Flamengo volta o foco para o Carioca e terá responsabilidade histórica na final.
Entenda.
Elenco se reapresenta nesta segunda-feira (25) e inicia semana de preparação para encarar o Nova Iguaçu.
Após viver o clima da Taça Libertadores da América na semana passada, o Flamengo volta o foco para a final do Campeonato Carioca.
Depois de um domingo de folga, o elenco rubro-negro se reapresenta na manhã desta segunda-feira (25) no Ninho do Urubu para os últimos dias de preparação para encarar o Nova Iguaçu, sensação do estadual do Rio de Janeiro em 2024 e que eliminou o Vasco na semifinal.
O primeiro jogo será no sábado (30), às 17 horas (horário de Brasília) no Maracanã, e o segundo está marcado para o domingo de 7 de abril, no mesmo estádio, mas ainda sem horário confirmado.
Um confronto onde Tite buscará o seu primeiro título no Flamengo, que entrará em campo não só com o favoritismo por ser contra um time de menor expressão, mas também carregando uma responsabilidade histórica.
Sempre que um time fora dos quatro grandes do Rio chegou numa fase final (seja jogo único, ida e volta, melhor de três, triangular ou quadrangular) tirando vaga de Flamengo, Fluminense ou Vasco, ele nunca conseguiu ser campeão.
Em 118 anos de Campeonato Carioca, isso aconteceu 15 vezes.
Veja abaixo:
1921: na época o campeonato era em pontos corridos, mas América e Flamengo terminaram empatados e fizeram uma partida extra valendo o título que foi vencida pelo Rubro-Negro por 2 a 1.
1929: novamente em pontos corridos, América e Vasco terminaram empatados, e o regulamento previa uma melhor de três em caso de desempate. Após um 0 a 0 e um 1 a 1, o Vasco venceu o terceiro e último duelo por 5 a 0.
1936: no último ano da cisão do Carioca (Flamengo e Fluminense disputavam o torneio da Liga Carioca de Football, enquanto Botafogo e Vasco estavam no da Federação Metropolitana de Desportos), o Vasco ganhou o turno e o Madureira levou o returno.
O desempate também foi numa melhor de três: onde o Madureira venceu a primeira (1 a 0), mas perdeu a segunda e a terceira (ambas por 2 a 1).
1946: novamente em pontos corridos, América, Botafogo, Flamengo e Fluminense terminaram empatados na tabela, e o título foi decidido num quadrangular de ida e volta.
O América perdeu os dois jogos para o Botafogo (1 a 0 e 2 a 0), os dois para o Flamengo (ambos por 3 a 2), e os dois para o Fluminense (8 a 4 e 6 a 2), que terminou como campeão.
1955: o América ganhou o terceiro turno e se credenciou a disputar o título com o Flamengo, que venceu os dois primeiros turnos, em uma melhor de três.
O Rubro-Negro levou a melhor na primeira partida (1 a 0), mas foi goleado na segunda (5 a 1).
Na terceira e última, o Flamengo devolveu a goleada (4 a 1) e foi campeão.
1964: novamente em pontos corridos, Bangu e Fluminense terminaram empatados e decidiram o título em uma melhor de três.
O Tricolor venceu logo os dois primeiros jogos (1 a 0 e 3 a 1) e foi o campeão sem necessidade da terceira partida.
1974: o América ganhou a Taça Guanabara, o o Vasco levou o returno, e o Flamengo ficou com o terceiro turno.
O título foi decidido em um triangular de turno único, e o América empatou com o Vasco (2 a 2) e perdeu do Flamengo (2 a 1), que foi o campeão.
1976: o América ganhou a repescagem e se classificou para o quadrangular decisivo contra Vasco (ganhador da Taça Guanabara), Botafogo (venceu o returno) e Fluminense (levou o terceiro turno).
Mas na fase final o América ganhou só do Botafogo (3 a 0), empatou com o Vaco (1 a 1) e perdeu do Fluminense (2 a 0).
O título foi decidido num jogo extra entre Fluminense e Vasco, que terminaram iguais em pontos, e o Tricolor foi campeão.
1982: o América ganhou a Taça Rio e decidiu o título com Flamengo (vencedor da Taça Guanabara) e Vasco (maior pontuador em todo campeonato) em um triangular de turno único.
O América perdeu do Flamengo (1 a 0) e do Vasco (1 a 0), que terminou como campeão.
1983: o Bangu foi o maior pontuador em todo campeonato e decidiu o título com Fluminense (ganhador da Taça Guanabara) e Flamengo (vencedor da Taça Rio) em um triangular de turno único.
O Bangu perdeu do Flamengo (2 a 0) e empatou com o Fluminense (1 a 1), que foi o campeão.
1985: foi quase um replay de 1983. O Bangu foi o maior pontuador em todo campeonato e decidiu o título com Fluminense (ganhador da Taça Guanabara) e Flamengo (vencedor da Taça Rio) em um triangular de turno único.
O Bangu ganhou do Flamengo (2 a 1), mas perdeu do Fluminense (2 a 1), que foi o campeão.
1987: o Bangu ganhou a Taça Rio de decidiu o título com Vasco (vencedor da Taça Guanabara) e Flamengo (que levou o terceiro turno) em um triangular de turno único.
Mas o Bangu perdeu os dois jogos: 1 a 0 para o Flamengo e 4 a 0 para o Vasco, que terminou como campeão.
2002: o Americano ganhou tanto a Taça Guanabara como a Taça Rio, eliminou o Friburguense na semifinal e decidiu o título contra o Fluminense.
Mas perdeu os dois jogos da final por 2 a 0 e por 3 a 1.
2005: o Volta Redonda ganhou a Taça Guanabara e decidiu o título contra o Fluminense, vencedor da Taça Rio.
O Volta Redonda venceu o primeiro jogo por 4 a 3, mas perdeu o segundo por 3 a 1, e o Tricolor foi o campeão pelo saldo de gols.
2006: a última vez que um time de menor expressão havia chegado há decisão foi o Madureira, que ganhou a taça Rio e decidiu o título contra o Botafogo, vencedor da Taça Guanabara. Mas o Madureira perdeu os dois jogos da final por 2 a 0 e por 3 a 1.
Observação: os 11 títulos cariocas conquistados por clubes fora dos quatro grandes (América em 1913, 1916, 1922, 1928, 1931, 1935 e 1960).
Bangu em 1933 e 1966; São Cristóvão em 1926 e Paysandu em 1912, foram no sistema de pontos corridos, sem uma final ou fase final.
Serão cinco dias de treinos para Tite definir a equipe para o primeiro jogo da final, porém, só em três o técnico deve ter o elenco completo.
Os jogadores convocados do elenco ainda jogarão na terça-feira por suas seleções e só vão se reapresentar na tarde de quarta.
São os casos de Fabrício Bruno e Ayrton Lucas, que vão enfrentar a Espanha pelo Brasil em Madrid, às 17h30 (horário de Brasília); e Arrascaeta, De La Cruz e Viña, que às 16h30 (horário de Brasília) jogarão pelo Uruguai contra a Costa do Marfim em Lens, na França.
Varela também estava com a seleção uruguaia, mas foi liberado do jogo e voltou ao Rio no domingo (24), mas também só deve se reapresentar ao Flamengo na quarta-feira (27).
Isso porque sua filha, Mile, vai nascer nesta terça-feira (26).
Já Erick Pulgar, que foi cortado pela seleção chilena por conta de desgaste muscular, segue fazendo tratamento no quadríceps.
A expectativa é que ele volte a treinar com o grupo nesta semana e não seja problema para a final.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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