Eleições não decidem futuro, mas são fundamentais para saber se o Botafogo quer ficar igual ao América.
Há um certo conformismo que cerca a eleição alvinegra, sentimento que não pode existir.
O debate público entre o youtuber botafoguense, Felipe Neto, e o homem forte do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, mostrou um pouco do absurdo da situação atual de um dos mais importantes clubes do país. Felipe Neto lamentou que o clube caminhe para a falência, ao que Montenegro respondeu: "Não está caminhando para isto, já está falido."
Cada conversa com qualquer benemérito alvinegro reforça a ideia de Montenegro e diminui a possibilidade de que estas pessoas sejam "beneméritas."
Porque para fazer benfeitoria é preciso estar inconformado com a situação atual de um clube que caminha a passos largos para se colocar lado a lado com Bangu e América. Glórias do futebol brasileiro, Bangu e América também não merecem o que o destino reservou.
O Botafogo elegerá nesta terça-feira seu novo presidente. Durcesio Mello ou Alessandro Leite ou Walmer Machado.
Se tudo der muito certo, o novo presidente será decorativo, porque administrará o clube social, abaixo do CEO da nova empresa que precisa surgir em General Severiano.
Mas, no primeiro momento, será decisivo para mostrar qual a ambição para o renascimento alvinegro e para formatar a sociedade anônima para os próximos anos.
Não é possível que o futebol brasileiro se conforme em ter um gigante enterrado, que as páginas de Heleno, Garrincha, Didi, Nilton Santos, Amarildo, Zagalo, Jairzinho, Túlio, Loco Abreu, enterrem-se bem perto do São João Batista.
Cada conversa com beneméritos alvinegros revela um trauma por não se ter conseguido construir o projeto da Sociedade Anônima com dinheiro de nobres botafoguenses.
Ninguém tem obrigação de salvar o Botafogo, por ser botafoguense.
O Botafogo é que precisa de um projeto sério de recuperação.
Se nascer sem pedir favores, os investidores chegarão, por acreditar que o dinheiro aplicado trará retorno.
Basta ver como o Botafogo revelou jogadores nos anos recentes, de Dória a Luís Henrique, de Vitinho a Matheus Fernandes.
O futuro do Botafogo depende de gente que entenda o futebol do século 21.
Compreendam como o marketing unido ao respeito à camisa possam construir o sonho de voltar a ser vencedor.
O Botafogo não pode se entregar.
Depende do presidente que será eleito nesta terça-feira (24).
Eleições do Botafogo: mulheres representam 14% dos votantes e são minoria nas chapas.
Pleito acontece nesta terça-feira e decidirá presidente do clube para os próximos quatro anos.
Nas eleições que decidirão o futuro do Botafogo nesta terça-feira (24), as mulheres ainda terão pouca participação.
Levantamento feito pelo globo esporte aponta que apenas 14,4% dos votantes são mulheres.
Os números são baixos também entre os componentes das chapas dos três candidatos à presidência.
No Botafogo, o direito a voto é reservado somente aos sócios-proprietários acima de 18 anos, com mais de 12 meses de associação e que estejam em dia com o clube.
Além deles, o sócio-torcedor estatutário (apenas uma pessoa, segundo divulgação do clube) há mais de dois anos e que também esteja adimplente pode participar.
Estão aptos a votar 1691 associados.
Na relação constam apenas 245 mulheres, o equivalente a pouco mais de 14% do número total.
Atualmente, as mulheres têm pouca participação na política do Botafogo.
Dos 20 vice-presidentes que compõem o Conselho Diretor da administração de Nelson Mufarrej, apenas duas são mulheres: Leila Júnia de Oliveira (Diretora Social do Complexo) e Leticia Gastaldoni (Diretora Administrativa).
Já na mesa do Conselho Deliberativo, que tem cinco integrantes, há apenas uma mulher: a segunda secretária Marilda Carneiro Chaves.
Chapas: Ao protocolarem suas candidaturas, os presidenciáveis precisaram apresentar, além dos nomes dos candidatos a presidente e a vice-presidente geral, os nomes dos 140 candidatos ao Corpo Transitório do Conselho Deliberativo, além de até 20 membros suplentes.
Nessa listagem, a participação delas também é pequena.
A relação do candidato Walmer Machado é a que consta o maior número de mulheres.
Chapa de Alessandro Leite: 13 mulheres (9,2%) mais quatro suplentes.
Chapa de Durcesio Mello: sete mulheres (5%).
Chapa de Walmer Machado: 22 mulheres (15,7%) mais uma suplente.
O globo esporte vai acompanhar as eleições em Tempo Real nesta terça-feira (24).
Os sócios vão escolher o presidente, o vice e os 140 integrantes transitórios do Conselho Deliberativo dos próximos quatro anos.
A votação acontece na sede de General Severiano, no ginásio Oscar Zelaya.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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