Na raça!
Brasil reage com três gols no segundo tempo, vence a França e vai à final do Mundial Sub-17.
Brasileiros comemoram a vitória na raça contra a França. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Seleção sai perdendo por 2 a 0 no Bezerrão, mas busca a virada com grande atuação na etapa final.
Gol da vitória, marcado por Lázaro, saiu aos 43 minutos do segundo tempo.
O que esperar de um confronto entre as duas melhores seleções do torneio?
Gols.
Emoção.
No caso do Brasil, uma reação incrível.
Que valeu a vaga na final do Mundial Sub-17.
Após sair perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo, a seleção brasileira buscou a virada no segundo tempo, com gols de Kaio Jorge, Veron e, aos 43 minutos do segundo tempo, Lázaro.
A seleção avançou para sua sexta decisão na história do torneio e vai enfrentar o México em busca do tetracampeonato.
A final será domingo (17), às 19 horas (horário de Brasília).
FALA, LÁZARO!
"Eu vinha trabalhando nos treinos, treinando finalização, porque eu sabia que em algum momento o professor Guilherme ia precisar de mim. Eu fico bastante feliz, e tenho que parabenizar a equipe, sem eles nada disso teria acontecido. Hoje. quando a gente tomou 2 a 0, eu tentei passar um pouquinho para os garotos para eles ficarem tranquilos, eu falei para os moleques para acreditar", disse o autor do gol da vitória histórica, em entrevista ao Sportv após a partida.
FALA, DALLA DEA!
"Esse é o nosso futebol, a gente tinha que ter o equilíbrio emocional e a gente não conseguiu, sofremos dois gols. Foram ajustes, o vestiário tem sido muito importante para esses atletas, passar confiança. Foi essa confiança, voltar a jogar com mais alegria, senti eles muito nervosos, é normal, é da idade. Mas esse grupo está de parabéns. Mais uma vez mostra a força da nossa equipe, não tenho 11 camisas, e sim 98 camisas, quero agradecer aos jogadores que estiveram com a gente desde a fase de preparação. Eles também fazem parte desse momento muito bonito, indo para uma final de Mundial no nosso país", afirmou o técnico da seleção brasileira, Guilherme Dalla Dea, em entrevista ao Sportv após a partida.
A estratégia do Brasil era pressionar nos primeiros minutos.
Mas quem conseguiu colocar tal tática em prática foi a França.
Aos 6 minutos do primeiro tempo, Adil Aouchiche deu lindo passe para Kalimuendo pela esquerda, e ele tocou na saída de Donelli.
Foi a sétima assistência do camisa 10 francês no torneio.
Pouco depois, Mbuku fez um carnaval no lado esquerdo, direito da defesa brasileira.
Passou fácil por Daniel Cabral e Henri e finalizou bem: 2 a 0.
A seleção reagiu.
Criou boa chance com Veron, se manteve no ataque e teria chance de empatar no fim da primeira etapa.
Teria. Yan sofreu pênalti, mas, após revisão no VAR, o árbitro salvadorenho Ivan Barton anulou a decisão.
O Brasil não se abateu.
Reagiu bem na segunda etapa, embora tenha tomado um susto com um chute de Kalimuendo.
A França preferiu jogar compactada, deu a bola para a seleção brasileira, que insistiu.
E conseguiu diminuir.
Aos 16 minutos do segundo tempo, Henri escorou após escanteio, e Kaio Jorge empurrou para o gol.
Guilherme Dalla Déa lançou Lázaro na vaga de Diego Rosa, colocou Yan na ponta, e a pressão continuou enorme.
E surtiu efeito.
Aos 30 minutos do segundo tempo, Daniel Cabral conseguiu salvar bola quase impossível na esquerda, cruzou, Veron ficou com a sobra e empatou: 2 a 2.
O VAR foi decisivo.
Primeiro, confirmou o gol de Kalimuendo, que havia sido anulado pelo bandeirinha.
Depois, o árbitro salvadorenho Ivan Barton foi até o monitor para anular um pênalti que havia marcado em cima de Yan, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Kaio Jorge já se preparava para fazer a cobrança, que poderia recolocar o Brasil no jogo.
Na segunda etapa, foi a vez de decidir a favor dos donos da casa ao confirmar o gol do camisa 9 brasileiro.
E, no fim, foi também com auxílio do VAR que o árbitro anulou, por impedimento, o gol de Matsima que recolocaria a França na frente, nos minutos finais.
Na sequência do gol anulado, Lázaro fez o gol da vitória brasileira.
Anulado o gol de Matsima, bola no chão para o Brasil cobrar o impedimento.
O goleiro Matheus Donelli deu um chutão para a frente, a bola quicou no campo de ataque, a defesa francesa bobeou, Lázaro dominou na entrada da área, girou na frente da marcação e chutou forte, sem chance para o goleiro Zinga.
México sai atrás do placar, mas surpreende a Holanda, vence nos pênaltis e vai à final.
Depois do empate no tempo normal, goleiro Eduardo García faz três defesas na disputa de pênaltis e garante mexicanos na decisão do Mundial Sub-17.
A Holanda foi melhor durante os 90 minutos, é verdade, mas o futebol é encantador justamente por não ser uma ciência exata.
Depois de saírem atrás do placar, os mexicanos foram buscar o empate.
Nas penalidades, brilhou a estrela do goleiro Eduardo García, que pegou três cobranças e colocou o México na decisão do Mundial Sub-17.
Não há dúvidas: a Holanda foi melhor no jogo.
A seleção europeia criou as principais chances de gol, enquanto os mexicanos tentavam jogar no contra-ataque.
Mais ofensivos, os holandeses foram recompensados no segundo tempo.
Aos 28 minutos do segundo tempo, Regeer abriu o placar.
Atrás do marcador, o México foi em busca do empate e conseguiu cinco minutos depois, aos 33 minutos do segundo tempo.
Alvarez fez um lindo gol de falta, deixou tudo igual e levou a partida para os pênaltis.
A Holanda saiu na frente na disputa de pênaltis e abriu 2 a 1.
Foi quando apareceu Eduardo García.
O goleiro mexicano defendeu duas cobranças na sequência e virou o jogo para o México.
Porém, o zagueiro Gómez errou o último pênalti, e a disputa foi para as cobranças alternadas.
Novamente apareceu García.
Após o gol de Guzmán, o goleiro mexicano pegou o pênalti de Regeer e garantiu o México na decisão.
O grande personagem do México na partida de hoje foi o atacante Efrain Álvarez.
O artilheiro da seleção no Mundial começou surpreendentemente no banco de reservas, mas entrou no segundo tempo para fazer o golaço de falta que recolocou o México no jogo.
Na decisão por pênaltis, porém, a tentativa de cavadinha quase jogou a classificação para os céus.
Sorte dele que o goleiro García estava inspirado.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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