Salah e Alisson espantam fantasmas de 2018, e Liverpool é hexa da Champions.
Reds curam feridas do vice-campeonato diante do Real com atuação impecável contra o Tottenham em Madri.
Hexacampeão em terras Madrilenhas. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Egípcio, que saiu lesionado há um ano, abre o placar, e goleiro garante lá atrás até Origi decidir nos minutos finais
Os fantasmas daquela final em Kiev há um ano foram exorcizados neste sábado (1º).
Salah, aquele que poderia ter sido herói em 2018 e saiu lesionado precocemente, abriu o placar de pênalti.
Alisson, o responsável por assumir a problemática meta dos Reds, resolveu quando mais foi preciso.
Com atuação decisiva da dupla, o Liverpool venceu um valente Tottenham por 2 a 0 em Madri, Origi deixou o banco para sacramentar o título nos minutos finais, e conquistou sua sexta Liga dos Campeões.
Num duelo britânico, o Liverpool mostrou que é a camisa mais pesada da Terra da Rainha além do Canal da Mancha.
Foi o sexto título da Liga dos Campeões dos Reds, quase a metade dos títulos ingleses na competição continental (13).
De quebra, passou a ser o terceiro clube com mais títulos de Champions, atrás apenas de Real Madrid (13 vezes) e Milan (7 vezes).
Confira a lista com todos os campeões
Real Madrid (Espanha) - 13 títulos
Milan (Itália) - 7 títulos
Liverpool (Inglaterra) - 6 títulos
Barcelona (Espanha) - 5 títulos
Bayern de Munique (Alemanha) - 5 títulos
É possível resumir a etapa inicial com o relato dos dois primeiros minutos.
Aos 23 segundos do primeiro tempo, Mané cruzou, e a bola bateu no peito de Sissoko até escorregar pelo braço.
O árbitro marcou pênalti, e o VAR confirmou.
Salah, então, assumiu a responsabilidade pela cobrança e soltou uma bomba que Lloris quase pegou.
Daí até o intervalo, o Tottenham teve a bola, mas não ameaçou, e os Reds saíram para o vestiário com uma vantagem apertada e relativamente justa.
O que se viu foi um novo jogo na volta do intervalo.
O Liverpool até criou suas chances, mas foi a postura do Tottenham que colocou fogo na decisão.
Alisson, que não teve trabalho até então, fez oito defesas na etapa final, algumas complicadas.
O Liverpool soube segurar a pressão na hora que mais foi preciso, e Origi, o herói da semifinal, apareceu na hora certa.
Aos 40 minutos do segundo tempo, ele aproveitou passe de Matip e acertou um chute indefensável para decidir o título.
Com o título assegurado pelo trio do Liverpool, Brasil conta agora 52 jogadores diferentes campeões da taça mais importante da Europa.
O ranking tem o lateral-esquerdo Marcelo e volante Casemiro, ambos com quatro títulos pelo Real Madrid, no topo, e começou em 1959 com Canário e Didi, também pelo time merengue.
Derrotado pelo Flamengo em 1981 e pelo São Paulo em 2005, o Liverpool vai em busca de seu primeiro título mundial de clubes.
O terceiro maior campeão europeu, vice também em 1984 diante do Independiente, será o representante de seu continente na competição da FIFA, ainda sem local definido.
Esperancé (África), Hienghène Sport (Oceania) e Monterrey (México) são os outros times garantidos na competição.
Herói da classificação sobre o Tottenham, Lucas Moura voltou para o banco com o retorno de Harry Kane do departamento médico.
O brasileiro foi a campo na etapa final, mas sua estrela não brilhou como naquela semifinal em Amsterdã.
Coube a outro herói improvável um papel de destaque neste sábado (1º).
Origi, que já tinha feito dois gols na virada sobre o Barcelona, entrou no lugar de Firmino para garantir o título.
Aliás, foi o quinto jogador a sair do banco para marcar nas últimas seis decisões de Champions.
Aos 29 minutos do segundo tempo, Van Dijk foi ultrapassado por Son e se recuperou de forma gigante para desarmar o coreano.
Segundo a Opta, especialista em dados esportivos, não foi driblado em nenhuma das últimas 64 partidas do Liverpool.
Não à toa foi eleito o destaque da decisão pela UEFA.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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