Thiago Neves marca, e Cruzeiro abre vantagem sobre Corinthians na final da Copa do Brasil.
Equipe celeste perde chances, vence pelo placar mínimo em Mineirão lotado e só depende de empate em Itaquera para ser hexa do torneio.
Timão acredita na virada diante de sua torcida.
A expectativa foi melhor do que a realidade.
Num jogo que teve primeiro tempo bom, mas um segundo nem tanto, o Cruzeiro saiu em vantagem na decisão da Copa do Brasil depois de vencer o Corinthians por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (10), no Mineirão.
A equipe celeste jogou melhor do que o rival, perdeu muitas chances e só marcou com Thiago Neves, no fim do primeiro tempo.
Num Mineirão lotado, o Cruzeiro poderia ter praticamente resolvido a final.
O Corinthians, por sua vez, vai vivo para o segundo jogo, em Itaquera.
A finalíssima será na próxima quarta-feira, 17 de outubro, na Arena Corinthians.
O empate é do Cruzeiro, enquanto vitória do Corinthians por um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis.
O Timão só leva o título no tempo normal se ganhar por dois ou mais gols.
Em vantagem na final, o Cruzeiro também fica mais próximo de algumas marcas: pode ser o primeiro hexacampeão da Copa do Brasil (venceu também em 1993, 96, 2000, 2013 e 2017) e ter o primeiro técnico campeão de duas edições seguidas.
Depois de vencer com o Cruzeiro no ano passado, Mano Menezes pode repetir o feito na próxima quarta-feira (17) e alcançar marca inédita na história da Copa do Brasil.
O Corinthians de Jair Ventura, mais uma vez, teve postura tímida fora de casa.
Aceitou a pressão do Cruzeiro, viu Cássio fazer um milagre em cabeçada de Henrique e ainda teve uma bola na trave de Thiago Neves.
O time teve apenas três finalizações, nenhuma delas na direção do gol do rival.
O goleiro Fábio foi mero espectador em campo.
Contra o Flamengo, na semifinal, o cenário foi quase o mesmo: nenhuma finalização certa no jogo de ida, mas um 0 a 0 no placar.
Assim como fez no jogo de ida contra o Flamengo, no Maracanã, o Corinthians se posicionou na defesa e deixou a bola com o Cruzeiro, a posse de 52% a 48% a favor dos mineiros na primeira etapa pareceu bem maior, inclusive.
O Timão tentou algumas saídas em velocidade no início, mas logo foi neutralizado pela Raposa, com um time mais talentoso e cheio de opções.
Thiago Neves, especialmente, cresceu em mais uma decisão: livre de marcação no meio-campo, acertou uma bola na trave direita de Cássio e foi premiado com o gol que abriu o placar aos 45 minutos, de cabeça, após desvio em Henrique.
Cássio, aliás, evitou prejuízo maior ao Corinthians com uma defesaça em cabeceio de outro Henrique, o do Cruzeiro.
Em vantagem no placar, o Cruzeiro pareceu satisfeito com o 1 a 0 e pouco se expôs nos 45 minutos finais.
O problema (para o espetáculo) é que o Corinthians também não mudou sua postura, e o jogo ficou restrito ao meio-campo, com poucas chances efetivas de gol.
A melhor delas, aliás, foi novamente do time da casa: Dedé subiu mais do que a zaga rival e cabeceou à esquerda do gol de Cássio.
Jair Ventura tentou mudar o Timão com as entradas de Pedrinho, Araos e Emerson Sheik, mas nada aconteceu.
Araos ainda foi expulso pelo árbitro Anderson Daronco nos acréscimos.
Expulso duas vezes nas duas partidas contra o Boca Juniors, pela Taça Libertadores, Dedé se envolveu em novo lance de risco nesta quarta-feira (10) e levou a pior em dividida de cabeça com o zagueiro Henrique, do Corinthians.
Atendido pelos médicos, teve de completar a partida com uma touca azul sobre um curativo aplicado na região do supercílio.
Thiago Neves marcou o gol da vitória do Cruzeiro contra o Corinthians. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Antes de se reencontrarem na finalíssima, dia 17, em Itaquera, Cruzeiro e Corinthians jogam no fim de semana pela vigésima nona rodada do Campeonato Brasileiro.
A Raposa enfrenta o Vasco, domingo (14), às 16 horas (horário de Brasília), em São Januário, enquanto o Timão tem clássico contra o Santos, no Pacaembu, às 19 horas (horário de Brasília) do sábado (13).
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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