Os 100 anos do Cruzeiro em décadas.
Raposa comemora centenário, marcado por uma história de superações, (muitas) conquistas e mais do que as cinco estrelas que compõem a história do clube.
Existe um grande clube na cidade... no país, no mundo.... que completa 100 anos em 2021.
Fundado por italianos, amado por brasileiros, cheios de vaidade pelas conquistas históricas do Cruzeiro Esporte Clube.
Uma torcida, hoje de 9 milhões. Começou com um grupo de imigrantes e foi crescendo, crescendo e crescendo até se tornar um dos clubes mais tradicionais do mundo.
O Cruzeiro Esporte Clube vive seu período mais complicado quando completa 100 anos.
Mas os problemas do presente não mancham, nem desmancham o que foi escrito no passado.
Uma história de títulos, conquistas e alegrias para quem ama o manto azul e branco cinco estrelas.
O NASCIMENTO DE UM GIGANTE: Em 02 de janeiro de 1921, na rua Tamóios, em Belo Horizonte, nascia a Societá Sportiva Palestra Itália.
Chamado de Palestra Mineiro, tornou-se o clube da colônia italiana em Minas.
A primeira sede foi nos arredores da Praça Sete.
O Palestra usava uniforme verde e branco, posteriormente com detalhes em vermelho, em alusão à bandeira italiana, o que durou até a década de 1940.
O primeiro jogo da história foi vitória por 2 a 0 diante de um combinado do Villa Nova e do Palmeiras.
Dois gols de Nani.
O primeiro clássico contra quem se tornaria seu arquirrival, Atlético-MG, foi logo depois e também com vitória palestrina: 3 a 0, dois de Atílio e um de Nani.
Em dezembro de 1921, o clube recebeu o terreno no bairro Barro Preto, hoje o Parque Esportivo, em Belo Horizonte, para a construção do “estadinho”.
As obras começaram em julho do ano seguinte.
Também em 1922, o Cruzeiro disputou a primeira final da história, perdendo para o América-MG.
Em 1925, o Cruzeiro tem a primeira reforma do seu estatuto, que eliminou a restrição de o clube apenas ter italianos.
Em 1926, o Palestra foi punido por seis meses por participar de um amistoso com o Caçavapense-SP, sem permissão da Liga mineira.
No mesmo ano, o clube se junta a outros e forma a Associação Mineira de Esportes Terrestres e, com isso, é excluído da Liga Mineira.
Nele, conquista o torneio de 1926, com uma goleada por 10 a 1.
No ano seguinte, as duas associações se uniram.
Também nesse ano ocorreria a maior goleada da história sofrida para o Atlético-MG: 9 a 2, pelo Campeonato da Cidade.
Em 1928, o Cruzeiro faz as primeiras contratações da história, entre eles o primeiro estrangeiro, Gutiérrez, um uruguaio. Matturio Fabbi passa a ser o primeiro treinador da história do Palestra.
Até então, o time era escalado pelo capitão e pela diretoria de futebol.
No mesmo ano, o clube tem a maior goleada da sua história: 14 a 0 sobre o Alves Nogueira, pelo Campeonato da Cidade.
Ninão marcou 10 gols e se tornou o jogador a fazer mais gols em uma única partida no futebol brasileiro e também o artilheiro com mais gols em uma edição estadual (43).
No mesmo ano, o Cruzeiro teve o primeiro título mineiro reconhecido pela FMF (Federação Mineira de Futebol), após goleada por 6 a 1 sobre o Villa Nova, em jogo já disputado em 1929.
Seria o primeiro do tricampeonato.
Em 1929, o clube conquistou o título com 100% de aproveitamento em cima do rival Atlético-MG, após goleada por 5 a 2.
O tri foi completado com outra campanha 100% e uma goleada por 8 a 0 sobre o Sete, no jogo que valeu o título.
Nestes primeiros 10 anos, surgiram os primeiros grandes jogadores da história do Cruzeiro, como o goleiro Geraldo, que atuou no clube desde a função até a década de 1940.
A dupla da família Fantoni (os irmãos Niginho e Ninão, além do primo Nininho).
O Cruzeiro também teve importantes artilheiros como Bengala e Carazzo, entre outros grandes jogadores da época
PERDA DE ÍDOLOS E FIM DE JEJUM: A década, marcada pelo jejum de títulos, começou com o Cruzeiro perdendo Nininho e Ninão para a Lazio, da Itália.
Mas surgiu outro grande jogador da história do Cruzeiro, em 1931: Niginho.
O jogador, vindo das categorias de base, se tornaria o primeiro jogador a atuar em Minas e ser convocado para a seleção brasileira, em 1936.
Em 1931, a rivalidade com o Atlético era acirrada.
Em uma final de dois jogos, o combinado era que os clubes contratassem árbitros cariocas.
O rival não o fez para a segunda partida, e o Cruzeiro decidiu não jogar e rompeu relações com o time de Lourdes.
Em 1932, o clube rompe novamente com a Liga Mineira, mas logo reata as relações.
Em 1933, Cruzeiro adota o profissionalismo e vence o primeiro clássico com o Atlético na era profissional: 2 a 1.
Dois anos depois, Niginho retorna ao Cruzeiro, após se recusar a servir o exército italiano do ditador Benito Mussolini.
Em 1937, Niginho é vendido ao Vasco.
No outro ano, o Cruzeiro perde Matturio Fabbi, que se aposentou para cuidar da saúde.
O atacante Bengala torna-se o primeiro ex-jogador a virar técnico do clube.
O período sem títulos foi encerrado com o título do Campeonato da Cidade de 1940 e com um elemento novo: o uniforme tricolor, em verde, vermelho e branco, das cores da bandeira italiana.
DE PALESTRA A CRUZEIRO: A decisão foi contra o Atlético-MG, que aconteceu somente em 1941.
Em 1942, a mudança mais profunda.
Com a declaração do Brasil de guerra a Itália, Alemanha e Japão, começa a mudança de Palestra para Cruzeiro.
Primeiro com o uniforme, que passou a ser azul com listras brancas horizontais, em fevereiro do ano.
Na derrota por 1 a 0 para o Atlético, o Cruzeiro passou a atuar como “Palestra Mineiro”.
Em 31 de agosto, um decreto federal proibiu o uso de símbolos das nações do Eixo.
O presidente do Cruzeiro, Enner Cyro Pony, adiantou que o novo nome do Cruzeiro seria Ypiranga.
Entretanto, a denominação nunca foi utilizada oficialmente.
Em 7 de outubro, o conselho do clube, sob sugestão do ex-presidente Osvaldo Pinto Coelho, adotou o nome de Cruzeiro Esporte Clube, em homenagem à constelação do Cruzeiro do Sul.
A estreia do uniforme azul e branco, das mesmas cores usadas pela seleção italiana, ocorreu oficialmente somente em 1943, num amistoso com o São Cristovão-RJ, no estádio do Barro Preto.
No mesmo ano, o time foi o campeão da cidade com uma goleada por 5 a 1 sobre o Siderúrgica.
E começava, assim, a campanha do segundo tricampeonato.
O primeiro como Cruzeiro.
Com Niginho no time novamente, em 1944, a Raposa levou de novo o campeonato, novamente em cima do Siderúrgica.
O tri veio também sobre o Siderúrgica num ano de 1945, que marcou a reconstrução do estádio do Barro Preto.
O estádio recebeu arquibancadas de cimento, capacidade para 15 mil e cobertura em parte da arquibancada.
No mesmo ano, o clube inaugurou a iluminação do estádio, em um amistoso.
Em 1946, o Cruzeiro fez os dois primeiros jogos internacionais: empate por 2 a 2 com o Libertad (Paraguai) e vitória por 1 a 0 sobre o Rosário Central (Argentina).
Em 1947, com as despesas da reforma do estádio chegando aos 500 mil cruzeiros, o presidente Mário Grosso renuncia no terceiro mandato.
No ano seguinte, o ídolo Niginho assume o comando.
No fim do ano, após alguns abaixo assinados, o presidente Cunha Lobo renuncia.
Em 1949, em crise financeira, o Cruzeiro viu seus jogadores terem de conciliar o futebol com outras profissões.
A crise financeira se agravou no ano seguinte, e o clube encerrou as atividades dos esportes especializados.
Fez cinco amistosos no interior para arrecadar fundos.
Em 1950, o Cruzeiro faz o primeiro jogo com o uniforme todo branco, goleando o Sete por 4 a 1.
CRISE E CRESCIMENTO: Em 1951, o Cruzeiro destina recursos para construir a sede social no Barro Preto.
Em 1952, também, o Cruzeiro faz os dois primeiros jogos no Sul do país, em amistosos com o Lavoura-PR.
No ano seguinte, ainda em crise, o clube entra em acordo para jogar no Independência.
Em 1954, o Cruzeiro chega à final, mas perde para o Atlético em uma série de quatro jogos no Independência que ocorreram somente em 1955.
Em 1956, com a presença do presidente Juscelino kubitschek e do governador Bias Fortes, o Cruzeiro inaugura a sede social do Barro Preto.
Um momento importante para o clube tentar sair da crise.
No ano de 1957, mas ainda pela edição do ano anterior, o Cruzeiro divide o título com o Atlético após longa briga nos tribunais desportivos.
Em 1959, o Cruzeiro passa a adotar as cinco estrelas no escudo no empate por 1 a 1 com o Renascença.
O título mineiro vem na edição daquele ano, após vitória por 3 a 1 sobre o Democrata Sete Lagoas, encerrando um longo jejum de 14 anos.
Em 1960, a década de ouro do Cruzeiro começava.
Felício Brandi, junto de Carmine Furletti e outros dois conselheiros são novamente aceitos no conselho, após exclusão.
No mesmo ano, Cruzeiro e Atlético selam a paz em um jogo amistoso em Brasília.
Foi o primeiro clássico disputado fora de Minas.
Como campeão mineiro de 59, o Cruzeiro faz a estreia na Taça Brasil e é eliminado pelo Fluminense na segunda fase.
A DÉCADA INESQUECÍVEL DE OURO: O Cruzeiro é campeão pela primeira vez no Independência na edição de 1960, ao empatar sem gols com o Atlético.
Com a ajuda de conselheiros, o clube realiza o pagamento de salários atrasados e contrata jogadores..
Na Taça Brasil, o time cai na segunda fase para o São Paulo.
O segundo tricampeonato vem após uma vitória sobre o Bela Vista, por 3 a 0, no Independência, já no ano de 1962.
No mesmo ano, o time volta a cair na segunda fase do Brasileiro, eliminado pelo Internacional.
O Cruzeiro perde a final estadual para o Atlético.
No segundo semestre de 1963, os primeiros ídolos de 1966 começam a ser utilizados, como Tostão e Dirceu Lopes.
Tostão estreia no amistoso com o Siderúrgica.
Em 1964, o tripé histórico (Piazza, Dirceu Lopes e Tostão) estreia na vitória por 3 a 0 sobre o Uberaba.
Em 1965, chegam outros grandes nomes daquele time: William, Neco e Zé Carlos.
O clube faz o primeiro jogo no Mineirão: vence o Villa Nova por 3 a 1.
Também vence o primeiro clássico no Gigante: 1 a 0, gol de Tostão.
No ano seguinte, um dos anos de ouro, o Cruzeiro conquista o primeiro título mineiro no Mineirão, com a goleada por 6 a 0 sobre o Uberlândia (três gols de Dirceu Lopes), ainda pela edição de 1965.
A caminhada na Taça Brasil é marcada por confrontos vencidos com Americano, Grêmio e Fluminense até chegar a grande decisão contra o Santos.
A goleada por 6 a 2 sobre o Santos é, talvez, a melhor atuação do Cruzeiro na história.
No meio das duas finais, o Cruzeiro, comandado por Airton Moreira, ainda foi campeão mineiro com o empate por 1 a 1 do Atlético com o Uberlândia.
No jogo do Pacaembu, o Santos abriu 2 a 0.
No intervalo, o presidente da Federação Paulista procurou o presidente Felício Brandi para marcar o terceiro jogo.
Felício disse que o segundo jogo não acabara.
Dito e feito: no segundo tempo, com gols de Tostão, Dirceu Lopes e Natal, o Cruzeiro encerrou a hegemonia de cinco anos do fantástico Santos, de Pelé.
O título da Taça Brasil proporcionou a primeira participação na Taça Libertadores da América e o primeiro jogo do Cruzeiro no exterior em 1967.
Em Caracas, o time venceu o Galícia por 1 a 0.
No mesmo ano, o Cruzeiro iniciou o período de excursões pelo exterior.
Em fevereiro daquele ano, o Cruzeiro também estreia a Toca da Raposa como concentração para o clássico com o Atlético-MG pela Taça de Prata.
O Cruzeiro é eliminado na fase de grupos do Brasileiro e nas semifinais (triangular) na Taça Libertadores da América.
Airton Moreira deixa o comando do time.
No mesmo ano, o Cruzeiro consegue um empate heroico no clássico com o Atlético-MG, pelo Estadual, após começar perdendo por 3 a 0.
O título de 1967 veio após duas vitórias sobre o rival na final, já com partidas em 1968.
O Cruzeiro ainda ganhou a edição de 1968, conquistando seu primeiro tetracampeonato mineiro, com a vitória por 1 a 0 sobre o Villa Nova.
Os dois últimos títulos com Orlando Fantoni, sucessor de Airton Moreira. Completou ainda 29 jogos invictos no Estadual.
Em 1969, Raul completa 11 jogos sem levar gols pelo Cruzeiro, batendo um recorde mundial: 1016 minutos sem levar gols.
O Cruzeiro derrota o Uberaba por 1 a 0 e se torna pentacampeão mineiro.
No mesmo ano, o time tem uma sequência de 38 jogos invictos quebrada com uma derrota para o Botafogo, no Brasileiro.
O Cruzeiro também é vice-campeão brasileiro, perdendo para o Palmeiras pela diferença de um gol no saldo de gols.
Na reta final, não teve Tostão, que sofreu um deslocamento da retina.
Em 1970, o Cruzeiro tem Fontana, Piazza e Tostão convocados para a Seleção para a disputa da Copa do Mundo, no México.
O clube vê a série invicta de 70 jogos pelo Mineiro ser encerrada com uma derrota para o América.
Também cai a invencibilidade para o Atlético de quatro anos e oito meses.
A CONQUISTA DA AMÉRICA, O MUNDIAL E O QUASE NO BRASILEIRO: Em 1971, o Cruzeiro decidiu aproveitar para realizar amistosos em troca de cachês, viajando países da América do Sul e Central.
Também iria para a Ásia, mas o CND (Conselho Nacional de Desportos), na época, ameaçou excluir o clube do Brasileiro, se não disputasse a continuação do Mineiro com um time titular.
O time voltou.
Em 1972, o Cruzeiro voltou a realizar excursões.
Dessa vez para Oceania, Ásia e América do Norte.
Foram 18 jogos. Tostão deixou o Cruzeiro, enquanto Yustrich foi contratado para o lugar de Orlando Fantoni.
A passagem do treinador durou cinco meses.
No mesmo ano, o clube encerrou uma sequência de 38 jogos sem derrota.
O título mineiro veio com dois gols de Palhinha.
Em 1973, a Toca da Raposa foi oficialmente inaugurada e viraria a concentração da Seleção.
O Cruzeiro partiu para uma nova excursão para o exterior.
O time foi bicampeão mineiro, com o gol de Dirceu Lopes no clássico com o Atlético-MG.
Em 1974, O Cruzeiro chegou ao quadrangular final do Campeonato Brasileiro, junto de Internacional, Santos e Vasco.
Terminou empatado com o Vasco.
Um jogo desempate teve de ser realizado. Inicialmente, seria no Mineirão, mas um punição da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) impediu a realização, e o clube entrou em acordo de jogar no Maracanã.
Derrota por 2 a 1, mas poderia ter sido o segundo título brasileiro, se Zé Carlos não tivesse um gol (em posição regular) anulado.
O Cruzeiro conquista o tri do Mineiro, com gol de Joãozinho e um de Vanderlei.
Em 1975, a eliminação na segunda fase da Taça Libertadores da América custou a demissão de Ilton Chaves, após três anos.
O clube faz seus primeiros jogos na Europa, com o Torneio Teresa Herrera.
No Brasileiro, o Cruzeiro perde a decisão para o Internacional, no Beira-Rio.
O Mineiro de 1975 só termina no ano seguinte e com o tetracampeonato do Cruzeiro, na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético, com show de Joãozinho e gol de Palhinha.
Na edição da Taça Libertadores da América de 1976, umas das maiores partidas da história da competição: 5 a 4 para o Cruzeiro diante do Internacional, na primeira fase, no Mineirão.
Foi a estreia dos dois times no ano que o clube viria a ser dono da América.
Mas na primeira fase, uma tragédia: o atacante Roberto Batata faleceu em acidente de carro, na rodovia Fernão Dias.
O craque foi velado na sede do Barro Preto.
Em homenagem a ele, o Cruzeiro goleou o Alianza Lima por 7 a 1 no Mineirão.
Na decisão, o Cruzeiro comandado por Zezé Moreira goleou o River Plate por 4 a 1, perdeu o segundo jogo por 2 a 1 e foi para a decisão em Santiago: vitória por 3 a 2, com o gol de Joãozinho, sob o comando de Zezé Moreira.
No final do jogo, os atletas se ajoelharam e rezaram por Roberto Batata.
Campeão da América, o Cruzeiro partiu para uma excursão pela Europa.
No fim do ano, a final do Intercontinental com o Bayern de Munique, que contava com a base da seleção alemã.
O time resistiu à pressão na Alemanha até os 30 minutos do primeiro tempo, mas levou dois gols em sete minutos.
Em Belo Horizonte, empate sem gols, em outro grande jogo.
Ainda campeão da América, o Cruzeiro fez excursão pelo continente em 1977, disputando vários amistosos com seleções nacionais.
Na Taça Libertadores da América, o clube sonho até a final com o bicampeonato, mas perdeu a decisão para o Boca Juniors, num terceiro jogo, em Montevidéu.
No ano, o Cruzeiro volta a ser campeão mineiro, com o decisivo Revétria (fazendo três gols no segundo jogo da melhor de três e um no terceiro).
Em 1978, Felício Brandi é reeleito à presidente do clube, já sem a grande base de apoio que tinha.
O clube passa a vir um período de crise interna e fianceira.
O clube embarcou para mais uma excursão na Europa (primeira ida à Itália) e Guatemala (onde passou por um terremoto de 5 graus).
Em 1979, o Cruzeiro se despediu de um seus maiores craques: Dirceu Lopes se aposentou após o amistoso entre Cruzeiro e Uberlândia, em que jogou nos dois times.
Em 1980, o Cruzeiro fez os primeiros jogos na África.
Também fez amistosos novamente com seleções sul-americanas e jogos na América do Norte e Europa.
No mesmo ano, o Cruzeiro aplica a maior goleada do Mineirão: 11 a 0 sobre o Flamengo, de Varginha.
Cinco de Roberto César.
1981 A 1990: Uma década marcada por dificuldades.
Cotado para ter o jogador na Copa do Mundo de 1982, o Cruzeiro perde Joãozinho, que teve a perna quebrada em um jogo contra o Sampaio Corrêa em 1981.
No mesmo ano, o regulamento do Mineiro determina que a renda seria a favor dos mandantes.
O Atlético manda um time reserva, com o objetivo de esvaziar o clássico.
Em resposta, o Cruzeiro também manda o time reserva, mas vence com gol de Jacinto.
O clube faz dois amistosos na América do Sul.
O terceiro clássico do mineiro foi marcado pela pancadaria.
Em 1982, foi a era de “Bendelack e Tobi”.
Cruzeiro também teve Abel Braga na zaga.
O clube engrenou mais uma viagem para o exterior para amistosos.
Após pífia campanha no Brasileiro, o clube contrata novamente Yustrich.
Em 1983, eliminado na segunda fase do Brasileiro, o Cruzeiro fez um giro pela Colômbia, Honduras e El Salvador.
No Campeonato Mineiro, o time viu o Atlético-MG ser hexacampeão, mas jogou água no chope do rival com a goleada por 4 a 1 no “jogo da festa”.
Em 1984, o Cruzeiro aplicou nova goleada no rival: 4 a 0, na decisão do segundo turno, que teve muita polêmica quanto à interpretação do regulamento.
Em 1985, o time ainda se salvou do rebaixamento no Brasileiro com vitória sobre o rival por 3 a 2.
O estádio do Barro Preto é desativado (estava servindo para treinos e jogos da base) e dá lugar ao parque esportivo.
Em 1986, o Cruzeiro fez oito jogos na Espanha.
O time foi reformulado para a temporada e fez uma campanha melhor no Brasileiro, sendo eliminado nas quartas de final pelo rival, já com a edição encerrado em 1987.
Em 1987, o clube perde o técnico Carlos Alberto Silva, que assume a Seleção.
O clube também encerra o jejum de 13 jogos sem vencer o Atlético-MG e de cinco jogos sem vencer o América-MG.
O Cruzeiro ganhou o segundo título mineiro da década, ao derrotar o Atlético por 2 a 0, em um jogo de muita confusão.
O Cruzeiro ainda foi eliminado na semifinal do Brasileiro, após derrota para o Internacional.
Em 1988, é criada a Supercopa da Libertadores.
O time voltou a uma final Sul-Americana após 11 anos, perdendo a decisão para o Racing.
Após a perda do título mineiro, o Cruzeiro partiu para uma série de amistosos no Reino Unido, Espanha e Itália.
A edição do Brasileiro de 88 terminou em 89, e o Cruzeiro saiu nas quartas de final.
Em 1989, a Copa do Brasil é criada.
O Brasileiro passa a ter acesso e rebaixamento.
O Cruzeiro ganha o apelido de “La Bestia Negra” por uma reviravolta no confronto com o Olimpia pela Supercopa.
Em 1990, com gol de Careca, o Cruzeiro volta a ganhar o Campeonato Mineiro e inicia sequência de 15 anos com títulos.
O clube, enfim, recebe o troféu de 1984, após uma briga de seis anos na Justiça com o Atlético-MG.
1991 A 2000: O Cruzeiro se salvou do rebaixamento à Série B com uma vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras (gols de Nonato e Boiadeiro).
Após passar por Colo-Colo, Nacional (Uruguai) e Olimpia, o Cruzeiro chega à final da Supercopa contra o River.
Após derrota por 2 a 0, em Buenos Aires, o time consegue uma reviravolta e é campeão com um 3 a 0, com dois gols de Mario Tilico.
O ano de 1991 marcava a sequência de grandes títulos do clube.
Em 1992, o Cruzeiro perdeu a final da Recopa (disputada em Kobe, no Japão) para o Colo-Colo, nos pênaltis.
A Copa Máster (disputada entre os campeões da Supercopa) foi criada, e o Cruzeiro foi vice-campeão, perdendo a final para o Boca Juniors.
O Cruzeiro aplicou a maior goleada em torneios internacionais: 8 a 0 sobre o Atlético Nacional, pela Supercopa, competição que o clube venceu pela segunda vez diante do Racing.
O Cruzeiro venceu também o Campeonato Mineiro, na primeira decisão com o América, na era Mineirão.
Já em 1993, veio o primeiro título da Copa do Brasil, em cima do Grêmio, com gols de Roberto Gaúcho e Cleison.
O comando da primeira conquista foi de Pinheiro.
Em agosto daquele ano, Ronaldo (depois chamado de Fenômeno) estreia no empate por 1 a 1 com o Benfica, em amistoso em Portugal.
Ele bateria recorde ao marcar cinco gols na goleada por 6 a 0 sobre o Bahia.
Foi o primeiro jogador do clube a fazer cinco gols no mesmo jogo em um Brasileiro.
O Cruzeiro perdeu a Recopa para o São Paulo, nos pênaltis.
Em 1994, o clube fez dois amistoso no Japão.
Na volta, venceu a chamada “Selegalo” por 3 a 1 no Mineiro, com três gols de Ronaldo.
O time também venceu, pela primeira vez, o Boca Juniors na temida Bombonera.
No jogo do Mineirão, Ronaldo fez um dos mais belos gols do estádio.
Vitórias importantes para a classificação para as oitavas de final, quando foi eliminado pelo Unión Española.
Ronaldo é campeão mineiro com o Cruzeiro, após vitória sobre a Caldense.
O primeiro título cruzeirense estadual, fora do Mineirão, na era do estádio.
Ronaldo é vendido ao PSV, da Holanda.
O rebaixamento voltou a assombrar o clube, que teve de disputar uma repescagem.
Após uma goleada por 5 a 1 para o Remo, o presidente César Masci renunciu e deu início a era Perrella.
No início dela, o Cruzeiro se salvou da queda com uma vitória por 3 a 2 sobre o União São João, com gol de Toninho Cerezo, ídolo do rival.
No ano seguinte, em 1995, o clube começou com uma crise interna ao afastar alguns atletas por indisciplina.
O time foi campeão da Copa Máster em cima do Olimpia e da Copa Ouro diante do São Paulo, nos pênaltis.
Marcelo Ramos faz o gol mais rápido da história do Cruzeiro no Brasileiro (9 segundo contra o Corinthians).
Em 1996, o Cruzeiro fez uma importante troca de jogadores com o São Paulo, que fariam parte da base do time campeão da Copa do Brasil em cima do favorito Palmeiras, em um triunfo de virada em São Paulo, tornando alguns jogadores mais ídolos do clube, como Dida, Nonato, Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos.
Levir Culpi foi o comandante daquela equipe.
No Mineiro, o Cruzeiro conquistou um título emocionante.
Nas últimas três rodadas, tirou uma desvantagem de seis pontos para o rival e foi campeão.
No Brasileiro, o Cruzeiro acabou eliminado nas quartas de final pela que seria vice-campeã, Portuguesa.
Chegava o ano do segundo título da Taça Libertadores da América: 1997.
Oscar Bernardi foi substituído por Paulo Autuori, após a primeira rodada.
O treinador ainda perdeu os dois jogos seguintes e precisava de uma reação rápida para chegar às oitavas.
Venceu Grêmio e os peruanos Alianza e Sporting Cristial, passando de fase. V
enceu El Nacional, Grêmio e Colo-Colo (nos pênaltis) antes de decidir com o Sporting Cristal.
Na primeira partida, em Lima, empate por 0 a 0.
No Mineirão, aos 30 minutos do segundo tempo, Elivelton chutou de fora da área e tornou o Cruzeiro, pela segunda vez, rei da América.
Antes da decisão, o Cruzeiro venceu o Villa Nova, no Mineirão, por 1 a 0, na decisão do Campeonato Mineiro, com gol de Marcelo Ramos.
A partida registrou o maior público da história do Mineirão: 132.834 torcedores, sendo 74.857 pagantes.
No Brasileiro, o Cruzeiro não fez boa campanha.
O objetivo mesmo era o Intercontinental, contra o Borussia Dortmund, da Alemanha.
O jogo único foi em Tóquio, em 02 de dezembro.
A diretoria do clube contratou alguns jogadores para reforçar a equipe, como o zagueiro Gonçalves e os atacantes Bebeto e Donizete Pantera.
Não deu certo.
O time via, pela segunda vez, um alemão tirar o sonho do cruzeirense ser "dono do mundo".
Em 1998, o Cruzeiro conquistou o tricampeonato mineiro em cima do rival.
Contando com o jovem Fábio Júnior inspirado e marcando três gols, o time venceu por 3 a 2 a partida de ida e empatou por 0 a 0 na volta.
Seria o único título daquele ano, marcado por uma sequência de vice-campeonatos.
Primeiro da Copa do Brasil, sendo derrotado pelo Palmeiras por 2 a 0, com o segundo gol sofrido aos 44 minutos do segundo tempo.
Depois foi o Brasileiro.
Em uma melhor de três jogos, o time caiu para o Corinthians.
Seis dias depois, o Cruzeiro encerrou a sequência, perdendo o título da Copa Mercosul para o Palmeiras.
No ano seguinte, o Cruzeiro começou o ano com o título da Copa dos Campeões Mineiro, com uma goleada por 5 a 1 sobre o Atlético-MG.
Com uma vitória por 3 a 0 sobre o Vila Nova (Mineirão) e outra por 2 a 1 (Serra Dourada), o clube também ganhou a Copa Centro-Oeste.
Veio o terceiro título do ano: a Recopa Sul-Americana.
Aproveitando os confrontos pela Mercosul, River e Cruzeiro aproveitaram para decidir a edição de 1998.
O Cruzeiro venceu por 2 a 0, no Mineirão, e por 3 a 0 no Monumental de Nuñez.
Foi o décimo sétimo título da década da Raposa.
Depois, o torcedor cruzeirense passou por decepções, com eliminações na Copa Mercosul (time foi goleado por 7 a 3 pelo Palmeiras) e das quartas de final do Brasileiro para o rival Atlético-MG.
A vaga na Taça Libertadores da América também não veio no torneio seletivo promovido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), com derrota na final para o Atlético-PR.
Chegava o ano 2000 e também um novo campeonato: a Copa Sul-Minas, na qual o Cruzeiro acabou sendo vice-campeão, perdendo a decisão para o América-MG.
Também ficou com o vice do Mineiro, ao ser derrotado pelo Atlético-MG.
Mas a sequência de vices terminou na Copa do Brasil.
Após empate sem gols com o São Paulo, no Morumbi, o Cruzeiro começou perdendo o jogo no Mineirão, mas uma reação nos últimos minutos, com gols de Fábio Júnior e Geovanni, o clube levava o tricampeonato sob o comando de Marco Aurélio.
Felipão assumiu o clube após o título, foi eliminado da Mercosul pelo Palmeiras e conseguiu uma grande virada na Copa João Havelange (Brasileiro daquele ano).
Após iniciar perdendo por 2 a 0, virou o jogo para a 4 a 2.
O time foi até às semifinais, mas acabou eliminado pelo Vasco de Romário e cia.
2001 A 2010: Felipão foi encerrar o jejum de títulos pelo Cruzeiro em 2001.
Após eliminar o Atlético-MG nas semifinais, o time derrotou o Coritiba na decisão e levou a Copa Sul-Minas.
No Mineiro, não conseguiu chegar à decisão.
Na Taça Libertadores da América, o Cruzeiro acabou eliminado nas quartas de final pelo Palmeiras, nos pênaltis.
Felipão deixou o clube para comandar a Seleção.
Para o segundo semestre, após amistosos no México, o clube investiu nas contratações do colombiano Rincón e do atacante Edmundo.
Ambos não deixaram saudade.
O time terminou em vigésimo primeiro lugar no Brasileiro e foi eliminado da Copa Mercosul na fase de grupos.
Em 2002, o clube manteve Marco Aurélio no comando.
Foi o ano da inauguração da Toca da Raposa II e o fim da parceria com o fundo de investimento Hicks, Muse, Tate and Furst.
O bicampeonato da Sul-Minas ocorreu em cima do Atlético-PR, gol de Sorín, que deixou o clube após o jogo, sendo vendido a Lazio, da Itália.
Sem o argentino, o Cruzeiro venceu o Supercampeonato Mineiro com uma goleada por 4 a 0 sobre a Caldense.
Em busca de vaga na Taça Libertadores da América, o time chegou à decisão da Copa dos Campeões, mas em uma tarde de falhas defensivas e do goleiro Jefferson, perdeu o título para o Paysandu, nos pênaltis.
No Brasileiro, ficou perto da classificação já sob o comando de Vanderlei Luxemburgo.
E seria o treinador responsável por comandar um dos maiores times da história do Cruzeiro.
O clube foi o único a conquistar a Tríplice Coroa até hoje no Brasil.
Com Alex como maestro do time, levou o Mineiro (sob formato dos pontos corridos) e a Copa do Brasil (tetracampeonato) de forma invicta, vencendo o Flamengo na final.
Viria o sonhado Brasileiro, com a primeira edição dos pontos corridos.
O clube superou recordes atrás de recordes: o maior número de pontos numa edição (100), vitórias (31), gols (102) e rodadas consecutivas na liderança (18).
Alex se tornou o maior artilheiro do Cruzeiro em uma edição: 23 gols.
Para a campanha da Taça Libertadores da América, em 2004, o Cruzeiro trouxe Rivaldo, direto do Milan, para atuar ao lado de Alex.
A saída de Luxemburgo, em fevereiro, também encurtou a passagem do meia.
O clube só levou o Mineiro em cima do Atlético-MG, naquela temporada. Saiu nas oitavas da Taça Libertadores da América (eliminado pelo Deportivo Cali, da Colômbia) e no Brasileiro também não fez boa campanha.
No ano seguinte, já sem Luxemburgo no comando, o Cruzeiro firmou parceria com o Ipatinga e foi batido por sua própria filial na decisão.
Com Fred como artilheiro do time e o início da trajetória de Fábio como goleiro titular, a Raposa esbarrou no Paulista, nas semifinais da Copa do Brasil.
No Brasileiro marcado pela manipulação de partidas, em uma campanha irregular, também não foi bem.
Encerrava-se uma sequência de 15 anos de, pelo menos, um título por temporada.
Em 2006, o Cruzeiro deu o troco no Ipatinga e venceu o adversário em jogo no Ipatingão, na primeira decisão realizada no interior.
A FIFA acabou punindo o clube e o impediu de realizar transferências internacionais devido à contratação do zagueiro Moisés, vindo da Rússia.
No Brasileiro, outra campanha irregular.
Na temporada de 2007, o Cruzeiro trouxe Paulo Autuori, fez ótima campanha na primeira fase do Mineiro, mas acabou sofrendo uma dura goleada para o Atlético-MG no primeiro jogo da final: 4 a 0, demitindo o treinador após o jogo.
Dorival Júnior foi contratado e trouxe o desconhecido volante Ramires.
Ele mais o jovem Guilherme e o experiente Roni colocaram o Cruzeiro novamente na Taça Libertadores da América de 2008.
O treinador para a edição continental de 2008 seria Adilson Batista, iniciando a primeira passagem no clube, marcada por vitórias em clássicos e bons resultados.
No primeiro ano, o treinador aplicou levou o Campeonato Mineiro, com uma goleada por 5 a 0 sobre o Atlético-MG, na primeira final da decisão.
Na Taça Libertadores da América, parou nas oitavas, sendo eliminado pelo Boca Juniors.
Com uma campanha em que brigou pelos primeiros lugares no Brasileiro, terminou em terceiro lugar e garantiu nova vaga na Taça Libertadores da América.
Em 2009, ainda com Adilson Batista, um novo 5 a 0 sobre o Atlético-MG.
Também na primeira final do Mineiro, conquistada novamente pela Raposa.
Na Taça Libertadores da América, o time fez ótima campanha, contando com a contratação de Kléber Gladiador e a manutenção da base de 2008.
O sonho do tri ficou muito perto, mas a amarga virada para o Estudiantes, no segundo jogo da final da Taça Libertadores da América, em pleno Mineirão, adiaram o que era almejado.
Numa campanha de recuperação, após perder muitos pontos durante o Brasileiro, o Cruzeiro garantiu novamente vaga na Taça Libertadores da América.
Em 2010, Adilson Batista permaneceu no comando e, num clássico pelo Mineiro, o Cruzeiro venceu por 3 a 1, com um gol de Roger e num jogo conhecido pelo "mosaico das flanelinhas".
Em ano de Copa do Mundo, o clube fez um amistoso com a anfitriã África do Sul, no Mineirão, com empate por 0 a 0.
No Mineiro, o time foi eliminado na semifinal e, na Taça Libertadores da América, nas quartas para o São Paulo.
Após um tropeço com o Avaí, no Mineirão, pelo Brasileiro, Adilson Batista deixou o clube.
Cuca assumiu o time e recebeu o reforço do argentino Montillo.
Sem Mineirão e Independência, sendo reformados para a Copa de 2014, o time passou a jogar em estádios do interior.
No Campeonato Brasileiro, acabou sendo vice-campeão, em uma campanha marcada pelas reclamações na derrota para o Corinthians, já na reta final.
2011 A 2020: Com Cuca, o Cruzeiro começou o ano muito bem, goleou o Estudiantes (algoz em 2009) por 5 a 0 na primeira fase da Taça Libertadores da América, momento em que foi o melhor entre todos os participantes.
O técnico Diego Aguirre, do Peñarol, apelidou a equipe de Barcelona das Américas.
Mas a euforia durou pouco.
Surpreendentemente, o time foi eliminado pelo Once Caldas.
No Campeonato Mineiro, ainda surfando no bom momento, o time aplicou uma goleada de 8 a 1 sobre o América de Teófilo Otoni e venceu o Estadual, derrotando o rival Atlético-MG.
No Campeonato Brasileiro, uma campanha irregular, venda de atletas e trocas de treinadores (passaram Cuca, Joel Santana, Emerson Ávila e Vágner Mancini), o time chegou à ultima rodada precisando pontuar, para não ser rebaixado.
Era o jogo contra o rival, com torcida única, e o Cruzeiro respondeu à pressão com uma goleada história: 6 a 1 na Arena do Jacaré.
O ano seguinte, de 2012, foi o primeiro da gestão de Gilvan de Pinho Tavares.
Mesmo com as dívidas aumentando, o clube manteve o argentino Montillo e iniciou o ano com uma polêmica entre presidente e atletas.
No Mineiro, eliminação nas semifinais para o América-MG.
Na Copa do Brasil, saída prematura para o Atlético-PR.
Vágner Mancini foi demitido.
Celso Roth foi o contratado e acabou fazendo uma campanha segura com o time.
No ano seguinte, o Cruzeiro apostou num ídolo do rival para comandar o time: Marcelo Oliveira.
Era o início da trajetória vitoriosa de um maiores treinadores da história do clube.
Com a venda de Montillo, o time investiu na contratação de atletas e na reformulação do clube.
Ricardo Goulart, Everton Ribeiro, Dedé, William, Dagoberto e a volta de Henrique.
Na reinauguração do Mineirão, vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG.
Na Copa do Brasil, eliminação para o Flamengo, nos minutos finais.
Mas o Campeonato Brasileiro chegou e com um futebol envolvente e encantador, o Cruzeiro levou, com certa folga, o tricampeonato, com algumas marcas importantes e parou Belo Horizonte.
Foi o primeiro time a vencer o Brasileiro dos pontos corridos batendo todos os outros times.
Mantendo a base campeã de 2013, o Cruzeiro voltou a celebrar um Campeonato Mineiro após dois anos, após dois 0 a 0 com o rival.
Na Taça Libertadores da América, o time fez uma campanha de altos e baixos.
Foi eliminado nas quartas de final para o San Lorenzo, que seria o campeão daquela edição.
Na Copa do Brasil, acabou perdendo a decisão para o Atlético-MG.
Três dias antes, o clube se sagrou tetracampeão brasileiro, com uma vitória sobre o Goiás, no Mineirão.
Mais uma campanha de encantar os olhos e mostrar que, naquele momento, o Cruzeiro era o melhor clube do futebol brasileiro sob o comando de Marcelo Oliveira.
Com uma folha inchada e ampliando sua dívida financeira, o Cruzeiro teve que se desfazer de figuras importantes do tetracampeonato.
Saíram Egídio, Nilton, Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dagoberto e Borges, por exemplo.
Sem o diretor de futebol Alexandre Mattos, que também deixou o clube, o time foi ao mercado e contratou um pacotão de reforços.
Mas o brilhantismo do time não foi o mesmo.
Eliminado nas semifinais do Mineiro, a equipe também teve uma amarga eliminação na Taça Libertadores da América para o River Plate, nas quartas de final.
Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo Palmeiras, logo quando entrou nas oitavas de final.
No Campeonato Brasileiro, Marcelo Oliveira foi demitido logo no início, o clube fez aposta errada em Paulo Bento e precisou recorrer a Mano Menezes para se safar do rebaixamento.
Com uma proposta milionária do futebol chinês, Mano Menezes deixou o clube.
Deivid foi a aposta, mas com um elenco sem grande qualidade e um futebol decepcionante, foi demitido após a eliminação nas semifinais do Mineiro.
Vanderlei Luxemburgo foi contratado para o Brasileiro, mas o trabalho não deu certo.
O clube recorreu novamente a Mano Menezes, que fez uma campanha de recuperação no Brasileiro e, novamente, conseguiu evitar o rebaixamento.
Na Copa do Brasil, o time ainda chegou às semifinais, mas foi eliminado pelo Grêmio.
Ainda passando por dificuldades financeiras, o Cruzeiro manteve a base de 2016, mas contratou um camisa 10 para a equipe: Thiago Neves.
Trouxe também outros importantes atletas, como Diogo Barbosa e Lucas Silva.
No Mineiro, o time voltou a disputar uma final, mas foi derrotado pelo Atlético-MG.
Com um trabalho seguro, Mano Menezes conseguiu o primeiro título pelo clube: o pentacampeonato da Copa do Brasil, ao vencer o Flamengo nos pênaltis.
No Campeonato Brasileiro, o time fez uma campanha regular e terminou em quinto lugar.
Os bons resultados vieram, mas a dívida foi ampliada assustadoramente.
Sob a direção de Wágner Pires de Sá, o Cruzeiro mudou a direção de futebol e foi ao mercado, fazendo grandes contratações, mesmo sem ter dinheiro em caixa.
Edilson e Fred foram as principais delas.
Só com o atacante, o clube assumiu uma discussão na Justiça de R$ 10 milhões com o rival Atlético-MG.
Ainda ampliou salários de atletas que já estavam no elenco.
O investimento deu resultado em campo.
O Cruzeiro voltou a ser campeão mineiro, após quatro anos, e levou o hexacampeonato da Copa do Brasil, contando com as estrelas de Arrascaeta e Thiago Neves.
No Campeonato Brasileiro, o time ficou em nono lugar.
Embalado pelo bicampeonato da Copa do Brasil, o Cruzeiro começou 2019 com o sonho de ser, novamente, o rei da América.
Investiu em que não poderia: contratar jogadores.
Trouxe Rodriguinho, Marquinhos Gabriel, Pedro Rocha, Dodô, entre outros.
Mesmo não tendo dinheiro.
O título mineiro veio novamente, com gol de Fred, após empate no Independência.
A campanha na primeira fase da Taça Libertadores da América foi quase perfeita.
Mas aí entrou em cena a série de irregularidades denunciadas pelo programa Fantástico no clube... tudo mudou, então.
O Cruzeiro, que buscava um empréstimo de R$ 300 milhões com o fundo inglês, viu a operação falhar, o seu conselho fiscal ser diluído, os salários começarem a atrasar e o noticiário do clube passar do esportivo para o policial.
O presidente Wagner Pires de Sá, o diretor de futebol Itair Machado e diretor-geral Sérgio Nonato passaram a ser investigados.
A eliminação na Taça Libertadores da América e na Copa do Brasil causaram a queda de Mano Menezes e a demissão de Itair Machado.
Antes, Sérgio Nonato já saíra.
O clube apostou em um velho conhecido da torcida: o ex-presidente Zezé Perrella.
Ele assumiu o futebol do clube, mas não conseguiu contornar a maior crise da história do Cruzeiro.
Depois de Mano, passaram Rogério Ceni (que saiu após desavenças com os jogadores), Abel Braga e, por último, Adilson Batista.
Faltando um ano para o centenário do clube, o torcedor cruzeirense se viu ferido com o rebaixamento inédito à Série B e o clube afundado em dívidas.
Em crise e com uma ebulição política, o clube mineiro viu o presidente renunciar e um conselho gestor, formado por conselheiros, assumir o clube.
O presidente se tornou José Dalai Rocha, então vice-presidente do conselho deliberativo, órgão que, até então, não via irregularidades na gestão de Wagner Pires.
Com a dívida beirando R$ 1 bilhão, o conselho gestor assumiu o clube em meio ao aumento de ações trabalhistas, atrasos salarias e, pasmem, falta de atletas.
O Cruzeiro teve de recorrer à base para começar o Campeonato Mineiro.
Nele, o time sequer da primeira fase.
Na Copa do Brasil, saiu para o CRB.
Punido pela FIFA com a perda de seis pontos (por não pagar uma dívida referente ao empréstimo do volante Denílson), o time começou a Série B com saldo negativo.
Iniciou bem com três vitórias, mas depois viu o rendimento cair e, após duas mudanças de treinador, o sonho do acesso ir por água abaixo.
Na abertura do novo centenário do clube, o torcedor cruzeirense aguarda pela volta do Cruzeiro vitorioso, dirigido por pessoas competentes e que buscam o bem da instituição.
O certo é que, nada do que hoje acontece, manchará a história do "gigante incontestado" Cruzeiro Esporte Clube.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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