Joaquín, aos 40 anos, escreve uma das histórias mais legais do futebol europeu em 2021/2022.
Eu amo o futebol, mas gosto ainda mais das histórias que ele proporciona e que vão além das quatro linhas.
E uma destas foi contada neste sábado, quando Joaquín ergueu a taça da Copa do Rei após o Betis ter vencido o Valencia na final nos pênaltis.
O troféu encerrou um jejum de 17 anos do clube, que tinha sua última grande conquista de elite justamente a Copa do Rei de 2004/2005.
Desde então, o clube teve de observar seu grande rival se consolidar entre as cinco principais equipes da Espanha deste século e empilhar taças da Europa League.
Não bastasse o período de seca acompanhado do sucesso do Sevilla, o Betis amargou dois rebaixamentos nos últimos 13 anos.
Quando retornou à elite pela última vez, em 2015, o clube verde e branco ganhou o reforço de um velho conhecido: Joaquín.
O meia chegou aos 34 anos e já fora do seu auge, sua última convocação pela seleção espanhola, por exemplo. foi em 2007, tendo disputado as Copas de 2002 e 2006 e a Euro de 2004.
Depois de ter brilhado pelo próprio Betis, pelo qual foi revelado, e pelo Valencia, conquistando uma Copa do Rei com cada um dos dois times, Joaquín ainda foi quadrifinalista da Champions League com o Málaga em 2013, ficando a poucos segundos de eliminar o Borussia Dortmund e ir à semifinal, fazendo uma parceria de sucesso com o técnico Manuel Pellegrini.
No momento de retorno ao time que o revelou, nove anos após sua saída, o meia talvez não imaginasse que ainda escreveria capítulos tão grandiosos pelo Betis ou que fosse repetir uma história memorável com o treinador chileno.
Hoje com 40 anos, o veterano não tem o mesmo destaque no time comandado por Pellegrini, mas segue participando regularmente, estando presente em 32 dos 51 jogos do Betis na temporada, além de dois gols marcados (ambos na Copa do Rei).
Neste sábado (23), ele foi ovacionado ao entrar em campo pouco antes da prorrogação e ainda converteu sua cobrança na disputa das penalidades, antes de subir as tribunas para erguer a taça.
Além disso, Joaquín tem no momento 494 jogos pelo Betis, tendo ultrapassado José Ramón Esnaola (460) na reta final da temporada passada como recordista na história do clube.
Além disso, ele é o segundo que mais vezes jogou em LaLiga com um total de 596 partidas, ficando atrás apenas de Andoni Zubizarreta (622).
Mas vai saber se este recorde também será quebrado, afinal, o próprio jogador deixou nesta semana o seu futuro em aberto.
De qualquer forma, o retorno de Joaquín, os recordes, a longevidade e os títulos conquistados em um intervalo de 17 anos fazem desta história uma das mais legais que o futebol europeu viu em 2021/2022.
A imagem dele erguendo a taça nas tribunas do estádio La Cartuuja fica como a grande recordação desta Copa do Rei.
Reportagem: Espn.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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