Brasil sofre com altos e baixos, mas vence o Irã no tie-break pela Liga das Nações.
Seleção brasileira começa bem, mas se perde em quadra e vê adversário crescer para levar partida ao quinto set; Brasil e Polônia dividem liderança da competição.
A experiência entrou em quadra e disse: será fácil.
Brasil venceu o Irã por 3 sets a 2. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
O Brasil tomou as rédeas da partida e desenhou no imaginário do público uma vitória rápida e com placar gordo.
O Irã, entretanto, quis deixar seu nome marcado e respondeu: ledo engano.
Aos poucos, os iranianos pressionaram o time de Renan Dal Zotto, cresceram e deixaram os brasileiros com dificuldade para retomar o controle do jogo.
Diante de um Irã cheio de fôlego e sem obrigação de vencer, o Brasil teve dificuldades, mas venceu em cinco sets (3 a 2), com parciais de 25/17, 23/25, 25/19, 21/25, 15/13, pela terceira semana da Liga das Nações, em Ufa, na Rússia.
Douglas Souza foi o maior pontuador da partida, com 22 (18 de ataque e quatro de bloqueio).
Com a vitória, a equipe somou dois pontos e agora divide a liderança com a Polônia, com 20 pontos, sete vitórias e uma derrota.
O Irã está em décima segunda lugar, com três vitórias, cinco derrotas e oito pontos.
Neste domingo (11), às 8h15 (horário de Brasília), o Brasil volta à quadra contra a China.
"Foi um jogo muito difícil. Não jogamos tão bem quanto ontem, na vitória sobre a Rússia, mas o importante é que o grupo conseguiu se superar e sair com a vitória sobre o Irã. Sabemos que é preciso recuperar a consistência que vínhamos apresentando ao longo do campeonato, especialmente contra a China, que é mais um jogo complicado", disse Douglas.
No início do primeiro set, diante de uma equipe tecnicamente mais fraca, o Brasil pressionou e impôs seu ritmo de jogo para ter tranquilidade na partida.
Deu certo. Com foco e concentração em quadra, a equipe abriu dois pontos, mas logo viu o Irã pontuar.
Kazemi tentou acelerar, mas atacou para fora.
O time pediu desafio, mas não conseguiu reverter a decisão.
Até este ponto, os brasileiros eram superiores em quadra e, rapidamente, abriram larga vantagem de sete pontos até o set point.
Wallace fechou a conta com um ataque na diagonal: 25/17.
O intervalo fez o Irã pensar na partida.
No retorno, Ghaemi conduziu a reação iraniana e aproveitou as falhas na organização do ataque brasileiro para encostar no placar.
Nos primeiros oito pontos do set, a superioridade técnica brasileira ainda estava em evidência, com uma equipe que sabia explorar as qualidades do plantel.
Mas aos poucos, o Irã foi crescendo e o Brasil percebendo dificuldade em marcar os canhotos adversários.
Logo, o segundo set ficou apertado e os garotos de Dal Zotto perderam o comando e viram o Irã disparar no placar.
Somente na reta final do set, Renan Dal Zotto voltou com os titulares para tentar trazer de volta o equilíbrio e a superioridade.
Mas Marouf mostrou que seria difícil: marcou de ace e deixou tudo igual em Ufa, na Rússia, ao fechar o segundo set com uma vitória iraniana por 25/23
A juventude iraniana parecia dedicida a dificultar a vida brasileira.
O time de Ghaemi encontrou uma brecha nas falhas técnica dos campeões olímpicos e cresceu aí.
A pressão foi tanta que os três primeiros pontos brasileiros foram marcados em cima de erros da equipe iraniana.
Somente no quarto ponto que Douglas Souza explorou o bloqueio e ajudou o Brasil a encostar no placar, com 6/4.
Só que Ghaemi estava decidido a ser o nome da partida, se espalhando em quadro.
Do outro lado da rede, Wallace mostrou a experiência, aproveitou o erro na organização do ataque iraniano e virou a partida: 10/8.
Na metado do terceiro set, os brasileiros melhoraram o desempenho em quadra, mas ainda não era suficiente para retomar as rédeas do jogo, já que o Irã parecia ter se tornado um gigante em quadra.
Tudo igual em quadra: 11/11.
Douglas Souza conseguiu uma boa bola no meio, marcou para o Brasil e conduziu uma virada brasileira.
Aliás, o jogador se transformou em uma muralha no bloqueio.
Foi assim que os brasileiros retomaram o comando da partida e encerraram o terceiro set em 25/19.
Os garotos iranianos voltaram decididos a carregar a partida para o quinto set.
O ritmo natural de jogo brasileiro deu lugar à fome de vitória da décima segunda colocada do ranking da Liga das Nações.
Renan Dal Zotto mexeu bastante no time para tentar uma reação improvável, diante do cenário.
Mesmo com fôlego novo, os brasileiros apanharam na mão dos iranianos, chegando a perder por oito pontos de diferença.
O Brasil ainda, assim, conseguia aproveitar as oportunidades.
Maurício Borges explorou um o bloqueio no fim e, depois de um rali que manteve a bola no alto por 36 segundos, marcou.
O Irã sustentou o ritmo e chegou ao set poit: 24/20.
Quando o Brasil parecia conduzir uma virada ao marcar o vigésimo primeiro ponto, Lucão invadiu a quadra adversária: 25/21.
Logo no primeiro ponto do set de desempate, os brasileiros viram a chance de vencer brilhar no fim do túnel.
Mas logo a luz se apagou.
Os iranianos pediram desafio e o ponto voltou por causa de um erro da arbitragem.
Sem se deixar abater, os brasileiros pareciam mais calmos e decididos a mostrar a superioridade.
Isaac, Lucão e Bruninho somaram forças e, pouco a pouco conseguiram abrir dois pontos de diferença: 15/13.
Foi Isaac que colocou a bola no chão e fez o Brasil respirar aliviado.
Reportagem: Globosporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário