Após um início da temporada onde as expectativas estão muito elevadas, o Braga volta a pisar o palco da Liga dos Campeões após ter goleado o TSC Backa Topola da Sérvia por 7 a 1 no agregado para passar à fase final de qualificação.
De relembrar que os minhotos não entram numa fase de grupos da Liga Milionária há mais de uma década.
Do outro lado encontraram o Panathinaikos que foi a “zebra” da fase transata ao vencer o Marselha nos penáltis depois de duas partidas muito disputadas no início do mês.
Ainda que, no jogo em casa, tenha sido ajudado pelo fato da equipa francesa ter jogado meia-hora com apenas dez homens.
A jogar em casa, o favoritismo estava nas costas da equipa de Artur Jorge que entrou com um onze esperado, tendo apenas uma mudança em relação ao jogo anterior.
A entrada de Pizzi que foi muito importante na vitória frente TSC Backa Topola.
Um início de primeira parte marcado por muita agressividade, tanto a nível defensivo como ofensivo, por parte da equipa grega, que dificultou a circulação e criação na primeira fase de construção dos bracarenses, algo que foi rapidamente corrigido pela equipa da casa que apostou num jogo direto.
Abel Ruiz muito importante a servir de apoio e Bruma com a sua velocidade e técnica, facilitando a entrada no bloco adversário que com o tempo e de forma natural abrandou o ritmo que se identificava no início do duelo.
Ao longo dos primeiros 45 minutos a evolução do Braga foi crescente, por mérito do Panathinaikos que nunca deixou os bracarenses estarem confortáveis no jogo.
Isto notou-se ainda mais depois da entrada de André Horta, ao minuto 36 pelo lesionado Al-Musrati, que conseguiu ser mais criterioso com bola e imprimindo velocidade na transição ofensiva, o que beneficiou os jogadores de Artur Jorge. Contudo, o empate prevaleceu no caminho para os balneários.
A volta para a segunda parte trouxe o melhor do Braga.
Facilidade na construção, ritmo e mobilidade no ataque, características que faltavam até ao momento, e acabou por ser fatal para a defesa adversária, com Abel Ruiz a conseguir ampliar o resultado com assistência do craque da equipa, Bruma.
Com o golo apontado pelo espanhol, os bracarenses sentiram-se muito mais cómodos a jogar, o êxtase do público impulsionou o segundo golo, por Álvaro Djalo, que mostrou, uma vez mais, todo o seu potencial após um lançamento executado de forma rápida para apanhar a defesa grega distraída.
Esta foi uma exibição que demonstrou as duas faces da equipa de Artur Jorge. Num primeiro momento as debilidades defensivas foram visíveis, José fonte em destaque.
Além da falta de ligação entre os médios, André Horta tem que ser titular, e a pouca intensidade para reagir aos duelos físicos.
Por outro lado, e na segunda parte, foram superiores em toda a dimensão, tanto defensivamente como ofensivamente, apesar do golo sofrido que não pode acontecer a um nível destes.
Uma vitória muito importante para a continuação desta caminhada até à fase de grupos, num jogo onde o talento individual e o poder de associação entre os seus melhores ativos (Bruma, Ricardo Horta, Abel Ruiz, Alvaro Djalo) deram esta vantagem na eliminatória ao Braga.
De recordar que a segunda mão será disputada na próxima terça-feira, dia 29 de agosto, no Estádio Olímpico de Atenas.
Reportagem: Bolanarede.pt
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário