Adeus, Rússia!
Fenômeno Mbappé, VAR, recordes e estatísticas: o balanço da Copa.
Primeiro Mundial com uso da tecnologia fica marcado por queda de gigantes, números expressivos, várias marcas individuais e título da seleção comandada por Deschamps.
Adeus, Rússia!
Fenômeno Mbappé, VAR, recordes e estatísticas: o balanço da Copa Adeus, Rússia!
Fenômeno Mbappé, VAR, recordes e estatísticas: o balanço da Copa.
França Bicampeã mundial! A saga do título francês na Copa do Mundo 2018.
Foram 32 dias de Copa do Mundo da Rússia.
E 64 jogos depois, 169 gols marcados, eliminações e exemplos de superação, a história terminou com a França levantando a taça e carimbando a segunda conquista no currículo.
Além do triunfo francês, o Mundial ficou marcado pelo fiasco de gigantes, como Alemanha, eliminada na fase de grupos, Espanha e Argentina, que deixaram a competição nas oitavas, pelo bom futebol croata e um final diferente dos planos para a seleção brasileira, que caiu nas quartas para a Bélgica.
Mas também foi a Copa do árbitro de vídeo, das marcas individuais, como as do jovem Mbappé e, claro, dos mais diversos memes ao redor do mundo.
Perdeu alguma coisa? Veja o balanço do Mundial da Rússia:
A COPA DO VAR: O Mundial da Rússia teve um grande protagonista, destaque na fase de grupos, mata-mata e até na grande decisão.
E não foi Modric, Mbappé ou outro representante de França e Croácia.
O árbitro de vídeo, ou popular VAR, foi a grande novidade.
E o que não faltou foi polêmica.
AproVAR ou reproVAR?
Um balanço da arbitragem de vídeo na fase de grupos da Copa.
Porém, de acordo com a FIFA, antes das semifinais, o índice de acerto nas decisões dos árbitros foi de 99,3%, sem o VAR a entidade estima que o índice de acerto seria de 95,73%.
Na final em Moscou, a decisão de Nestor Pitana após revisão no vídeo causou polêmica.
Avisado sobre o toque de mão de Perisic após cabeçada de Matuidi, o árbitro argentino consultou as imagens e marcou a penalidade, mudando a sinalização de campo, para desespero do treinador croata Zlatko Dalic.
MARCAS INDIVIDUAIS: Com seis gols, Harry Kane foi o artilheiro isolado da competição, Cristiano Ronaldo, Lukaku, Griezmann, Mbappé e Cheryshev, com quatro, ficaram atrás.
Foi a segunda vez que um inglês foi o goleador máximo de uma Copa.
Gary Lineker, em 1986, foi o outro, com o mesmo número.
O último gol marcado por Kane na Copa, contra a Colômbia nas oitavas.
Danijel Subasic, da Croácia, defendeu quatro cobranças de pênaltis e igualou o recorde do argentino Sergio Goycochea, que alcançou a marca na edição de 1990.
Eriksen, Schöne e Jorgensen, da Dinamarca, e Smolov, da Rússia, foram as vítimas do croata.
Subasic foi herói contra a Dinamarca, nas oitavas: veja os pênaltis
Mbappé alcançou duas marcas interessantes em relação à idade.
Foi o mais novo desde Pelé a fazer dois gols em um jogo de mata-mata de Copa e entrou, ao lado do brasileiro e de Giuseppe Bergomi, da Itália, para a seleta lista de sub-20 que estiveram em uma final.
Cristiano Ronaldo estreou bem e anotou um hat-trick diante da Espanha, tornando-se o mais velho a conseguir fazer três gols num mesmo jogo de Copa.
Ainda entrou para o grupo de jogadores que marcaram em quatro edições seguidas, ao lado de Pelé, Klose e Uwe Seeler.
O egípcio Essam El-Hadary (45 anos e 161 dias) se tornou o jogador mais velho da história das Copas ao jogar, e defender um pênalti – na derrota para a Arábia Saudita.
Didier Deschamps entrou para um seleto rol: o de campeões da Copa do Mundo como jogador e treinador. Além do francês, são mais dois nomes: Zagallo (1958, 62 e 70), Franz Beckenbauer (1974 e 90).
PRÊMIOS INDIVIDUAIS: Líder da Croácia no Mundial da Rússia, Luka Modric foi escolhido como melhor jogador da Copa - primeira vez que um croata leva a premiação.
Completando o Top3: Hazard, da Bélgica, em segundo, e Griezmann, da França, em terceiro.
Veja um vídeo especial da Copa do Mundo do "herói improvável" Modric: Herói improvável! Modric é eleito melhor jogador da Copa e vira figurinha brilhante.
Mbappé foi eleito o melhor jogador jovem da Copa de 2018.
Courtois foi escolhido como melhor goleiro do Mundial da Rússia.
RECORDES E CURIOSIDADES: A edição de 2018 teve o maior número de gols contra da história do torneio.
Foram 12 no total, o recorde anterior era de seis, em 1998.
Mandzukic encerrou a Copa jogando contra o patrimônio no gol que abriu o caminho para a vitória francesa.
O número de pênaltis marcados, alavancados pelo uso do árbitro de vídeo, também foi o maior já registrado: 29, mais que o dobro da edição anterior.
Sete deles foram desperdiçados.
O cartão amarelo mais rápido da história da competição também foi aplicado na Rússia.
O mexicano Jesus Gallardo recebeu a punição aos 13 segundos de jogo contra a Suécia, na última rodada da fase de grupos.
Pela primeira vez na história, todos os participantes marcaram ao menos dois gols na Copa do Mundo.
Foi a primeira Copa que não contou com seleções africanas classificadas às oitavas de final.
Egito, Marrocos, Nigéria, Tunísia e Senegal foram eliminados na fase de grupos.
A Alemanha foi a terceira campeã seguida a ser eliminada na fase de grupos da Copa seguinte, repetindo a Itália em 2010 e Espanha em 2014.
Os alemães não caíam tão cedo desde 1938.
SURPRESAS E DECEPÇÕES:
ALEMANHA: Chegou como a seleção a ser batida. Campeã do mundo no Brasil, a seleção manteve Joachim Löw e levou base de respeito aos gramados russos.
Porém, o sonho acabou logo na primeira fase: derrota para o México na estreia, vitória nos acréscimos contra a Suécia e queda histórica diante da Coreia do Sul.
ARGENTINA: Uma Copa do Mundo para ser esquecida.
Nada deu certo, desde o banco de reservas, com um Jorge Sampaoli perdido, até o craque: Messi passou discreto, com raros lampejos de genialidade, e sucumbiu mais uma vez com a camisa da Seleção.
A eliminação aconteceu nas oitavas, para a campeã França.
BRASIL: A Seleção passou pela fase de grupos sem facilidade: empate contra a Suíça, vitória suada diante da Costa Rica e missão mais tranquila contra a Sérvia.
Nas oitavas, talvez, a melhor atuação: 2 a 0 para o México, de um time que parecia querer engatar.
Mas parou nas quartas: contra a Bélgica, Courtois foi heroi, os destaques, como Neymar e Jesus, não brilharam, e nem mesmo o grande jogo de Miranda e Thiago Silva impediu a queda precoce.
CROÁCIA: A derrota para a França na final não apaga o brilho da Copa do Mundo da Croácia.
Zlatko Dalic, auxiliado por Modric, o melhor jogador do torneio da escolha da FIFA, levou o país a uma decisão inédita.
Venceu e convenceu, principalmente na primeira fase, com vitória icônica sobre a Argentina.
No mata-mata, três prorrogações, muito coração e um Subasic iluminado nos pênaltis.
Copa digna de recepção com festa no retorno para casa.
ESPANHA: Muita badalação, mas um problema logo no início da caminhada.
Antes da estreia, Lopetegui deixou o comando da seleção espanhola para assumir o Real Madrid.
Hierro assumiu, levou o time às oitavas, mas saiu nos pênaltis para a Rússia.
FRANÇA: Deschamps deixou o status de contestado para trás e conquistou o mundo.
Deschamps deixa a Rússia em alta. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Com uma França sólida, de destaques individuais, como Griezmann, Kanté e Pogba, e alinhado jogo coletivo, o treinador passou por sete desafios de maneira invicta e levou a taça de maneira indiscutível.
Um capítulo à parte para Mbappé: aos 19 anos, elevou o patamar no cenário do futebol mundial, terminou com quatro gols na conta e escolhido como jogador jovem da Copa.
RÚSSIA: O que falar da anfitriã?
A Rússia deu ao país muitos motivos para sorrir.
A goleada logo na estreia, 5 a 0 diante da Arábia Saudita, era só um aviso do que estava por vir.
Classificação para as oitavas e a vaga na raça contra a Espanha.
Nas quartas, prorrogação, mais uma vez no coração, e queda doída nos pênaltis diante da Croácia, mas com sorriso no rosto e sensação de dever cumprido.
ESTATÍSTICAS GERAIS:
Gols marcados: 169
Gols por jogo: 2,6
Cartões amarelos: 219
Cartões vermelhos: 4
POR SELEÇÕES - GOLS MARCADOS:
Bélgica: 16
França: 14
Croácia: 14
Inglaterra: 12
Rússia: 10
MAIS GOLS SOFRIDOS:
Panamá: 11
Argentina: 9
Croácia: 9
Tunísia: 8
Inglaterra: 8
MENOS GOLS SOFRIDOS:
Irã: 2
Peru: 2
Dinamarca: 2
Coreia do Sul: 3
Colômbia: 3
Uruguai: 3
Brasil: 3
POR JOGADORES - ARTILHARIA:
Harry Kane (Inglaterra): 6
Griezmann (França): 4
Lukaku (Bélgica): 4
Cheryshev (Rússia): 4
Cristiano Ronaldo (Portugal): 4
Mbappé (França): 4
Dzyuba (Rússia): 3
Hazard (Bélgica): 3
Mandzukic (Croácia): 3
Perisic (Croácia): 3
Mina (Colômbia): 3
Diego Costa (Espanha): 3
Cavani (Uruguai): 3
ASSISTÊNCIAS
Griezmann (França): 2
Dzyuba (Rússia): 2
Hazard (Bélgica): 2
Khazri (Tunísia): 2
Philippe Coutinho (Brasil): 2
Quintero (Colômbia): 2
Messi (Argentina): 2
Golovin (Rússia): 2
Meunier (Bélgica): 2
De Bruyne (Bélgica): 2
MAIS MINUTOS JOGADOS:
*jogadores de linha
Modric (Colômbia): 694
Maguire (Inglaterra): 645
Stones (Inglaterra): 645
Rakitic (Croácia): 639
Perisic (Croácia): 632
GOLS DE PÊNALTI
Harry Kane (Inglaterra): 3
Griezmann (França): 3
Granqvist (Suécia): 2
Jedinak (Austrália): 2
MAIS DEFESAS
Courtois (Bélgica): 27
Guillermo Ochoa (México): 25
Schmeichel (Dinamarca): 21
Pickford (Inglaterra): 17
Akinfeev (Rússia): 15
Subasic (Croácia): 15
MAIS FINALIZAÇÕES
Neymar (Brasil): 27
Philippe Coutinho (Brasil): 22
Perisic (Croácia): 22
Griezmann (França): 21
Cristiano Ronaldo (Portugal): 21
MAIS FALTAS COMETIDAS
Rebic (Croácia): 21
Golovin (Rússia): 16
Mascherano (Argentina): 15
Hector Herrera (México): 15
Giroud (França): 14
Pogba (França): 14
MAIS FALTAS SOFRIDAS
Hazard (Bélgica): 28
Neymar (Brasil): 26
Rakitic (Croácia): 20
Pogba (Bélgica): 17
Messi (Argentina): 15
Lucas Hernández (França): 15
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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