quinta-feira, 21 de abril de 2022

Ficou barato

Coritiba domina o Santos e larga em vantagem na Copa do Brasil; João Paulo evita placar maior.

Alef Manga, no primeiro tempo, faz o gol da vitória do Coxa no Couto Pereira.

O Coritiba dominou o Santos, colecionou chances, especialmente no primeiro tempo, e venceu por 1 a 0 na noite desta quarta-feira (20), no Couto Pereira, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. 

Alef Manga, ainda na etapa inicial, fez o único gol da partida. 

O goleiro João Paulo, com atuação impressionante, impediu que o placar fosse maior para o Coxa. 

O Santos, porém, saiu de campo na bronca: houve um pênalti em Madson ignorado pela arbitragem.

Com o resultado, o Coritiba joga pelo empate na partida da volta (dia 12 de maio, na Vila Belmiro) para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil. 

O Santos precisa vencer por dois gols de diferença. 

Se o Peixe conseguir uma vitória simples, a vaga será decidida nos pênaltis. 

Não há saldo qualificado. 

As equipes agora retomam atenções no Campeonato Brasileiro. 

O Coritiba visita o Atlético-MG no sábado (23), às 21 horas (horário de Brasília), no Independência. 

O Santos, no dia seguinte, às 16 horas (horário de Brasília), recebe o América-MG.

Alef Manga, autor do gol do Coritiba, se declarou... torcedor do Santos. 

Ele fez a revelação no intervalo da partida, ao comentar o gol que tinha feito minutos antes.

"Feliz de fazer o primeiro gol na Copa do Brasil, e contra o meu time. Sou santista desde criança. Respeito o Santos, mas tem que respeitar a camisa do Coritiba", disse o jogador à Amazon.

Apesar do enorme domínio do Coritiba sobre o Santos no primeiro tempo, o Peixe tem o direito de argumentar que poderia ter ido para o intervalo com um resultado melhor. 

Aos 28 minutos do primeiro tempo, o lateral-direito Madson foi atingido no tornozelo, dentro da área ofensiva, por Alef Manga. 

A arbitragem comandada por Bruno Arleu de Araújo não marcou o pênalti claro. 

Como não há VAR na terceira fase da Copa do Brasil, o lance não foi revisado. 

O técnico santista, Fabián Bustos, ainda foi expulso quase no fim do jogo, por reclamação.

O Coritiba foi com tudo para cima do Santos no começo do jogo. Já nos primeiros movimentos, impôs enorme pressão. 

Não deixou o adversário respirar. Só não saiu cedo na frente porque o goleiro João Paulo impediu. 

Aos 12 minutos do primeiro tempo, ele já somava quatro grandes defesas, em chutes de Clayton, Guilherme Biro, Régis e Willian Farias. 

O Peixe ensaiou ocupar minimamente o campo de ataque, mas foi alarme falso. 

O Coritiba voltou a pressionar, e João Paulo seguiu colecionando milagres, buscando no chão, voando no ângulo, em uma atuação impressionante. 

Mas era evidente que uma hora não teria como evitar o gol, que acabou saindo aos 23 minutos do primeiro tempo, quando Alef Manga recebeu de Willian Farias em profundidade e tocou por baixo do goleiro para abrir o placar: 1 a 0. 

A vantagem era uma justiça inquestionável em um jogo no qual só um time jogava. 

Mas, curiosamente, o Santos poderia ter empatado logo depois. 

Aos 28 minutos do primeiro tempo, houve pênalti claro de Alef Manga em Madson. 

A arbitragem ignorou, não há VAR na terceira fase da Copa do Brasil. 

Apesar do lance, o Coritiba seguiu melhor e poderia ter ampliado o placar antes do intervalo. 

A superioridade alviverde foi ilustrada por um dado: o Peixe só conseguiu finalizar pela primeira vez aos 37 minutos do primeiro tempo, em chute de Bryan Angulo que desviou na zaga e foi a escanteio. 

Aos 45 minutos do primeiro tempo, Ricardo Goulart acordou e cabeceou com perigo. 

O primeiro tempo terminou com 14 finalizações do Coritiba e duas do Santos.

O jogo foi diferente no segundo tempo. 

O Santos voltou do vestiário menos acuado e conseguiu equilibrar a partida. 

Seguiu sendo ameaçado, como em chute de Henrique que passou próximo ao travessão, mas também levou perigo, caso de cabeceio de Ricardo Goulart, uma chance clara desperdiçada pelo camisa 10. Fabián Bustos, com o time melhor postado, começou a mexer nas peças. 

Saíram Goulart e Sandry, depois Ângelo e Willian Maranhão. Mas, com os novos nomes (Léo Baptistão, Rodrigo Fernández, Marcos Leonardo, Vinícius Zanocelo), o máximo que o Santos conseguiu foi evitar que o Coritiba repetisse a pressão do primeiro tempo. 

A partida perdeu intensidade e caminhou até o fim com o placar criado no primeiro tempo.

O jogo não teve presença da torcida do Santos. 

Por medo de conflitos entre torcedores (houve brigas no domingo, perto da Vila Belmiro, após jogo pelo Brasileirão), os dois clubes solicitaram que o público fosse apenas do mandante nas duas partidas. 

O Ministério Público acatou o pedido. Torcedores do Santos já estavam na estrada quando a decisão foi tomada. 

Os veículos com organizadas foram impedidos de se aproximar do Couto Pereira.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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