Eventos adiados, vagas em aberto: saiba como está a classificação para as Olimpíadas de Tóquio.
Mais da metade das vagas tinham países ou atletas garantidos quando os Jogos foram adiados.
Quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou o adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021, 57% das vagas disponíveis já tinham atletas ou países classificados.
O prazo para a obtenção de índices e para a realização de seletivas foi ampliado, e as Federações Internacionais tiveram autonomia para definir as diretrizes em seus respectivos esportes.
Quatro reuniões de uma força-tarefa entre abril e julho de 2020 definiram o dia 29 de julho de 2021 como novo prazo final para a classificação, com 5 de julho de 2021 sendo o limite para as inscrições.
Cerca de 5.000 vagas ainda estão abertas.
ATLETISMO: A World Athletics revisou o prazo para obtenção de índices, agora valendo de 1º de maio de 2019 a 29 de junho de 2021, excluindo-se o intervalo de 5 de abril a 30 de novembro de 2020.
A data limite para classificação através do ranking mundial é também é 29 de junho de 2021.
A marcha atlética de 50km é a exceção, com o prazo terminando em 31 de maio de 2021.
Os 10 primeiros colocados nas maratonas masculina e feminina do Mundial de Doha 2019, e os 10 primeiros dos circuitos Gold Label e do Major Series até 5 de abril de 2020 mantêm classificação garantida na maratona olímpica, somando-se agora aos 10 primeiros colocados nas maratonas Platine Label os vencedores do Gold Label de 1º de dezembro de 2020 a 31 de maio de 2021.
No caso dos revezamentos, as oito melhores equipes no Mundial de Revezamentos da Silésia, em maio, se classificarão automaticamente caso já não tenham conquistado vaga através do Mundial de Doha 2019.
Atualmente o Brasil tem 18 atletas com índice no atletismo, além dos dois revezamentos 4x100m garantidos.
Os Estados Unidos, maior potência do atletismo, programaram as tradicionais seletivas de 18 de junho de 2021 a 27 de junho de 2021, em Portland, no estado do Oregon.
Vale lembrar que cada país tem direito a no máximo três vagas por evento individual, e uma para os de revezamento.
BADMINTON: A classificação é definida essencialmente pelo ranking mundial (há ainda uma vaga para o país sede e três para convidados), que dá vagas aos 34 melhores do mundo no individual (até a décima sexta posição são permitidos dois representantes por país, e do décima sétima lugar em diante apenas um de cada nacionalidade) e às 16 melhores duplas de cada gênero (até a oitava posição com um máximo de duas cotas por país, do nono lugar em diante com apenas uma dupla por país).
O período de classificação foi ampliado até 26 de abril de 2021, e há a expectativa de que até 25 eventos com a chancela da Federação Internacional (BWF) sejam realizados do início do ano até esta data.
Todos os pontos conquistados para o ranking no período original de classificação foram mantidos. Brasileiro melhor ranqueado, Ygor Coelho fechou o ano em quadragésimo oitava lugar.
Ele foi submetido a uma cirurgia no quadril em agosto e passou o segundo semestre todo em recuperação. Voltará às quadras agora em janeiro.
BASQUETE: Sem chances no feminino, o Brasil ainda busca a vaga no masculino.
A seleção disputa o Pré-Olímpico mundial, dividido em quatro grandes grupos, entre os dias 22 de junho de 2021 e 4 de julho de 2021.
Na mini-chave, o Brasil enfrenta Croácia e Tunísia. Alemanha, México e Rússia estão na outra mini-chave do grupo, e os dois melhores de cada mini chave avançam às semifinais.
Só o campeão de cada um dos quatro grupos conquista a vaga olímpica.
Oito países já se garantiram na Olimpíada: Estados Unidos, Espanha, França, Argentina, Austrália, Japão, Irã e Nigéria.
No feminino não houve mudança. As 12 seleções estavam definidas antes do adiamento e permanecerão as mesmas: Estados Unidos, Austrália, Espanha, França, Bélgica, Canadá, Porto Rico, Nigéria, Sérvia, China, Coreia do Sul e Japão.
O basquete 3x3, que estreia no programa olímpico nesta edição, terá oito equipes de cada gênero.
Oito (quatro de cada gênero) garantiram a vaga com base no ranking em 1º de novembro de 2019.
Seis vagas (três por gênero) serão definidas em torneio classificatório em Graz, na Áustria, de 26 de maio de 2021 a 30 de maio de 2021, o Brasil será uma das 20 seleções brigando por vaga no masculino e está no Grupo A com Mongólia, Polônia, República Tcheca e Turquia.
A última vaga de cada gênero estará em disputa no Torneio Classificatório da Universalidade, em Budapeste, na Hungria, em data a ser confirmada.
BEISEBOL/SOFTBOL: No caso do Softbol o processo classificatório estava encerrado no momento do adiamento, com Japão, Estados Unidos, Itália, México, Canadá e Austrália classificados.
No beisebol quatro das seis vagas estão garantidas para Japão, Israel, Coreia do Sul e México.
As duas vagas restantes seriam dos vencedores do Pré-Olímpico das Américas e do Pré-Olímpico Internacional, que precisa ser realizado após o evento americano, uma vez que o segundo e terceiro colocados do mesmo se juntarão a Taipé Chinês, Austrália, China e Holanda na última chance de obter a classificação.
Este processo, no entanto, está nebuloso.
Ainda não houve anúncio de uma nova data para o Pré-Olímpico das Américas, que seria disputado no Arizona, nos Estados Unidos.
Sem esta confirmação o Pré-Olímpico Internacional está em um limbo.
BOXE: A classificação olímpica do boxe está a cargo do COI devido à suspensão do reconhecimento da Aiba (Federação Internacional).
Dos cinco pré-olímpicos para os Jogos de Tóquio, dois haviam sido concluídos antes da interrupção do calendário internacional e terão seus resultados mantidos: o da África e o que reuniu atletas de Ásia e Oceania.
O Pré-Olímpico Europeu foi interrompido no meio e será retomado de onde parou, com o início a partir do quarto dia de competição, de 22 de abril de 2021 a 26 de abril de 2021, em Londres.
O Pré-Olímpico das Américas está agendado para maio de 2021, e o local será confirmado três meses antes, a depender das condições de controle da pandemia de Covid.
O Pré-Olímpico final será em junho de 2021 e também ainda não tem data e local confirmados.
Ambos serão definidos com um intervalo mínimo de 31 dias após o fim das classificatórias continentais.
Só poderão participar atletas de países que não tiverem um representante já classificado numa categoria específica de peso.
Os limites de idade foram ajustados em um ano para compensar o adiamento dos Jogos.
CANOAGEM SLALOM: Das 82 vagas para os dois gêneros, 58 foram definidas durante o Mundial de 2019.
Nele, Ana Sátila garantiu para o país vaga no K1 e no C1 feminino, e Pepe Gonçalves no K1 masculino.
Por uma determinação da Federação, uma mesma atleta não pode ficar com vagas, e o Brasil abriu mão do K1 feminino.
Quatro vagas vão para o Japão, como país sede, cumprindo o limite máximo de quatro cotas por país, uma para cada prova.
As demais vagas serão distribuídas em Pre-Olímpicos Continentais.
De acordo com o site da Federação Internacional de Canoagem (ICF), a seletiva da Oceania está completa e não há informações sobre a africana.
A da Ásia está prevista para 28 a 31 de janeiro de 2021, a Pan-Americana de 30 de abril de 2021 a 2 de maio de 2021, no Rio de Janeiro, a Europeia de 6 de maio de 2021 a 9 de maio de 2021, em Ivrea, na Itália.
CANOAGEM VELOCIDADE: Das 246 vagas, 170 foram definidas no Mundial de Szeged, em 2019, no qual o Brasil conquistou vagas no C2 1000m com Isaquias Queiroz e Erlon de Souza e no C1 1000m, no qual Isaquias fará a dobra.
Outras 70 seriam distribuídas em Pré-Olímpicos Continentais, e outras seis na etapa de Duisburg da Copa do Mundo.
De acordo com o site da ICF, os processos classificatórios de África e Oceania estão finalizados.
O da Ásia está previsto para acontecer de 11 de março de 2021 a 14 de março de 2021, em Pattaya, na Tailândia, o da Europa será de 12 a 13 de maio, em Szeged, na Hungria, e o Pan-Americano será de 9 de abril de 2021 a 11 de abril de 2021 em Curitiba, capital do Paraná.
CICLISMO BMX: No BMX, duas das 48 vagas são do Japão por ser país sede. 36 (18 por gênero) serão definidas pelo ranking mundial de países, que levará em conta pontos obtidos em competições de 1º de setembro de 2018 até 3 de março de 2020.
Também entrariam nesta conta pontos referentes ao Mundial de 2020, que acabou cancelado, e a duas etapas da Copa do Mundo na temporada 2021.
Os dois países líderes levam três vagas cada.
Do terceiro ao quinto colocado fatura duas vagas cada.
Do quarto ao 11º país do ranking garante um posto cada.
Seis (três por gênero) serão para os primeiros colocados do ranking individual de BMX de países que não tenham obtido classificação pelo ranking anterior, e as últimas quatro vagas seriam dos quatro (dois por gênero) dos melhores colocados no Mundial de BMX.
Como a competição não foi realizada, ainda se aguarda posicionamento da União Ciclística Internacional (UCI) sobre a alocação das mesmas.
No BMX estilo livre, modalidade estreante nos Jogos, há nove vagas por gênero, uma delas destinada ao Japão, e um máximo de duas vagas por país. 12 (seis por gênero) serão definidas pelo ranking dos países, que leva em conta os resultados dos dois mais bem colocados atletas de cada Comitê Olímpico Nacional.
Os pontos levados em consideração são os de eventos disputados de 1º de novembro de 2018 e 3 de março de 2020, além de duas etapas determinadas da Copa do Mundo na temporada 2021.
As quatro vagas restantes (duas por gênero) serão dadas aos atletas melhores colocados no Mundial de 2019 que não tenham sido alocados na classificação pelo ranking dos países.
Neste caso há um máximo de uma vaga por país.
CICLISMO ESTRADA: Processo classificatório estava encerrado no momento do adiamento dos Jogos, cabendo apenas às confederações nacionais alocarem os atletas para as cotas destinadas a cada país.
CICLISMO MTB: Há 76 vagas (38 por gênero), com duas vagas (uma por gênero) destinadas ao Japão, e um limite máximo de três atletas por país.
60 delas (30 por gênero) serão definidas pelo ranking de classificação olímpica, que inclui o ranking dos países no cross-country de 28 de maio de 2018 a 3 de março de 2020 e resultados de duas etapas determinadas da Copa do Mundo na temporada 2021.
O ranking dos países é calculado pela soma dos pontos dos três melhores colocados de cada país no ranking individual.
Os dois países líderes do ranking podem classificar até três atletas, os ranqueados de terceiro lugar a sétimo lugar, podem classificar até dois atletas; e os do oitavo lugar ao vigésimo primeiro lugar podem classificar um atleta.
Atualmente o Brasil está em terceiro lugar no cross-country no ranking dos países no masculino com 2222 pontos.
Henrique Avancini é o líder do ranking individual com 1346 pontos.
Seis vagas, três por gênero, serão distribuídas para os melhores colocados dos campeonatos continentais de África, América e Ásia que não tenham obtido classificação pelo ranking.
Oito vagas, quatro por gênero, levarão em conta os melhores colocados no Mundial de 2019 em duas vertentes: duas vagas para os melhores da elite e duas para os melhores do sub-23.
Neste caso há um limite de uma vaga por país, e um país que classifique um atleta pelo resultado na elite não pode classificar outro pelo sub-23.
CICLISMO PISTA: Processo classificatório estava encerrado no momento do adiamento dos Jogos, cabendo apenas às confederações nacionais alocarem os atletas para as cotas destinadas a cada país.
ESCALADA: No momento do adiamento dos Jogos, a escalada já tinha 28 das 40 vagas definidas. As seletivas continentais de África, Europa e Oceania, também adiadas, foram realizadas entre novembro e dezembro de 2020, enquanto a asiática, que seria disputada na China, foi cancelada.
A IFSC não confirmou oficialmente, mas os sul-coreanos Jongwon Chon e Seo Chae-hyun comemoraram as vagas supostamente repassadas a eles.
Uma comissão tripartite definiu as duas vagas restantes dando-as aos atletas elegíveis mais bem colocados no Mundial de 2019 que ainda não haviam conquistado vaga, o italiano Michael Piccolruaz e a francesa Anouck Jaubert.
O Brasil não terá representantes.
ESGRIMA: São 212 vagas, sendo oito garantidas ao Japão.
Das 204 abertas, a classificação começa pela definição das equipes (144 vagas, oito equipes de três por gênero distribuídos nos seis eventos) através do ranking por equipes, que levará em conta resultados obtidos de 3 de abril de 2019 a 8 de março de 2020 e de uma data a ser confirmada até o dia 5 de abril de 2021.
Os quatro países mais bem colocados em cada evento, independentemente de onde sejam, garantem vaga.
O país mais bem colocado em cada evento de cada uma das seguintes zonas, África, Américas, Ásia-Oceania e Europa, dentre os países ranqueados entre o quinto lugar e o décimo sexto lugar também garantem vaga.
Se algum continente não estiver representado nestes critérios, a equipe seguinte mais bem posicionada no ranking levará a vaga, independentemente do continente.
A classificação individual dará 10 vagas para cada evento de cada gênero, num total de 60 vagas.
Os três atletas de cada equipe também participarão das competições individuais em suas respectivas armas e não entram nesta segunda conta.
Para as provas individuais, todos os atletas classificados com as equipes também estão garantidos.
O ranking definirá outras seis vagas para cada arma, com limites de dois classificados para Europa, dois para Ásia/Oceania, um para Américas e um para África.
Há o limite de um atleta por país.
A brasileira Nathalie Moellhausen, campeã mundial em 2019, hoje é a segunda do ranking individual da espada e está virtualmente classificada.
As últimas quatro vagas individuais de cada arma serão definidas nos campeonatos classificatórios continentais, disputados apenas por atletas de países ainda sem representantes garantidos.
Vão aos Jogos os campeões de cada torneio: Europa, Américas, África e Ásia/Oceania.
No site da Federação Internacional ainda não há detalhes sobre datas e locais destas competições.
FUTEBOL: Quando os Jogos foram adiados, restavam apenas duas das 16 vagas em aberto para a competição masculina.
Elas serão disputadas por oito países no Pré-Olímpico da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), marcado de 18 de março de 2021 a 30 de março de 2021, em Guadalajara, no México.
O Brasil garantiu vaga no Pré-Olímpico Sul-Americano sub-23 no início de 2020.
Também estão classificados Argentina, Austrália, Costa do Marfim, Egito, França, Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Romênia, Arábia Saudita, África do Sul e Espanha.
O limite de idade de 23 anos foi ampliado para 24, de forma que nenhum atleta que fosse elegível para competir nas Olimpíadas em 2020 deixasse de ter a oportunidade em 2021.
Está mantida a convocação para três atletas que ultrapassem este limite de idade.
No feminino não há qualquer restrição de idade.
O Brasil garantiu a vaga ao vencer a Copa América de 2018.
Também estão garantidos Austrália, Canadá, Grã-Bretanha, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Suécia, Estados Unidos e Zâmbia.
Duas das 12 vagas ainda estão abertas e serão definidas em playoffs, com jogos de ida e volta.
Uma será do vencedor do confronto entre Chile, vice-campeão da Copa América de 2018, e Camarões, segundo colocado no Pré-Olímpico da África.
Os jogos estão previstos para 18 de fevereiro de 2021 e 24 de fevereiro de 2021, mas a FIFA monitora a evolução da pandemia de Covid.
A outra vaga será definida em um playoff asiático entre Coreia do Sul e China, em data a ser confirmada.
GINÁSTICA ARTÍSTICA: Das 196 vagas (98 por gênero), duas foram destinadas ao Japão, país sede, e duas serão distribuídas por uma comissão tripartite.
Quatro das sete etapas de classificação já haviam sido finalizadas quando as Olimpíadas foram adiadas.
A primeira delas, o Mundial de Doha, em 2018, classificou três equipes por gênero.
A classificação por equipes do Mundial de Stuttgart, em 2019, foi a segunda etapa, classificando outras nove equipes por gênero. O Brasil garantiu vaga no masculino neste evento.
Na terceira fatia da classificação, o Mundial de Stuttugart também distribuiu vagas do individual geral para 12 homens e 20 mulheres cujos países não conquistaram vaga por equipes, e nesta leva a brasileira Flavia Saraiva carimbou o passaporte.
A quarta fase de classificação distribuiu vagas aos especialistas em aparelhos, 18 para homens e 12 para mulheres de países que não conquistaram vaga nos critérios anteriores.
Há ainda três caminhos possíveis para a classificação olímpica para Tóquio.
A quinta etapa contemplará atletas que não competiram por equipes nos Mundiais de 2018 e 2019 e dará vaga ao melhor ginasta em cada aparelho no ranking combinado das etapas de Copa do Mundo das temporadas 2018/2019 e 2019/2021, o que representa vagas para seis homens e quatro mulheres.
A sexta etapa dá uma vaga aos três melhores países de cada gênero no circuito da Copa do Mundo 2020/2021.
As 12 melhores equipes em cada gênero no Mundial de 2019 ganharam o direito de disputar no individual geral com um ginasta.
Os três melhores países no ranking de cada gênero garantem uma vaga extra em Tóquio.
Os países podem mudar de ginasta a cada etapa, uma vez que o ranking é por país.
Apenas uma etapa foi disputada em 2020 por causa da pandemia do coronavírus.
Mais duas ou três etapas estão previstas para 2021.
Cada país vai descartar o pior resultado.
A sétima e última etapa de classificação é através dos campeonatos continentais.
Cada competição continental vai distribuir duas vagas extras em cada gênero com base na final do individual geral, com exceção do Campeonato da Oceania, que só vai ter uma vaga em cada gênero.
Há o limite de uma vaga por país em cada gênero, e o ginasta não pode ter classificado uma equipe no Mundial de 2019 ou 2020.
O Brasil deve brigar por essa última vaga no Campeonato Pan-Americano.
É a principal chance de Rebeca Andrade.
Programados inicialmente para maio de 2020, os continentais vão ser remarcados até maio de 2021.
GINÁSTICA DE TRAMPOLIM: A ginástica de trampolim tem 32 vagas, duas delas dadas ao Japão.
A classificação é dividida em três critérios.
No primeiro deles, os ginastas do top 8 do Mundial de 2019 garantiriam uma vaga para seu país nos Jogos.
Mas como havia um limite um posto por país por gênero, se classificaram no masculino apenas China, Belarus, Rússia, França e Japão.
No feminino se classificaram China, Japão, Grã-Bretanha, Canadá, França e Rússia.
As vagas abertas nesta fase foram transferidas para a terceira possibilidade de classificação.
O segundo critério de classificação envolve os Campeonatos Continentais, que podem ser remarcados e disputados até 29 de junho de 2021.
Caso um dos cinco continentes não tenha ginastas classificados pelos critérios 1 ou 3, o campeão continental de 2020 vai representar esse continente no trampolim da Olimpíada de Tóquio.
Como o Canadá já está classificado entre as mulheres, o Campeonato Pan-Americano pode ser um caminho para o Brasil chegar aos Jogos apenas no masculino.
O critério 3 preencherá as vagas restantes usando pela primeira vez o circuito da Copa do Mundo.
O ranking combinado das temporadas 2019 e 2020/2021 vai ser a base para a classificação, considerando os quatro melhores resultados de cada ginasta entre as seis etapas programadas.
Há o limite de um classificado por país em cada gênero por meio do critério 3.
Camilla Gomes tem chances de conseguir a vaga pelo critério 3.
Ela ocupa atualmente a vigésima quarta posição do ranking da Copa do Mundo, após cinco das seis etapas.
GINÁSTICA RÍTIMICA: Vão ser 96 vagas no total, com um máximo de sete ginastas por país (duas no individual e cinco no conjunto).
Nos conjuntos, duas das três portas para a classificação (os Mundiais de Sofa 2018 e Baku 2019) já haviam garantido vagas para Rússia, Itália, Bulgária, Belarus, Israel, China, Azerbaijão e Ucrânia.
O último caminho de classificação dos conjuntos é o dos campeonatos continentais.
Cada competição continental vai distribuir mais uma vaga na disputa de conjuntos de Tóquio 2020.
O Brasil vai brigar com Estados Unidos, Canadá e México pela vaga do Campeonato Pan-Americano.
Os continentais estavam programados para maio de 2020 serão remarcados para até junho de 2021.
A classificação individual também é dividida em três vertentes.
A primeira distribuiu vagas para as 16 melhores ginastas do individual geral no Mundial de Baku, em 2019.
O segundo caminho é através do circuito da Copa do Mundo.
As três melhores ginastas no ranking da temporada 2020/2021 garantem vaga para Tóquio.
Para o ranking vão ser considerados os três melhores resultados no individual geral de cada ginasta.
Há o limite de uma classificada por país por meio do critério 2.
Se a ginasta classificada for de um país que já tenha conquistado uma vaga pelo critério 1, o posto vai ser do país, havendo a possibilidade de substituição.
Se a ginasta classificada for de um país que não havia conquistado vagas pelo critério 1, o posto vai ser nominal, ou seja, apenas a ginasta que conquistou a vaga pode competir na Olimpíada, sem direito a substituição.
O Brasil tem poucas chances de brigar por essas vagas.
O último caminho de classificação é o dos campeonatos continentais.
Cada competição continental vai distribuir uma vaga com base na final do individual geral.
Há a exigência de que a ginasta tenha participado do Mundial de 2019 para ser elegível.
Com Bárbara Domingos e Natália Gaudio, o Brasil deve brigar por essa última vaga no Campeonato Pan-Americano.
GOLFE: Ao todo, serão 120 golfistas (60 homens e 60 mulheres) apontados pelo ranking mundial profissional.
Os pontos válidos para classificação serão os contabilizados de 1º de julho de 2018 a 21 de junho de 2021, no masculino, e até 28 de junho de 2021 no feminino.
Pelos critérios, um país pode ter no máximo quatro atletas no torneio, desde que todos eles estejam entre os 15 primeiros do ranking mundial.
Caso contrário, vale o limite de dois por país.
Atualmente, o Brasil não tem nenhum golfista no top 60 do ranking mundial.
HANDEBOL: Serão 12 seleções na disputa em cada gênero.
As vagas para o Japão, como país-sede, para os campeões mundiais (Dinamarca, no masculino, e Holanda, no feminino) e para campeões continentais (Argentina, Bahrein, Egito e Espanha no masculino e França, Angola, Brasil e Coreia do Sul no feminino) foram definidas até o fim de 2019.
Em 2020 seriam realizados os Pré-Olímpicos Mundiais, que classificariam ainda seis seleções de cada gênero.
As três chaves do feminino estão previstas para 19 de março de 2021 a 21 de março de 2021, e as três do masculino para 12 de março de 2021 a 14 de março de 2021.
A seleção brasileira masculina competirá na Noruega contra os donos da casa, o Chile e a Coreia do Sul.
Os dois melhores colocados de cada chave garantem vaga em Tóquio.
HIPISMO ADESTRAMENTO, CCE E SALTOS: Os processos classificatórios estavam encerrados no momento do adiamento dos Jogos, cabendo apenas às confederações nacionais alocarem os atletas para as cotas destinadas a cada país.
Pódios no Pan de Lima garantiram a classificação da equipe brasileira nos saltos (ouro), Concurso Completo Equestre (CCE)(prata) e adestramento (bronze).
HÓQUEI SOBRE GRAMA: O processo classificatório estava encerrado no momento do adiamento dos jogos, cabendo apenas às confederações nacionais convocarem os atletas para as cotas destinadas a cada país.
O Brasil não conseguiu classificação.
JUDÔ: Ao todo 386 judocas competirão nos Jogos, respeitando-se o limite de um atleta por país para cada uma das sete categorias de peso de cada gênero.
O ranking mundial é o principal meio de classificação e dará 352 vagas, com fechamento no dia 28 de junho de 2021.
Os 18 melhores de cada categoria garantem vaga direta, respeitando-se o limite de um atleta por país em cada peso.
Considerando-se o ranking do fim de dezembro, o Brasil teria representantes em 11 das 14 categorias por este critério.
Estariam classificados: Eric Takabatake (décimo lugar em -60kg), Daniel Cargnin (sexto lugar em -66kg), Eduardo Yudy Santos (décimo oitavo lugar em -81kg), Rafael Macedo (décimo quarto lugar em -90kg), Rafael Buzacarini (décimo segundo lugar em -100kg), Rafael Silva (sexto lugar em +100kg), Larissa Pimenta (oitavo lugar em -52kg), Ketleyn Quadros (décimo lugar em -63kg), Maria Portela (décimo segundo lugar em -70kg), Mayra Aguiar (quinto lugar -78kg), Maria Suelen Altheman (segundo lugar em +78kg).
A campeã olímpica na Rio 2016 Rafaela Silva (sexto lugar no ranking da categoria -57kg) está fora dos Jogos por suspensão por doping.
Outras 100 vagas serão distribuídas através de um ranking continental da seguinte forma:
A competição por equipes mistas, que estreia no programa olímpico, contará apenas com atletas que estiveram classificados para a disputa individual.
Qualquer país que possua representantes suficientes que possam ser ajustados às três categorias da equipe no feminino (-57kg, -70kg, +70kg) e no masculino (-73kg, -90kg, +90kg) estará classificado.
KARATÊ: Estreante no programa olímpico, o karatê terá 80 atletas lutando por medalhas.
Oito vagas (quatro por gênero) são do Japão como país-sede, e outras quatro (duas por gênero) serão dadas pela Comissão Tripartite.
Das 78 restantes em disputa, há um limite máximo de um atleta por país por categoria de peso.
No kumite (a luta em si), as tradicionais cinco categorias serão transformadas em três.
Além dessas, haverá a competição no kata.
No masculino, haverá as categorias -67kg (que junta as tradicionais -60kg e -67 kg), -75kg e +75kg (que junta -84kg e +84kg).
No feminino, as categorias serão -55kg (que junta -50kg e -55kg), -61kg e +61kg (que junta -68kg e +68kg).
O ranking olímpico em maio de 2021 (o dia ainda será definido) dará 32 vagas, contemplando os quatro melhores de cada categoria.
Outras 24 vagas serão distribuídas em um torneio classificatório, ainda sem data ou local confirmados. Cada país poderá mandar um atleta por categoria para essa competição, desde que o país já não tenha classificado algum atleta pelo ranking olímpico.
Os três primeiros de cada categoria carimbam o passaporte para Tóquio.
A Federação Internacional (WKF) foi duramente criticada porque, com o adiamento dos Jogos, inicialmente anunciou o fechamento do ranking olímpico na data original, 6 de abril.
Depois voltou atrás e passou o fechamento do ranking para 2021.
O brasileiro Vinicius Figueira, da categoria até 67kg, teria se classificado caso da WKF tivesse mantido o critério, e agora segue na disputa.
A terceira via de classificação é através dos torneios continentais, que distribuirão 12 vagas (seis por gênero) através de um sistema complexo.
No caso da Federação Pan-Americana, foi decidido que o Pan de Lima 2019 será o balizador para as vagas.
Os campeões continentais com melhor ranking internacional vão brigar pelas vagas (independente da categoria) desde que os seus países já não tenham outro atleta na mesma categoria.
Caso todos os campeões já tenham vagas asseguradas (ou os países já tenham representantes), os medalhistas de prata concorrerão pelas vagas.
E depois, os medalhistas de bronze.
O preenchimento dessas vagas seguirá a ordem determinada pela Federação Mundial de Karatê.
A primeira a poder pegar vaga (uma no masculino e uma no feminino) será a Federação da Oceania.
Depois, pela ordem: duas vagas (uma em cada gênero) para a Federação Africana, duas vagas (uma em cada gênero) para a Federação Pan-Americana, duas vagas (uma em cada gênero) para a Federação Asiática, duas vagas (uma em cada gênero) para a Federação Europeia, uma vaga (para qualquer um dos gêneros) para a Federação Africana e uma vaga para a Federação Pan-Americana (essa vaga será do gênero oposto da vaga anterior dada à federação africana).
Campeã do Pan de Lima, Valéria Kumizaki, da categoria até 55 kg, é uma forte candidata a pegar umas das vagas das Américas.
LEVANTAMENTO DE PESO: Ao todo 186 atletas do levantamento de peso competirão em Tóquio.
O principal meio de classificação é através do ranking internacional, que exigia participação dos atletas em ao menos seis eventos ao longo de três diferentes períodos, começando em 1º de outubro de 2018.
Como o terceiro bloco foi interrompido pela pandemia, a Federação Internacional (IWF) abriu um novo período de classificação, que vai de 1º de outubro de 2020 a 30 de abril de 2021.
Todos os atletas que quiserem competir nas Olimpíadas terão que competir ao menos uma vez nesta nova janela, mesmo que já tenham cumprido o mínimo de seis competições antes da pandemia.
Serão oito vagas pelo ranking mundial para cada evento, além de uma ao melhor de cada ranking continental.
A vaga restante para completar o número de 16 atletas por evento será dada a um atleta do Japão, país sede, ou a um indicado pela Comissão Tripartite.
A competição olímpica de levantamento de peso terá sete categorias masculinas e sete femininas, alteradas recentemente pela IWF.
As divisões de peso entre os homens são: 61kg, 67kg, 73kg, 81kg, 96kg, 109kg e acima de 109kg.
Já entre as mulheres as categorias são: 49kg, 55kg, 59kg, 64kg, 76kg, 87kg e acima de 87kg.
Cada país pode classificar no máximo quatro atletas por gênero.
Países que tiveram entre 10 e 20 violações de doping desde a Olimpíada de 2008 podem classificar até dois atletas por gênero.
Países que tiveram mais de 20 violações só podem classificar um homem e uma mulher.
Fernando Reis é o principal nome do Brasil no masculino.
Ele aparece em sétimo lugar no ranking olímpico da categoria +106kg.
No feminino, Natasha Rosa é a décimo quinto lugar na categoria até 49kg, e Jaqueline Ferreira está em em décimo sexto lugar na categoria até 87kg.
LUTA ESTILO LIVRE E GRECO-ROMANA / WRESTLING: A classificação olímpica do wrestling, tanto no estilo livre quanto no greco-romano (exclusivo para homens), foi dividida em três fases.
A primeira foi o Campeonato Mundial de Astana, em 2019.
Dos Pré-Olímpicos Continentais, o único finalizado antes da pandemia foi o das Américas. Em Ottawa, Aline Silva (até 76kg),
Laís Nunes (até 62kg) e Eduard Soghomonyan (até 130kg) carimbaram o passaporte para Tóquio.
A United World Wrestling (UWW) confirmou que todas as vagas conquistadas até então seriam mantidas.
Os demais torneios continentais e o Pré-Olímpico Mundial, terceira e última via classificatória, foram adiados para 2021 e devem ser finalizados até 9 de maio.
MARATONA AQUÁTICA: O Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, distribuiu vagas olímpicas para os 10 melhores colocados de cada gênero na prova de 10km.
Ana Marcela Cunha, quinta colocada no feminino, foi a única brasileira a garantir presença em Tóquio antes da pandemia.
As 15 vagas restantes para cada gênero serão distribuídas no Pré-Olímpico Mundial, previsto para os dias 29 de maio de 2021 e 30 de maio de 2021, em Fukuoka, no Japão.
O Brasil terá dois representantes para a disputa masculina.
Os nomes sairão de uma seletiva nacional, marcada para 6 de março de 2021, em local a ser definido.
Allan do Carmo e Victor Colonese são os principais nomes.
NADO ARTÍSTICO: A disputa do nado artístico terá 10 equipes e 22 duetos.
No caso da competição por equipes, sete vagas foram distribuídas através do Mundial e de Campeonatos Continentais, além de uma para o Japão, país-sede dos Jogos.
Todos os países classificados por equipes garantem uma vaga para o dueto.
O Brasil, que ficou apenas em quarto lugar por equipes no Pan, ainda tem chance de classificação através do Pré-Olímpico, remarcado para o período de 4 de março de 2021 a 7 de março de 2021, em Tóquio, no Japão.
Nele serão definidas as três últimas vagas por equipes e sete para os duetos.
NATAÇÃO: Em Tóquio, serão 17 eventos para os homens, 17 para as mulheres e um misto (o revezamento 4x100m medley).
O critério de classificação segue o mesmo das últimas três Olimpíadas.
Vaga automática para todos os atletas que alcançarem as marcas “A” no período de 1º de março de 2019 a 27 de junho de 2021, respeitando o limite máximo de dois atletas de um mesmo país por prova.
Depois, entram nos Jogos os nadadores que irão compor os revezamentos; na sequência, atletas sem índices e classificados pelo sistema de universalidade; e, finalizando, as vagas remanescentes para os atletas com índice “B”, na ordem de pontuação Fina (Federação Internacional de Natação).
No caso do Brasil, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) optou realizar uma seletiva única, que agora será em abril de 2021, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio Janeiro.
Nela só garantirão vaga atletas que conquistarem o índice A.
PENTATLO MODERNO: O pentatlo terá 72 competidores no Japão, e já tinha classificado atletas através do Mundial de 2019, da Copa do Mundo de 2019 e de competições continentais.
A única brasileira a conquistar vaga para o país até então foi Ieda Guimarães, quarta colocada nos Jogos Pan-Americanos de Lima.
O Mundial de Minsk, em Belarus, agora remarcado para acontecer de 7 de junho de 2021 a 13 de junho de 2021, será a última competição a distribuir vagas, num máximo de três por gênero.
Outras seis vagas por gênero para atletas que ainda não tiverem alcançado a classificação serão dadas através do ranking olímpico, que será fechado em 14 de junho de 2021.
POLO AQUÁTICO: Serão apenas 12 seleções na chave masculina e dez na feminina.
O Brasil ainda buscará vaga no masculino, através do Pré-Olímpico.
O evento dará vagas aos três melhores colocados em um total de 12 equipes, e será disputado em Roterdã, na Holanda, de 14 de fevereiro de 2021 a 21 de fevereiro de 2021.
Pela posição no Pan de Lima, as mulheres do Brasil também teriam direito a buscar a classificação no Pré-Olímpico feminino, em Trieste, na Itália, em janeiro, mas a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) abriu mão de enviar a equipe pelo que classificou como “opção técnica”.
REMO: A primeira etapa de classificação foi o Mundial de Linz-Ottensheim, no qual o Brasil não conseguiu vagas.
As principais chances do país são de classificação através dos campeonatos continentais, no caso, a Regata das Américas, que será disputada na raia olímpica do Rio de Janeiro e dará cinco vagas para skiff simples e três para skiff duplo peso leve no masculino e no feminino.
A competição está prevista para acontecer de 28 de janeiro de 2021 a 31 de janeiro de 2021.
Definidas as vagas continentais, haverá ainda um Pré-Olímpico Internacional, que dará duas vagas em cada prova.
A competição será em Lucerna, na Suíça, de 16 a 18 de maio de 2021.
RUGBY: A seleção brasileira feminina de Sevens garantiu a vaga olímpica do conquistar o Pré-Olímpico de Lima, em junho de 2019.
A seleção brasileira masculina ainda disputa a única vaga em aberto entre os homens.
Para tal precisará vencer o Pré-Olímpico Mundial, remarcado para 19 de junho de 2021 e 20 de junho de 2021, em Mônaco.
Neste evento o Brasil terá como adversários Chile, Jamaica, México, França, Irlanda, Samoa, Tonga, Uganda, Zimbábue, China e Hong Kong.
SALTOS ORNAMENTAIS: O Brasil não conseguiu vagas nas duas primeiras oportunidades de classificação, o Mundial de Gwangju e os Jogos Pan-Americanos, ambos em 2019.
Ainda é possível buscar a classificação através da etapa de Tóquio da Copa do Mundo de saltos ornamentais, que servirá de evento-teste para os Jogos e foi remarcada para 18 a 23 de abril de 2021.
Nesta competição serão dadas vagas aos 18 primeiros colocados das provas individuais e aos quatro primeiros das provas sincronizadas.
Se ainda houver vagas em aberto ao fim desta competição, elas serão distribuídas pela classificação no ranking mundial da Fina.
SKATE: O Park e o Street feminino e o Park e o Street masculino terão 20 atletas cada, com uma vaga sempre assegurada para o Japão por ser país-sede.
Três vagas de cada evento serão dadas aos melhores colocados no Mundial de Skate de 2021, ainda sem local ou data confirmados.
As 16 restantes serão definidas pelo ranking olímpico, com um máximo de três atletas por país e um mínimo de um atleta por continente, caso um continente não tenha um atleta nesta faixa, a vaga será dada ao atleta mais bem ranqueado do continente.
Se o ranking fechasse no fim de dezembro, o Brasil teria 12 atletas classificados, o máximo em cada evento: no street masculino, Kelvin Hoefler (quinto lugar), Giovanni Vianna (décimo quinto lugar) e Carlos Ribeiro (décimo sexto lugar), no park masculino, Luiz Francisco (segundo lugar), Pedro Barros (quarto lugar) e Pedro Quintas (sexto lugar), no street feminino, Pâmela Rosa (primeiro lugar), Rayssa Leal (segundo lugar) e Letícia Bufoni (quarto lugar), no park feminino, Dora Varella (sexto lugar), Isadora Pacheco (décimo lugar) e Yndiara Asp (décimo terceiro lugar).
SURFE: A classificação olímpica do surfe será encerrada no Isa World Surfing Games, evento remarcado para acontecer de 29 de maio de 2021 a 6 de junho de 2021.
A competição dará vaga aos cinco melhores atletas homens e às sete melhores atletas mulheres que ainda não tenham se classificado via Circuito Mundial em 2019.
O Brasil já atingiu o limite máximo de quatro atletas classificados, dois por naipe, através do ranking.
No masculino o país será representado por Gabriel Medina, bicampeão mundial, e por Ítalo Ferreira, atual campeão mundial, no feminino, por Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb.
TAEKWONDO: As disputas em Tóquio terão 128 atletas, com 64 no masculino e 64 no feminino. Cada gênero terá quatro categorias em ação, com 16 atletas em cada.
No masculino, serão representados os pesos: 58kg, 68, 80kg e +80kg.
No feminino, estarão em ação os pesos de 49kg, 57kg, 67kg e +67kg.
O Brasil classificou três atletas pelo Qualificatório das Américas, na Costa Rica, em março de 2021.
Edival Marques, o Netinho, foi o primeiro a garantir vaga ao chegar na final da categoria até 68kg.
No dia seguinte foi a vez de Milena Titoneli (67kg) e Ícaro Miguel (80kg) também carimbarem o passaporte.
TÊNIS: O Brasil até o momento tem um atleta classificado para os Jogos: João Menezes, campeão do Pan de Lima, em 2019.
Para confirmar a vaga em simples no masculino, no entanto, ele precisa figurar entre os 300 primeiros do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) em 7 de junho de 2021.
Atualmente ele é o número 194 do ranking.
O ranking mundial tanto da ATP quanto da WTA (Women's Tennis Association é uma associação esportiva internacional) é a principal janela de classificação, dando 56 das 64 vagas para as disputas de simples de cada naipe.
No caso das duplas, há duas possibilidades de classificação.
O Brasil deve se beneficiar da primeira delas, na qual os 10 melhores atletas do ranking de duplas em 7 de junho de 2021 podem escolher um parceiro de seu país que esteja no top 300.
Através dela se formaria novamente a parceria entre Bruno Soares e Marcelo Melo.
TÊNIS DE MESA: O tênis de mesa nas Olimpíadas de Tóquio terá 172 atletas que disputarão competições individuais e em duplas para homens e mulheres, serão 86 representantes de cada naipe.
O Brasil garantiu a vaga olímpica por equipes tanto no masculino como no feminino ao vencer o Pré-Olímpico continental, disputado em Lima, no Peru, em outubro de 2019.
Com isso, garantiu também o direito de indicar dois atletas por gênero para as disputas individuais.
Hoje a principal esperança do país por um inédito pódio é Hugo Calderano, que termina 2020 como número 6 do mundo.
As vagas que ainda estão abertas serão alocadas através de competições e do ranking mundial até junho de 2021.
TIRO COM ARCO: 87 das 128 vagas estavam preenchidas quando o calendário foi suspenso por causa da pandemia.
No momento o Brasil tem apenas uma vaga garantida, herdada por Marcus Vinicius D’Almeida, vice-campeão do Pan de Lima, em 2019.
Há ainda por disputar torneios de classificação continental nas Américas, na Oceania e na Europa, além do Torneio Final Mundial Classificatório, de 18 de junho de 2021 a 21 de junho, em Paris.
A competição dará vagas a três equipes (caso o Japão vá ao pódio, a quarta equipe também se classificará).
O foco do Brasil é conquistar esta cota, o que garantiria automaticamente vaga a três atletas na disputa individual.
TIRO ESPORTIVO: Nenhum brasileiro tem vaga em Tóquio 2020 até o momento.
A única chance de o país se classificar é herdando uma vaga pelo ranking olímpico, que vai ser fechado em 6 de junho de 2021 e vai distribuir apenas um posto em cada prova individual.
O brasileiro melhor colocado no ranking atualmente é Emerson Duarte, vigésimo quinto na pistola de tiro rápido a 25m.
TRIATLO: A classificação olímpica do triatlo ainda tem muitas incógnitas, principalmente no que se refere à data do fechamento do ranking olímpico, responsável pela distribuição do maior número de vagas.
Pelos critérios atuais, respeitando-se o máximo de três vagas para países com três atletas no top 30 e duas vagas para os demais, o Brasil teria virtualmente classificadas duas representantes no feminino e um no masculino: Vittoria Lopes, atualmente em trigésimo segundo lugar na lista, e Luisa Baptista, em trigésimo quinto lugar, entre os homens, Manoel Messias hoje é o número 42 do ranking.
VELA: Cada comitê olímpico nacional pode inscrever no máximo um barco por evento.
O Brasil conseguiu vaga em oito das 10 categorias.
Vale lembrar que as vagas são do país e serão preenchidas conforme convocação da CBVela.
A primeira janela de classificação, o Mundial de Aarhus, na Dinamarca, assegurou vagas na 49erFX com Martina Grael e Kahena Kunze, João Pedro Souto de Oliveira, na Laser, e Daniela Albrecht e Gabriela Nicolino na Nacra 17.
A vaga na Finn foi conquistada por Jorge Zarif no Campeonato Europeu, que valeu como classificatória para atletas do mundo todo.
Outras vagas foram conquistadas em Mundiais das classes: na Laser, por Robert Scheidt, que deverá ser titular (lembrando que João Pedro também é elegível), no 470 feminino, por Ana Luiza Barbachan e Fernanda Oliveira; na RS:X, por Patrícia Freitas.
A vaga da 49er foi conquistada por Marco Grael e Gabriel Borges com o ouro no Pan de Lima, em 2019, enquanto Geison Dzioubanov e Gustavo Thiesen conquistaram a vaga do 470 masculino ao serem campeões do Pré-Olíimpico de Mar Del Plata, em fevereiro de 2020.
Neste último caso, a CBVela estipulou que o barco também precisaria chegar entre os 18 primeiros no Mundial, que foi adiado e agora está previsto para ocorrer de 5 de março de 2021 a 13 de março de 2021 em Portugal.
VÔLEI: A classificação olímpica estava definida no momento do adiamento dos Jogos. Competirão no masculino Japão, Brasil, Estados Unidos, Itália, Polônia, Rússia Argentina, Tunísia, França, Irã, Venezuela e Canadá.
No feminino vão brigar por medalhas Japão, Brasil, Estados Unidos, Itália, China, Rússia, Argentina, Quênia, Sérvia, Coreia do Sul, Turquia e República Dominicana.
VÔLEI DE PRAIA: Vinte e quatro duplas de cada gênero competirão nas Olimpíadas, com um máximo de duas duplas por naipe por país.
O ranking mundial é o responsável por distribuir o maior número de vagas, 15 duplas de cada gênero.
Com a pandemia a data limite para se obter pontos no ranking foi ampliada para 13 de junho de 2021.
Essa extensão, no entanto, não afeta as parcerias brasileiras, que matematicamente já haviam garantido a classificação na última atualização da lista, em 16 de março de 2020.
No feminino, o país será representado por Ana Patrícia e Rebeca, líderes do ranking olímpico, e Ágatha e Duda, que estão em quarto na lista.
No masculino estão classificados Alison e Álvaro Filho, em quarto, e Evandro e Bruno Schmidt, em quinto.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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