Final da Recopa pode ter impacto no Mundial de Clubes de 2021.
Flamengo e Independiente Del Valle decidem em 2020 a REcopa Sul-Americana. (Foto: Colunado fla.com) |
Eventual derrota do Flamengo pode dar argumento a quem quer clubes mais fracos.
O novo Mundial de Clubes tem sua estreia marcada para 2021, já tem número de vagas definido para cada continente, mas não a fórmula de classificação de cada confederação.
A Europa recebeu inicialmente doze vagas, mas abriu mão de quatro delas.
Por alguns dirigentes, nos bastidores da FIFA, isso foi interpretado como uma maneira de não dinamizar o novo torneio.
Para que criar um campeonato que possa se tornar, em médio prazo, adversário da Champions League no posto de torneio de clubes mais importante do planeta?
Daí que a UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) pode indicar quatro representantes da Champions League e quatro vice-campeões da Champions ou quatro vencedores da Liga Europa.
Se esta tese, ainda um filhote de pensamento, se sobrepuser, também pode dar à Confederação Sul-Americana a chance de oferecer suas seis vagas para vencedores da Copa Sul-Americana, não só à Taça Libertadores da América.
Uma vitória do time supostamente mais fraco dará margem ao argumento de que a Copa Sul-Americana tem força para indicar um ou mais do que um dos representantes no Mundial.
Do ponto de vista técnico, isso não faz sentido.
Dos últimos dez vencedores da Recopa, oito foram os detentores da Taça Libertadores da América.
Só a Liga Deportiva Universitária (LDU), em 2010, e o River Plate, em 2015, ganharam a Recopa enquanto detentores da Sul-Americana, a Liga Deportiva Universitária (LDU) contra o Estudiantes e o River Plate sobre o San Lorenzo.
Na Europa, das últimas dez edições, o vencedor da Liga Europa venceu três, todas com o Atlético de Madrid.
Em 2010 contra a Internazionale, em 2012 contra o Chelsea e em 2017 sobre o Real Madrid.
Veja que, neste caso, o campeão da Super Copa europeia foi também finalista da Champions duas vezes nas últimas seis edições.
O nível de força é diferente.
Há uma disputa política.
O que faz com que se discuta mais arduamente o nível da arbitragem da noite desta quarta-feira (26), para Flamengo e Independiente del Valle.
Apitará Fernando Rapallini, com arbitragens polêmicas em Bahia e Athletico Paranaense, ano retrasado pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana, em Boca Juniors e Huracán, na Argentina, e em Emelec 2 a 0 Flamengo, ano passado em Guayaquil.
Era ele o árbitro que deu falta, mas não expulsou Arroyo, na entrada sobre Diego, que tirou o rubro-negro de ação por dois meses e meio (o texto original falava que não havia sido marcada a falta. Foi marcada. A reclamação do Flamengo foi por não ter expulsado o jogador do Emelec. Correção com o auxílio de Eric Faria).
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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