Kawasaki Frontale goleia vice-líder e confirma título japonês com 4 rodadas de antecedência.
Leandro Damião marca, Ienaga faz hat-trick e o Golfinho é tricampeão da J.League com 5 a 0 em casa sobre o Gamba Osaka.
O melhor time da história da J.League?
É possível que o Kawasaki Frontale de 2020 seja lembrado assim no futuro.
O Golfinho de Kanagawa confirmou hoje o tricampeonato da J1 League com um histórico 5 a 0 sobre o vice-líder Gamba Osaka diante de um público de 11.360 pessoas no Todoroki Stadium (os estádios no Japão estão recebendo torcida com 50% da capacidade).
Com quatro rodadas de antecedência, quebrou o recorde do Nagoya Grampus de 2010, que tinha sido campeão com três jogos restantes, e também já tem a melhor campanha da história dos pontos corridos na J1, com 75 pontos (superando o Sanfrecce Hiroshima de 2015 e o Urawa Reds de 2016, que terminaram com 74 pontos).
Se o primeiro título do Frontale, em 2017, foi conquistado com uma ultrapassagem na última curva, e o segundo, em 2018, veio com uma arrancada na segunda metade da disputa, em 2020 foi quase uma liderança de ponta a ponta, o time está desde a quarta rodada no topo da classificação.
Os 5 a 0 de hoje foram emblemáticos. Nunca se viu uma disparidade tão grande entre campeão e vice.
O Kawasaki dominou completamente o jogo, do primeiro ao último minuto.
O Gamba só teve uma finalização no primeiro tempo e a única chance real de gol foi quando Patric recebeu de frente para o goleiro nos acréscimos do segundo tempo, quando tudo já estava decidido.
Jung Sung-ryong defendeu para garantir um zero no placar.
Leandro Damião, que fez o primeiro gol da partida após cruzamento do lateral esquerdo Noborizato, ainda deu uma assistência e poderia até ter feito mais gols.
As defesas de Higashiguchi impediram uma goleada histórica.
Foram 23 finalizações do Kawasaki e 13 no alvo.
Kaoru Mitoma, a revelação do ano que é candidato até a MVP, teve grande atuação com duas assistências.
Mas a estrela da noite foi Akihiro Ienaga, o MVP de 2018 que marcou três gols e criou várias outras chances, uma partida quase perfeita do camisa 41, que por ironia do destino foi revelado pelo Gamba Osaka.
"É muito gratificante conquistar mais uma taça aqui no Japão", declarou Leandro Damião. "Fico muito feliz em ter mais um título em minha carreira, o terceiro aqui no Japão, país que me recebeu tão bem e que tenho um carinho enorme. Ofereço esse título à minha família, amigos, companheiros de equipe e agradeço a Deus por estar vivendo esse momento maravilhoso", completou o atacante.
Yu Kobayashi, o MVP de 2017, entrou no segundo tempo e quase marcou o dele.
Manabu Saito, quando recebeu livre para fazer o quinto, não foi fominha e tentou fazer o passe para o companheiro, mas Kobayashi não alcançou por pouco.
Saito foi recompensado pela gentileza pouco depois quando a bola sobrou para ele com o gol vazio, só para completar e fechar os 5 a 0.
Kengo Nakamura, o MVP de 2016, entrou no final, pegou a braçadeira de capitão de Ryota Oshima (o capitão usual, Shogo Taniguchi, estava suspenso e só assistia ao jogo das tribunas) e teve a honra de ser o primeiro a levantar o troféu.
Aos 40 anos, Nakamura já anunciou que se aposenta ao fim desta temporada.
O maior ídolo da história do Frontale vai pendurar as chuteiras de uma forma que parecia inimaginável quatro anos antes, quando o prêmio de MVP parecia mais um consolo para a grande carreira do meia, que até aquele momento não tinha nenhum título (sem contar J2) no clube em que passou toda a carreira.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário