Possibilidade zero

Presidente da UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) minimiza Arábia Saudita e descarta times do país na Champions League.

Aleksander Ceferin não vê ameça do país à Europa, diz que jogadores que vão jogar para Oriente Médio "não são suficientemente ambiciosos" e impede clubes sauditas nas competições europeias.

A Arábia Saudita mexeu com o mercado do futebol na atual janela de transferências, mas "não há perigo", segundo o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin. 

Em entrevista ao jornal francês "L'Équipe", o mandatário rechaçou uma ameaça do país à hegemonia do futebol europeu, ainda mais a participação de times sauditas nas competições do continente, como a Champions League.

Na visão de Ceferin, a Arábia Saudita neste ano caminha por uma estratégia similar à da China em 2016 e 2017, por meio da contratação de jogadores fazendo uso de grandes somas de dinheiro. 

Quem escolhe trocar a Europa pelo país do Oriente Médio, estando em fim de carreira ou não, estaria sem ambição no futebol, segundo o dirigente.

"Tem jogadores no fim (da carreira) e os que não são suficientemente ambiciosos para visar as competições top. Pelo que sei, Mbappé e Haaland não sonham com a Arábia Saudita. Os melhores jogadores, no auge, não creio que pensam em ir à Arábia Saudita. Veremos, mas não creio um segundo sequer que isso possa ameaçar nossas competições", opinou Ceferin.

Times da Arábia Saudita já gastaram mais de 845 milhões de euros (R$ 4,5 bilhões) em contratações na atual janela de transferência, com destaque para jogadores de renome internacional atraídos por salários astronômicos. 

Dentre os principais reforços, o Al-Nassr, time de Cristiano Ronaldo desde o início do ano, trouxe Mané; o Al-Hilal contratou Neymar; o Al-Ittihad atraiu Benzema; e o Al-Ahli conta com Roberto Firmino.

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O presidente da UEFA também falou sobre um interesse dos sauditas de participarem das competições europeias. 

Tal desejo foi expressado pelo diretor de operações da Liga Saudita, Carlo Nohra, em entrevista ao canal "Boomberg" no início da semana. 

Ceferin foi taxativo numa negativa à possibilidade.

"Um meio de comunicação falou disso sem sequer nos perguntar. Somente os clubes europeus podem participar da Champions League, Liga Europa e Liga Conferência", afirmou o dirigente.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro