quarta-feira, 30 de março de 2022

Agora é no Catar!

Brasil supera altitude, goleia Bolívia e bate recorde histórico nas Eliminatórias.

Com time mudado, Tite vê alternativas brilharem, Bruno Guimarães, principalmente. 

Resultado faz Seleção alcançar maior pontuação da história do torneio.

O Brasil encerrou sua campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas da maneira ideal: superou a altitude, goleou a Bolívia por 4 a 0 na noite desta terça-feira (29), no Estádio Hernando Siles, em La Paz, e bateu o recorde histórico de pontuação no torneio, com 45 pontos, desde que passou a ter esse formato com todas as seleções se enfrentando em ida e volta, em 1998. 

Com um time muito mexido em relação à goleada sobre o Chile, sem Neymar e Vinícius Júnior, principalmente, o técnico Tite pôde fazer observações e dar minutos a quem jogou menos. 

O novo time correspondeu: Lucas Paquetá, Richarlison (duas vezes) e Bruno Guimarães, fizeram os gols da vitória brasileira, na última parada (oficial) antes do Catar. 

Falta ainda definir o jogo suspenso contra a Argentina, pela sexta rodada, é provável que ele seja realizado na Austrália, em junho. 

O Brasil garantiu a melhor campanha das Eliminatórias e fecha o torneio com 45 pontos, a seis da Argentina, segunda colocada com 39 pontos. 

Equador e Uruguai também estão na Copa do Mundo, e o Peru vai disputar a repescagem contra o vencedor da última eliminatória asiática entre Emirados Árabes Unidos e Austrália. 

A Bolívia, que já estava fora da disputa, encerra em penúltimo lugar com 15 pontos, à frente apenas da Venezuela. 

O Brasil já vai conhecer seus adversários na Copa do Mundo nesta sexta-feira (1º), com o sorteio dos grupos no Catar, a partir das 13 horas (horário de Brasília), com transmissão da TV Globo e cobertura em tempo real pelo Globo Esporte. 

Além disso, o planejamento inclui amistosos no meio do ano, um deles contra a Argentina, que também já valeria pela rodada restante das Eliminatórias. 

Uma das novidades de Tite, Bruno Guimarães foi o melhor em campo nesta terça-feira (29), deu uma assistência para Lucas Paquetá e depois recebeu o presente de volta, dentro da área, e finalizou de primeira para anotar um golaço. 

O meio-campista do Newcastle puxou uma fila que ainda teve o próprio Paquetá, Antony e nomes que entraram no segundo tempo, como Gabriel Martinelli, que iniciou a jogada do terceiro gol. 

Disputa acirrada pelas vagas no elenco que vai defender o Brasil na Copa.

Os primeiros 45 minutos do primeiro tempo, saíram da maneira que Tite desejava. 

Com um time mudado (sete alterações) e menos vertical, como o técnico disse antes do jogo, a Seleção administrou o quanto pôde, teve a bola nos pés (60% de posse) e dosou sua energia. 

A Bolívia, sabendo da estratégia, esperou o erro do Brasil para tentar algo, e criou assim a primeira chance com Henry Vaca, que aproveitou vacilo de Marquinhos, driblou e chutou para boa defesa de Alisson. 

Mas, mesmo sob os efeitos da altitude, a Seleção avançou com qualidade e construiu a vitória com naturalidade. 

Primeiro, Bruno Guimarães achou lindo passe para Lucas Paquetá avançar sozinho e tocar na saída do goleiro: 1 a 0. 

Já no fim, Antony recebeu pela direita e viu Richarlison, com o gol vazio, ampliar.

Depois de um início de segundo tempo com a Bolívia aparecendo mais no ataque e obrigando Alisson a trabalhar, o Brasil recuperou o domínio do confronto com dois dos seus principais destaques: Lucas Paquetá e Bruno Guimarães. 

Uma arrancada de Martinelli virou passe de Paquetá para belo gol de Bruno Guimarães. 

Com mais vantagem, a Seleção controlou o jogo e transformou o placar em goleada nos acréscimos, com Richarlison. 

No fim, teve até "olé" da torcida boliviana para seu time, mesmo com a derrota.

Além da maior pontuação da história, superando a Argentina antes da Copa de 2002, a Seleção também ampliou sua série invicta nas Eliminatórias: agora são 34 partidas sem perder. 

A equipe de Tite aumentou sua vantagem como melhor ataque da competição, 39 gols, e chegou apenas à sua terceira vitória na altitude de La Paz, quebrando um jejum de 25 anos (só havia vencido em 1981 e 1997). 

Por fim, a vitória ainda deve levar a Seleção à liderança do ranking da FIFA, atualmente nas mãos da Bélgica.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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