COI (Comitê Olímpico Internacional) aposta em redes sociais e games para alcançar novos públicos rumo a Paris.
Dirigente da entidade, Lenny Abbey cita desafio para aumentar engajamento até as Olimpíadas.
O caminho do Comitê Olímpico Internacional até Paris 2024 passa pelas redes sociais.
De olho em um maior engajamento e em busca de uma renovação do público, a entidade tem apostado no mundo virtual.
Neste domingo (20), em Salvador, durante a segunda edição do Congresso Olímpico, organizado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Lenny Abbey, representante do COI no evento, apontou a tentativa de ampliar o alcance do esporte como um dos maiores desafios até a próxima edição dos Jogos.
A orientação faz parte da Agenda 2020+5, documento de recomendações aprovado pelo comitê no ano passado para nortear o esporte olímpico até 2025.
Abbey é líder de engajamento do COI junto aos Comitês Olímpicos Nacionais.
Segundo ele, o COI tem investido em uma atuação mais firme nas redes sociais desde o ano passado na tentativa de alcançar um novo público para o esporte olímpico.
"A gente tem de seguir ajudando, buscando solidariedade entre o COI e a sociedade. A pandemia, tudo o que tem acontecido na Europa. Há uma divisão muito grande na comunidade. É importante que a gente tente fazer de tudo para que essa família não se divida. Eu acho que tem a ver com solidariedade, nossa capacidade de se manter relevante. De conseguir engajar mais e mais grupos fora do movimento", afirmou Abbey, que começou a carreira na organização dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
O americano substituiu James Macleod, diretor da entidade, que estava escalado para o evento.
Ele, no entanto, acabou testando positivo para Covid às vésperas da viagem.
Abbey também citou a preocupação do COI de se inserir no mundo dos games para alcançar um público mais jovem.
"Por isso damos esses passos rumo aos esportes virtuais, que estão crescendo enormemente. A juventude está ali. As pessoas acham que não tem como esportes e games trabalharem juntos. Mas tem muito a fazer e aprender dos dois lados. Tem essa parte de engajamento geral para conseguirmos ainda ter credibilidade. Sem isso, não conseguimos ir para frente".
Para o dirigente, o COI precisa encontrar uma forma de falar com a sociedade em meio às dificuldades causadas pela pandemia e, agora, pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
"Temos de ter essa credibilidade, principalmente agora, com a pandemia, com esses problemas que a sociedade está enfrentando. O futuro vai ser difícil, os mercados vão ficar mais apertados. Temos de mostrar que o movimento tem valor, que alguém quer investir, que as cidades querem sediar os Jogos e que as pessoas querem participar do movimento. Essa é a mensagem da agenda 2020 + 5. Esse é o maior desafio".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário