Brasil supera jogo tenso, bate a Holanda, mas precisará de milagre para avançar no Mundial.
Seleção, mais uma vez, se mostra instável, mas derruba invencibilidade holandesa e se mantém na briga por um lugar na próxima etapa da competição.
Equipe define vaga contra as japonesas
Era preciso ir além, e o Brasil sabia disso.
Diante de um rival invicto até então, quis se mostrar forte.
A instabilidade ainda estava lá, é verdade.
Brasileiras comemoram a vitória sobre as holandesas. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Mas, ao reagir no momento certo, a seleção brasileira conseguiu derrubar a Holanda em 3 sets a 2, parciais 23/25, 25/18, 25/27, 25/19 e 15/7.
Com o resultado, se manteve na briga por uma vaga na terceira fase do Mundial.
A situação, porém, não é nada fácil.
A vitória deixou o Brasil com 18 pontos, em quarto lugar no grupo E.
A seleção torcia por uma derrota do Japão para a Sérvia.
A vitória das donas da casa, no entanto, complicou, e muito, a situação do Brasil.
Para avançar, a equipe de José Roberto Guimarães só tem uma chance: precisa vencer o Japão por 3 sets a 0.
As duas seleções decidem a classificação para a terceira fase nesta quinta-feira (11), também às 7h20 (horário de Brasília).
Apenas três seleções avançam à terceira fase.
A vitória levou o Japão ao segundo lugar, com 21 pontos.
A Holanda, que está em terceiro, precisa vencer apenas um set contra as sérvias para garantirem a vaga.
Em quarto lugar na tabela, com 18 pontos e seis vitórias, o Brasil precisa vencer por 3 a 0 para se igualar às japonesas na classificação.
Assim, levaria a decisão para o points average.
Como tem um saldo melhor que as asiáticas (1.260 contra 1.238), garantiria a vaga.
Mas, se perder um set, leva a pior no sets average mesmo em caso de vitória na partida.
Daria, então, adeus ao Mundial.
Contra a Holanda, o Brasil mostrou evolução em vários aspectos.
Durante boa parte da partida, teve avanços no bloqueio e no passe.
Sofreu, porém, com a instabilidade.
Depois de liderar o segundo set em 8/1, permitiu a reação e se complicou no jogo.
Ainda assim, conseguiu superar o sufoco para sair de quadra com a vitória.
"O mais legal foi ver o time jogar bem. Nós cometemos alguns erros, sem dúvida. Mas vimos um time com energia em quadra, um time que não queria que a bola caísse de jeito nenhum, querendo chegar ao bloqueio, tentando ajustar o saque a cada bola. Temos de continuar a fazer o nosso trabalho ", disse Zé Roberto.
Tandara, intensa durante todo o confronto, fechou a partida com 28 pontos.
Gabi fez 13, assim como Fernanda Garay, que começou no banco por conta de dores nas costas, mas que também foi importante para a vitória.
No total, foram 17 pontos de bloqueio e dez de saque.
Grande nome do time holandês, Lonneke Sloetjes deu trabalho às brasileiras e saiu de quadra com 25 pontos.
Sloetjes abriu sua caixinha de ferramentas logo de cara.
A oposta soltou o braço e fez com que a Holanda marcasse 4 a 0 no placar sem muitas dificuldades.
Bem na partida contra o México, Drussyla era a arma de Zé Roberto para dar mais consistência ao passe brasileiro.
A seleção, porém, sofreu no início.
Melhorou aos poucos, mas, ainda assim, foi em desvantagem para o primeiro tempo técnico, em 8/5.
O Brasil cresceu.
Conseguiu encaixar melhor seu jogo e ficou a um ponto do empate (9/8).
Mas foi por pouco tempo.
Os erros voltaram a aparecer, e a Holanda voltou a disparar, abrindo 15/11.
Zé Roberto, então, parou o jogo.
O Brasil ainda ameaçou reagir.
No bloqueio de Adenízia, voltou a ficar a um ponto do empate (18/17).
Mas faltava algo. Zé ainda chamou Natália, mas foram as holandesas que fecharam após ataque para fora de Drussyla: 25/21.
O Brasil quis reagir. Abriu o segundo set com 2 a 0 no placar.
A Holanda, porém, empatou, depois de erro de Drussyla no passe.
Zé, então, mandou Fernanda Garay à quadra.
E a ponteira entrou bem, parando o ataque holandês no bloqueio.
Também apareceu bem no saque, quebrando o passe rival duas vezes seguidas e abrindo 7/3 no placar.
Pouco depois, Gabi explorou o bloqueio para marcar 8/4 antes da primeira parada técnica.
Era um Brasil mais atento.
Diante da qualidade das rivais, a seleção, talvez pela primeira vez em todo o Mundial, conseguia mostrar suas maiores forças.
Muito bem no bloqueio e no passe, a equipe disparou.
Abriu 15/9 depois de um ataque de Fernanda Garay e viu o outro lado pedir tempo.
Não conseguiu, porém, parar o bom momento do Brasil.
Com um ace, Dani Lins, que entrara só para sacar, marcou 19/12.
A Holanda ainda ameaçou uma reação, paralisada com um pedido de tempo de Zé Roberto.
Com um ace de Tandara, fim de set: 25/18.
O Brasil manteve o ritmo, principalmente no bloqueio.
Bia fechou a porta junto à rede e abriu a contagem.
Pouco depois, foi a vez de Roberta fazer o mesmo e marcar 4/1.
Bia voltou a aparecer logo na sequência, mas com uma pancada, fazendo 5/1 e obrigando o pedido de tempo do técnico Jamie Morrison.
Pouco adiantou.
No ace de Tandara, a seleção brasileira foi para o tempo técnico com 8/1 no placar.
Só que, aos poucos, a Holanda reagiu.
Pelas mãos de uma incansável Sloetjes, depois de uma boa sequência, a diferença caiu para apenas um ponto (15/14).
Uma pancada de Tandara fez o Brasil se manter em vantagem no tempo técnico.
Mas o empate veio pouco depois, com um ataque de Maret.
O Brasil voltou a abrir (23/20), mas bastaram dois erros em sequência para que a Holanda encostasse mais uma vez (23/22).
Zé Roberto pediu tempo.
Tentou arrumar o time, mas as rivais deixaram tudo igual logo depois.
O técnico brasileiro parou o jogo mais uma vez.
Tandara, com uma pancada, deu o set point para o Brasil, desperdiçado no lance seguinte.
A seleção também salvou um set point rival, mas não evitou o segundo.
Plak apareceu bem e, com um toque por cima do bloqueio, fechou a parcial em 27/25.
A seleção pareceu sentir a queda.
Na volta à quadra, a Holanda conseguiu se impor e abriu vantagem.
Uma pancada de Tandara, porém, deixou o placar igual, em 4/4.
O Brasil quis lutar e, na marra, conseguia se manter à frente.
Do outro lado, Sloetjes parecia ainda mais difícil de ser parada.
Foi dela, no saque, o ponto de empate, em 15/15.
O Brasil, porém, conseguiu reagir.
No bloqueio de Carol, abriu três pontos de vantagem.
Gabi, com um ace, ampliou para 19/15 logo na sequência.
Jamie Morrison, então, parou o jogo mais uma vez.
A Holanda até ensaiou uma reação, mas não teve forças para impedir o tie-break.
Em pancada de Tandara, 25/19 para o Brasil.
A tensão se manteve em quadra.
A Holanda começou melhor, mas o Brasil reagiu aos poucos.
Em ataque de Fê Garay, abriu 5/4.
Tandara, logo depois, ampliou, e as rivais pararam o jogo.
A seleção, porém, seguiu forte e ampliou a vantagem para 9/5.
Já não havia mais espaço para reação.
No bloqueio de Natália, fim de papo: 15/7.
Confira as escalações:
Brasil: Roberta, Tandara, Gabi, Drussyla, Bia e Adenízia. Líbero: Suelen.
Entraram: Natália, Dani Lins, Fernanda Garay, Carol e Thaisa.
Holanda: Laura Dijkema, Lonneke Sloetjes, Anne Buijs, Maret Balkestein-Grothues, Yvon Belien, Juliet Lohuis. Líbero: Kirsten Knip.
Entraram: Celest Plak, Britt Bongaerts, Marrit Jasper e Nicole Luttikhuis.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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