domingo, 15 de julho de 2018

Copa do Mundo números

Adeus, Rússia! 

Fenômeno Mbappé, VAR, recordes e estatísticas: o balanço da Copa.

Primeiro Mundial com uso da tecnologia fica marcado por queda de gigantes, números expressivos, várias marcas individuais e título da seleção comandada por Deschamps.

Adeus, Rússia! 

Fenômeno Mbappé, VAR, recordes e estatísticas: o balanço da Copa Adeus, Rússia! 

Fenômeno Mbappé, VAR, recordes e estatísticas: o balanço da Copa.

França Bicampeã mundial! A saga do título francês na Copa do Mundo 2018.

Foram 32 dias de Copa do Mundo da Rússia. 

E 64 jogos depois, 169 gols marcados, eliminações e exemplos de superação, a história terminou com a França levantando a taça e carimbando a segunda conquista no currículo.

Além do triunfo francês, o Mundial ficou marcado pelo fiasco de gigantes, como Alemanha, eliminada na fase de grupos, Espanha e Argentina, que deixaram a competição nas oitavas, pelo bom futebol croata e um final diferente dos planos para a seleção brasileira, que caiu nas quartas para a Bélgica.

Mas também foi a Copa do árbitro de vídeo, das marcas individuais, como as do jovem Mbappé e, claro, dos mais diversos memes ao redor do mundo.

Perdeu alguma coisa? Veja o balanço do Mundial da Rússia:

A COPA DO VAR: O Mundial da Rússia teve um grande protagonista, destaque na fase de grupos, mata-mata e até na grande decisão. 

E não foi Modric, Mbappé ou outro representante de França e Croácia. 

O árbitro de vídeo, ou popular VAR, foi a grande novidade. 

E o que não faltou foi polêmica.

AproVAR ou reproVAR? 

Um balanço da arbitragem de vídeo na fase de grupos da Copa.

Porém, de acordo com a FIFA, antes das semifinais, o índice de acerto nas decisões dos árbitros foi de 99,3%, sem o VAR a entidade estima que o índice de acerto seria de 95,73%.

Na final em Moscou, a decisão de Nestor Pitana após revisão no vídeo causou polêmica. 

Avisado sobre o toque de mão de Perisic após cabeçada de Matuidi, o árbitro argentino consultou as imagens e marcou a penalidade, mudando a sinalização de campo, para desespero do treinador croata Zlatko Dalic.

MARCAS INDIVIDUAIS: Com seis gols, Harry Kane foi o artilheiro isolado da competição, Cristiano Ronaldo, Lukaku, Griezmann, Mbappé e Cheryshev, com quatro, ficaram atrás.

Foi a segunda vez que um inglês foi o goleador máximo de uma Copa. 

Gary Lineker, em 1986, foi o outro, com o mesmo número.

O último gol marcado por Kane na Copa, contra a Colômbia nas oitavas.

Danijel Subasic, da Croácia, defendeu quatro cobranças de pênaltis e igualou o recorde do argentino Sergio Goycochea, que alcançou a marca na edição de 1990. 

Eriksen, Schöne e Jorgensen, da Dinamarca, e Smolov, da Rússia, foram as vítimas do croata.

Subasic foi herói contra a Dinamarca, nas oitavas: veja os pênaltis

Mbappé alcançou duas marcas interessantes em relação à idade. 

Foi o mais novo desde Pelé a fazer dois gols em um jogo de mata-mata de Copa e entrou, ao lado do brasileiro e de Giuseppe Bergomi, da Itália, para a seleta lista de sub-20 que estiveram em uma final.

Cristiano Ronaldo estreou bem e anotou um hat-trick diante da Espanha, tornando-se o mais velho a conseguir fazer três gols num mesmo jogo de Copa. 

Ainda entrou para o grupo de jogadores que marcaram em quatro edições seguidas, ao lado de Pelé, Klose e Uwe Seeler.

O egípcio Essam El-Hadary (45 anos e 161 dias) se tornou o jogador mais velho da história das Copas ao jogar, e defender um pênalti – na derrota para a Arábia Saudita.

Didier Deschamps entrou para um seleto rol: o de campeões da Copa do Mundo como jogador e treinador. Além do francês, são mais dois nomes: Zagallo (1958, 62 e 70), Franz Beckenbauer (1974 e 90).

PRÊMIOS INDIVIDUAIS: Líder da Croácia no Mundial da Rússia, Luka Modric foi escolhido como melhor jogador da Copa - primeira vez que um croata leva a premiação.

Completando o Top3: Hazard, da Bélgica, em segundo, e Griezmann, da França, em terceiro.

Veja um vídeo especial da Copa do Mundo do "herói improvável" Modric: Herói improvável! Modric é eleito melhor jogador da Copa e vira figurinha brilhante.

Mbappé foi eleito o melhor jogador jovem da Copa de 2018.

Courtois foi escolhido como melhor goleiro do Mundial da Rússia.

RECORDES E CURIOSIDADES: A edição de 2018 teve o maior número de gols contra da história do torneio. 

Foram 12 no total, o recorde anterior era de seis, em 1998. 

Mandzukic encerrou a Copa jogando contra o patrimônio no gol que abriu o caminho para a vitória francesa.

O número de pênaltis marcados, alavancados pelo uso do árbitro de vídeo, também foi o maior já registrado: 29, mais que o dobro da edição anterior. 

Sete deles foram desperdiçados.

O cartão amarelo mais rápido da história da competição também foi aplicado na Rússia. 

O mexicano Jesus Gallardo recebeu a punição aos 13 segundos de jogo contra a Suécia, na última rodada da fase de grupos.

Pela primeira vez na história, todos os participantes marcaram ao menos dois gols na Copa do Mundo.

Foi a primeira Copa que não contou com seleções africanas classificadas às oitavas de final. 

Egito, Marrocos, Nigéria, Tunísia e Senegal foram eliminados na fase de grupos.

A Alemanha foi a terceira campeã seguida a ser eliminada na fase de grupos da Copa seguinte, repetindo a Itália em 2010 e Espanha em 2014. 

Os alemães não caíam tão cedo desde 1938.

SURPRESAS E DECEPÇÕES: 

ALEMANHA: Chegou como a seleção a ser batida. Campeã do mundo no Brasil, a seleção manteve Joachim Löw e levou base de respeito aos gramados russos. 

Porém, o sonho acabou logo na primeira fase: derrota para o México na estreia, vitória nos acréscimos contra a Suécia e queda histórica diante da Coreia do Sul.

ARGENTINA: Uma Copa do Mundo para ser esquecida. 

Nada deu certo, desde o banco de reservas, com um Jorge Sampaoli perdido, até o craque: Messi passou discreto, com raros lampejos de genialidade, e sucumbiu mais uma vez com a camisa da Seleção. 

A eliminação aconteceu nas oitavas, para a campeã França.

BRASIL: A Seleção passou pela fase de grupos sem facilidade: empate contra a Suíça, vitória suada diante da Costa Rica e missão mais tranquila contra a Sérvia. 

Nas oitavas, talvez, a melhor atuação: 2 a 0 para o México, de um time que parecia querer engatar. 

Mas parou nas quartas: contra a Bélgica, Courtois foi heroi, os destaques, como Neymar e Jesus, não brilharam, e nem mesmo o grande jogo de Miranda e Thiago Silva impediu a queda precoce.

CROÁCIA: A derrota para a França na final não apaga o brilho da Copa do Mundo da Croácia. 

Zlatko Dalic, auxiliado por Modric, o melhor jogador do torneio da escolha da FIFA, levou o país a uma decisão inédita. 

Venceu e convenceu, principalmente na primeira fase, com vitória icônica sobre a Argentina. 

No mata-mata, três prorrogações, muito coração e um Subasic iluminado nos pênaltis. 

Copa digna de recepção com festa no retorno para casa.

ESPANHA: Muita badalação, mas um problema logo no início da caminhada. 

Antes da estreia, Lopetegui deixou o comando da seleção espanhola para assumir o Real Madrid. 

Hierro assumiu, levou o time às oitavas, mas saiu nos pênaltis para a Rússia.

FRANÇA: Deschamps deixou o status de contestado para trás e conquistou o mundo. 
Deschamps deixa a Rússia em alta. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Com uma França sólida, de destaques individuais, como Griezmann, Kanté e Pogba, e alinhado jogo coletivo, o treinador passou por sete desafios de maneira invicta e levou a taça de maneira indiscutível. 

Um capítulo à parte para Mbappé: aos 19 anos, elevou o patamar no cenário do futebol mundial, terminou com quatro gols na conta e escolhido como jogador jovem da Copa.

RÚSSIA: O que falar da anfitriã? 

A Rússia deu ao país muitos motivos para sorrir. 

A goleada logo na estreia, 5 a 0 diante da Arábia Saudita, era só um aviso do que estava por vir. 

Classificação para as oitavas e a vaga na raça contra a Espanha. 

Nas quartas, prorrogação, mais uma vez no coração, e queda doída nos pênaltis diante da Croácia, mas com sorriso no rosto e sensação de dever cumprido.

ESTATÍSTICAS GERAIS:

Gols marcados: 169

Gols por jogo: 2,6

Cartões amarelos: 219

Cartões vermelhos: 4

POR SELEÇÕES - GOLS MARCADOS:

Bélgica: 16

França: 14

Croácia: 14

Inglaterra: 12

Rússia: 10

MAIS GOLS SOFRIDOS:

Panamá: 11

Argentina: 9

Croácia: 9

Tunísia: 8

Inglaterra: 8

MENOS GOLS SOFRIDOS:

Irã: 2

Peru: 2

Dinamarca: 2

Coreia do Sul: 3

Colômbia: 3

Uruguai: 3

Brasil: 3

POR JOGADORES - ARTILHARIA:

Harry Kane (Inglaterra): 6

Griezmann (França): 4

Lukaku (Bélgica): 4

Cheryshev (Rússia): 4

Cristiano Ronaldo (Portugal): 4

Mbappé (França): 4

Dzyuba (Rússia): 3

Hazard (Bélgica): 3

Mandzukic (Croácia): 3

Perisic (Croácia): 3

Mina (Colômbia): 3

Diego Costa (Espanha): 3

Cavani (Uruguai): 3

ASSISTÊNCIAS

Griezmann (França): 2

Dzyuba (Rússia): 2

Hazard (Bélgica): 2

Khazri (Tunísia): 2

Philippe Coutinho (Brasil): 2

Quintero (Colômbia): 2

Messi (Argentina): 2

Golovin (Rússia): 2

Meunier (Bélgica): 2

De Bruyne (Bélgica): 2


MAIS MINUTOS JOGADOS:

*jogadores de linha

Modric (Colômbia): 694

Maguire (Inglaterra): 645

Stones (Inglaterra): 645

Rakitic (Croácia): 639

Perisic (Croácia): 632

GOLS DE PÊNALTI

Harry Kane (Inglaterra): 3

Griezmann (França): 3

Granqvist (Suécia): 2

Jedinak (Austrália): 2

MAIS DEFESAS

Courtois (Bélgica): 27

Guillermo Ochoa (México): 25

Schmeichel (Dinamarca): 21

Pickford (Inglaterra): 17

Akinfeev (Rússia): 15

Subasic (Croácia): 15

MAIS FINALIZAÇÕES

Neymar (Brasil): 27

Philippe Coutinho (Brasil): 22

Perisic (Croácia): 22

Griezmann (França): 21

Cristiano Ronaldo (Portugal): 21

MAIS FALTAS COMETIDAS

Rebic (Croácia): 21

Golovin (Rússia): 16

Mascherano (Argentina): 15

Hector Herrera (México): 15

Giroud (França): 14

Pogba (França): 14

MAIS FALTAS SOFRIDAS

Hazard (Bélgica): 28

Neymar (Brasil): 26

Rakitic (Croácia): 20

Pogba (Bélgica): 17

Messi (Argentina): 15

Lucas Hernández (França): 15

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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