Monik Bisoni: primeira mulher na Seletiva Presencial do e-Brasileirão.
Jovem de Jaú-SP começou a jogar por incentivo do sobrinho, o campeão GuiFera, e agora luta por mais espaço para o gênero feminino nos e-esportes.
Monik Bisoni sonha representar o Palmeiras na grande decisão do e-Brasileirão 2018.
Jovem tem rotina de treinos de quatro horas por dia.
Monik busca mais espaço para as mulheres nos e-esportes.
"Lugar de mulher é onde ela quiser".
Monik Bisoni treina quatro horas por dia. (Foto: CBF.com.br) |
Você já deve ter escutado esta frase.
Mesmo sendo repetitiva, é muito bom quando podemos mostrar na prática a veracidade da citação.
As mulheres começam a ganhar seu espaço nos e-esportes.
Monik Corrêa Bisoni, de 23 anos, é a primeira mulher a conquistar a classificação para as Seletivas Presenciais de clubes da história do e-Brasileirão.
Na trigésima segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o Allianz Parque vai receber o clássico entre Palmeiras-SP e Santos-SP.
Neste mesmo local, será realizada a Seletiva para definir o representante do Verdão na maior competição de games do Brasil.
Monik estará lá não só em busca de uma conquista pessoal, mas visando também a algo ainda maior.
"Se no próprio futebol já é complicado, no digital é ainda mais. Foi difícil no começo, houve preconceito, alguns caras de quem eu ganhava não aceitavam, mandavam mensagens me diminuindo... Mas conforme eu fui ganhando de mais pessoas, fui sendo mais reconhecida. A minha maior pretensão é abrir essa área para as mulheres que gostam de jogar vídeo game. Sei que se eu conseguir abrir as portas para mim, conseguirei para elas também", destacou a jovem em entrevista ao site da CBF (Confederação brasileira de Futebol).
Por conta do trabalho como promotora de vendas, Monik concilia sua rotina entre as atividades em mercados da cidade de Jaú-SP, onde reside, a faculdade e os treinos no Playstation 4.
Ela joga quatro horas por dia, passando um pouco disso nos finais de semana.
A palmeirense treina com o sobrinho, que é ninguém menos do que GuiFera, que conquistou o título da primeira edição do e-Brasileirão, em 2016.
"Comecei a jogar por influência do Gui. Fomos jogando juntos, fui treinando, comecei a participar de torneios, ganhei visibilidade e estou aqui agora. Para ser sincera, não esperava que ia conseguir algo como isto, de passar para as seletivas. Mas acabou acontecendo e agora estou treinando bastante para a fase presencial, pois lá serão só os melhores", acrescentou.
A Seletiva será bastante especial para Monik. Além da consolidação de um feito no universo Pro Evolution Soccer, ela viverá um dia marcante como torcedora do Verdão.
"Eu conheço o Morumbi, a Vila Belmiro e o antigo Palestra Itália, mas ao novo estádio, o Allianz, eu ainda não tive a oportunidade de ir. Vai ser muito diferente. Vou ter de trabalhar o controle emocional por isso, pois só pelo fato de estar lá sei que já vai mexer muito comigo", afirmou.
A maior prova de que Monik foi surpreendida pelo próprio êxito é que, diferentemente do sobrinho, já famoso no mundo dos games, ainda não escolheu um nickname (apelido).
O importante mesmo é o feito que ela alcançou e tudo o que já representa para o universo feminino.
Reportagem: CBF.com.br
Adaptação; Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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