Estados Unidos perde para o México pela segunda vez na história, sofrendo uma derrota por 2 a 0 na Copa Ouro Feminina.
O México venceu os Estados Unidos pela segunda vez na história, com gols de Lizbeth Ovalle e Mayra Pelayo, garantindo uma vitória por 2 a 0 na noite de segunda-feira (26) na Copa Ouro Feminina da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e do Caribe).
Os Estados Unidos entraram na partida com um histórico de 40 vitórias, 1 empate e 1 derrota contra seu rival, sendo a única derrota anterior uma decisão por 2 a 1 durante as eliminatórias para a Copa do Mundo Feminina em 2010.
Foi a primeira derrota dos Estados Unidos sob o comando interino da técnica Twila Kilgore, que assumiu após a dramática eliminação da equipe da Copa do Mundo Feminina no verão passado nas oitavas de final.
Emma Hayes assumirá o lugar de Kilgore nesta primavera.
O México, que não se classificou para a Copa do Mundo do ano passado, ficou em primeiro lugar no Grupo A na Copa Ouro, enquanto os Estados Unidos terminaram em segundo lugar.
Ambas as equipes avançaram para a fase eliminatória.
“Eles jogaram de forma ousada, corajosa, com o sonho de fazer um bom jogo contra os Estados Unidos”, disse o técnico mexicano Pedro Lopez Ramos.
Ovalle, que joga no Tigres de Monterrey, colocou o México à frente aos 28 minutos do primeiro tempo.
A defensora dos Estados UnidosA, Becky Sauerbrunn, tentou defender Ovalle, mas chutou a bola diretamente contra ela.
Ovalle lançou um chute sobre a goleira Alyssa Naeher e duas defensoras dos Estados Unidos, marcando um gol.
Foi o primeiro gol sofrido pelos Estados Unidos contra uma oponente da CONCACAF em 33 partidas.
“Acho que isso mostra o quanto o futebol evoluiu e que não há mais jogos fáceis. Se não cuidarmos dos negócios e não executarmos, isso é esperado”, disse Kilgore. “Vamos assumir e aceitar isso, e acho que sempre que se tem um grupo disposto a se responsabilizar por coisas como esta, é bom para o futuro do torneio. Tudo ainda está em jogo e estaremos motivados, com certeza”.
Sauerbrunn assumiu total responsabilidade pelo gol, tanto em campo quanto no vestiário depois.
“Como veterana, você sabe, tem dias difíceis no escritório e esta noite foi definitivamente um dia difícil”, disse ela. “Mas, felizmente, você terá outro dia no escritório e é apenas o que você faz dele”.
O México quase marcou novamente nos acréscimos do primeiro tempo, mas o chute de Karla Nieto de longe acertou a trave.
Kiana Palacios teve uma boa chance de ampliar a vantagem do México, mas seu chute acertou a defensora Abby Dahlkemper e foi para longe.
Neste momento, o México estava sentindo seu momento.
Pelayo marcou de longa distância nos acréscimos, e as jogadoras do México comemoraram freneticamente no campo.
“Se perdermos nas quartas de final, então a bela vitória de hoje será inútil”, disse Lopez Ramos por meio de um tradutor.
“Espero que isso não seja um momento isolado”.
Os Estados Unidos viram sucesso de suas adolescentes nos dois primeiros jogos do torneio.
Olivia Moultrie, 18 anos, marcou duas vezes na vitória por 5 a 0 sobre a República Dominicana, e Jaedyn Shaw, 19 anos, marcou duas vezes na vitória por 4 a 0 sobre a Argentina.
Mas o México jogou de forma surpreendentemente sólida, e os Estados Unidos não conseguiram se recuperar depois de sofrer o primeiro gol.
“Diria que 2010, naquela partida, jogando em Cancún, naquele estádio, acho que todos nós ficamos um pouco surpresos com o resultado de se classificar para a Copa do Mundo”, disse Sauerbrunn, que jogou naquela derrota há 14 anos. “Diria que esta noite nós nunca subestimamos nenhum adversário. Acho que eles tinham um plano de jogo e o executaram melhor do que o que tínhamos. Então, é tudo culpa nossa”.
Esta é a primeira Copa Ouro Feminina da história, criada para dar mais jogos competitivos às seleções femininas da região da CONCACAF.
Doze equipes disputaram partidas na fase de grupos em três cidades: Carson, San Diego e Houston.
A Argentina venceu a República Dominicana por 3 a 0 mais cedo na segunda-feira (26) no Grupo A.
As equipes serão reorganizadas após a fase de grupos, então México e Estados Unidos terão que esperar para saber quem serão seus adversários nas quartas de final.
“O fato de que todos naquele vestiário podem dizer que tiveram uma participação nisso é muito importante”, disse Diana Ordonez depois.
“Estamos muito orgulhosos, mas sabemos que ainda temos trabalho a fazer”.
Reportagem: Azscore.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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