Pequenas equipes, grandes vexames: lembre zebras históricas na Copa do Brasil e vote na maior.
Ao eliminar o Atlético-MG, Afogados se junta a seleto grupo com Baraúnas, Santo André, Linhares, ASA-AL...
Um carrossel de emoção. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Escolha o principal feito dos times menores na competição.
Ao ser eliminado da Copa do Brasil para o Afogados, no Sertão de Pernambuco, na última quarta-feira, o Atlético-MG virou assunto nacional.
Enquanto a torcida do Galo ainda digere a dolorida queda, o restante do país zoa com os alvinegros. Mas, torcedores atleticanos, calma.
Vocês não estão sozinhos nessa.
A competição nacional é prato cheio para zebras do tipo.
De Flamengo perdendo a final para o Santo André, em pleno Maracanã, a Cícero Ramalho mais efetivo que Romário, durante um clássico Baraúnas 3 a 0 no Vasco, o GloboEsporte.com trouxe nove exemplos do quão cruel pode ser o torneio.
Afogados, Baraúnas, Linhares... Qual a maior zebra da história da Copa do Brasil?
Linhares-ES X Fluminense-RJ (Primeira fase de 1994): Nem mesmo o mais otimista torcedor do Linhares EC, que atualmente está extinto, imaginava que a equipe capixaba teria êxito diante do Fluminense, que contava com atletas do nível do tetracampeão Branco e do goleiro Ricardo Cruz.
Mas após um empate em 2 a 2 nas Laranjeiras, o Tricolor seguiu apreensivo para o estádio Engenheiro Araripe.
O gol de Luiz Henrique acalmou o coração carioca.
No entanto, aos 45 minutos do segundo tempo, o ex-atacante Arildo Borges soltou uma bomba, em cobrança de falta, para igualar o placar e escrever um péssimo capítulo na história do Fluminense.
ASA-AL X Palmeiras-SP (primeira fase de 2002): Quando olhou de que se tratava a matéria, um nome veio à mente do torcedor do Palmeiras, quase como uma assombração: ASA-AL.
Por mais que tenha exorcizado o passado em 2015, quando eliminou a equipe alagoana treze anos depois, o duelo de 2002 ainda dói.
Com Luxemburgo no comando técnico, Arce, Marcos e Alex na equipe, a missão de vencer o ASA, por dois gols de diferença, não parecia um desafio muito grande.
Mas o Verdão se mostrou nervoso.
Com três zagueiros em campo, o time não criava como se esperava, chegou até a abrir o placar com Galeano, mas Sandro Goiano empatou ainda no primeiro tempo.
Nem mesmo o fato de o ASA ter tido um atleta expulso (Jânio), aos 15 minutos do segundo tempo, reduziu a tensão.
No fim, o Alviverde até marcou com César, mas deixou o Parque Antártica com um dos maiores vexames do clube.
15 de Novembro-RS X Vasco-RJ (segunda fase de 2004): Se o torcedor do Vasco escrever as palavras vexame e Copa do Brasil, a probabilidade do corretor completar a frase com o nome do clube é grande.
Das equipes mais tradicionais do país, o Cruz-Maltino é capaz de juntar dois jogos em um único tópico. Comandado por Mano Menezes, até então desconhecido, o 15 de Novembro chegou a São Januário trazendo um empate em 1 a 1 no jogo de ida.
Nas arquibancadas, nem o mais pessimista vascaíno pensava que a classificação teria alguma complicação.
No entanto, com dois gols de Dauri e um de Canhoto, a equipe gaúcha aplicou um assustador 3 a 0.
Baraúnas-RN X Vasco-RJ (terceira fase de 2005): Como vergonha pouca é bobagem, no ano seguinte, o Vasco deu um jeito de passar mais uma.
O empate em 2 a 2 em Mossoró deixou o torcedor vascaíno, agora ressabiado com o ano anterior, um tanto quanto tenso.
E com razão. Mais uma vez em São Januário, o Cruz-Maltino levou outro 3 a 0.
Dessa vez, para o Baraúnas.
A derrota ganhou requintes de crueldade quando o atacante Cícero Ramalho, que à época tinha 40 anos e 92 quilos, deixou sua marca, assim como fez no primeiro duelo.
Em 2005, Vasco perde para Baraúnas por 3 a 0 e é eliminado da Copa do Brasil.
Santo André-SP X Flamengo-RJ (final de 2004): Embora estivesse longe de ser imbatível à época, o Flamengo era apontado como irrefutável favorito ao título da Copa do Brasil na final contra o Santo André.
O empate em 2 a 2 no jogo de ida dava a tranquilidade para o time comandado por Abel, que amargava um princípio de crise, por conta da penúltima colocação no Brasileiro.
Mas os mais de 70 mil torcedores que compareceram ao estádio do Maracanã jamais imaginariam um time tão apático.
A realidade começou a pintar aos 7 minutos do segundo tempo, quando Sandro Gaúcho entrou, livre de marcação, para abrir o placar.
Elvis ainda sacramentou a vitória, que teve como ponto alto a declaração do capitão Dedimar:
“O Maracanã é um mito criado pela imprensa carioca”
Paulista-SP X Fluminense-RJ (final de 2005): O Flamengo não foi o único clube carioca a perder final da Copa do Brasil, em casa, para equipes de divisão inferior.
Em 2005, o Fluminense deixou a grande chance de conquistar o torneio escapar, ao ser derrotado por 2 a 0 no jogo de ida.
Comandado por Márcio Mossoró, autor de um dos gols, a equipe paulista foi para o Rio de Janeiro sem muitas preocupações.
Mais uma vez vice-campeão, o técnico Abel Braga viu sua equipe não marcar nem sequer um gol em São Januário e fazer com que os tricolores apagassem o Linhares EC do topo da lista de frustrações no torneio.
Em 2005, Paulista empata com Fluminense e é campeão da Copa do Brasil.
Aparecidense-GO X Botafogo-RJ (Primeira fase 2018): Invicto até então, o Botafogo estreou na Copa do Brasil com a “certeza” de que a segunda fase era logo ali.
Mesmo jogando fora de casa, o Alvinegro viu Pimpão abrir o placar, logo no começo da partida, e quando já olhava a tabela da próxima fase, tudo mudou.
Com gols de Nonato e Gustavo Ramos, a equipe goiana virou o jogo, quebrou a invencibilidade do time comandado por Felipe Conceição e fez mais um clube ser vítima das zebras da competição.
Ferroviário-CE X Sport-PE (Primeira fase 2018): O torcedor do Sport chegou a sentir o gosto da classificação muito forte.
Isso porque a equipe rubro-negra, além de ser apontada como franca favorita, chegou a abrir 3 a 0.
Placar que foi mantido até os 30 minutos do segundo tempo, quando o time cearense iniciou uma impressionante recuperação.
Com dois gols de Mazinho e um de Valdeci, os visitantes levaram a decisão para as penalidades, venceram por 4 a 3 no desempate e fizeram com que o Leão trocasse todo o departamento de futebol no dia seguinte.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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