção que marcou o botonista foi a União Soviética, que mesmo caindo na segunda fase, mereceu um time para relembrar a Seleção que estreou contra o Brasil. “Eu gosto muito da União Soviética. Eles tinham um futebol dinâmico, rápido e um ótimo goleiro, o Rinat Dasayev e isso ficou marcado”, relembra. Ainda no Mundial de 82, ele tem a Seleção dos Melhores daquele Mundial, onde destaca o carrasco do Brasil, Paulo Rossi. Mas nem só de frustrações é feita a coleção de Souza, que tem a Seleção Brasileira Tetracampeã em 1994.
Já a coleção de Altevir Almeida é composta pelos Campeões Mundiais de 1998: a França de Barthez, Zidane, Petit e companhia chegam aos jogos de futebol de mesa em um estojo em forma de ônibus que tem o escudo da Federação Francesa de Futebol, além da imagem da Seleção levantando a Taça de campeão daquele ano, uma cena que poucos brasileiros gostam de lembrar.
“Eu iria fazer a Seleção de 82, mas um colega meu já tinha então eu decidi fazer a França porque foi a primeira Seleção que eu vi tirar um título do Brasil. Gosto muito do futebol, do Zidane, acho as cores legais e deixei a mágoa de lado para trazer a França para as mesas”, conta o botonista que reproduz fielmente nos botões o modelo da camisa usada pelos “bleus” naquele ano.
Ainda falando em rivais brasileiros quem também está representada é a Alemanha.
Alyson Araújo conta que a Seleção tetracampeã do mundo chegou por acaso, já que ele ganhou como presente e diz que o 7 a 1 não interferiu na admiração pelos germânicos.
“Quando eu ganhei a Alemanha, comecei a ganhar os jogos na mesa e a gente vai jogando, fazendo gol. Isso que importa. Gosto da Alemanha, admiro o Muller, o Neuer. É uma ótima seleção”.
A admiração também levou Jhônata Rosas a fazer a Seleção de Portugal de 2014 em homenagem ao centenário do time português. “Como eu sempre fui fã do Cristiano Ronaldo e ele é português, decidi fazer a Seleção de Portugal e é marcante porque foi o meu primeiro time de botão”, conta o botonista que garante que nas mesas, Portugal tem mais títulos que no campo. “Portugal tem mais títulos na mesa, sim, mas o Cristiano é tão decisivo quanto. Falta eu só cobro com ele”.
O quê: Encontro de Botonistas
Quando: segundas, terças e sextas, às 19h; sábado e domingo às 8h
Onde: sala do Estádio Carlos Zamith, Zona Leste de Manaus
O quê: Copa do Mundo de Botões
Quando: 14 de julho, às 8h30
Reportagem: Acritica.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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