domingo, 25 de novembro de 2018

Final adiada novamente

Final da Taça Libertadores da América entre River Plate e Boca Juniors é adiada.

Presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Alejandro Domínguez, afirmou que a decisão foi tomada para que não houvesse "desigualdades esportivas". 

Nova data será conhecida terça-feira (27), em reunião no Paraguai.

Final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors é adiada Final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors é adiada.
Torcida do River Plate deixa Monumental após novo adiamento. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Adiado outra vez! 

Após confusão de sábado (24), final da Taça Libertadores da América é novamente adiada.

O duelo entre River Plate e Boca Juniors, pela final da Taça Libertadores da América, no Monumental, foi adiado. 

Inicialmente, a partida estava marcada para o último sábado, mas acabou sendo remarcada para este domingo. 

No entanto, os xeneizes enviaram um pedido formal à Conmebol para que o jogo tivesse uma nova data, que ainda será anunciada.

Haverá uma reunião na próxima terça-feira (27), às 10 horas (11 horas no horário de Brasília), na sede da Conmebol, no Paraguai, com a presença dos presidentes dos dois clubes, para decidir dia, horário e local da decisão. 

O campeão sul-americano tem que ser conhecido a tempo de participar do Mundial de Clubes da FIFA, nos Emirados Árabes Unidos. 

A estreia será no dia 18 de dezembro, na semifinal.

No entanto, uma situação fora do âmbito esportivo deixa o calendário para a escolha da nova data ainda mais apertado. 

O presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, afirmou que o governo argentino, por razões de segurança, pediu para que a final não seja jogada esta semana, por causa da Cúpula do G-20, reunião dos chefes de Estado e de Governo das 20 maiores economias mundiais, que será realizada em Buenos Aires nos dias 30 de novembro, sexta, e 1º de dezembro, sábado.

Em entrevista à "Fox Sports" argentina, Domínguez afirmou que a decisão foi tomada para que não houvesse "desigualdades esportivas", e garantiu que a final será realizada.

"Não havia condições esportivas. Não queremos que haja desigualdades esportivas. (Queremos) Um bom espetáculo esportivo. Que não haja desculpa."

"Esta não é uma suspensão, é um adiamento. Em conjunto com os presidentes, vamos remarcar a partida. Vamos buscar a data adequada, a partida será disputada", completou o presidente da Conmebol.

Na imprensa argentina, especula-se que o jogo seja realizado nos Emirados Árabes, país que receberá o Mundial de Clubes. 

No entanto, segundo pessoas ligadas a cúpula da Conmebol, entre quem toma decisões, nunca se falou em final em Abu Dhabi, uma das sedes do Mundial. Essa possibilidade não está sobre a mesa. 

A tendência é que a segunda partida da final seja na Argentina e no estádio do River, ou num estádio escolhido pelo River.

"Claramente estávamos em desvantagem esportiva ontem (sábado) e hoje (domingo). Não havia condições do Boca jogar, não estávamos nas mesmas condições do River"

"Lamentavelmente, isso aconteceu. Isso não tem nada a ver com uma final de Libertadores. Seja o River ou qualquer outro rival, devemos chegar os dois nas mesmas condições", disse Schelotto.

Na mesma entrevista, o presidente do Boca, Daniel Angelici, explicou que, apesar de ter assinado um termo na véspera, junto com o River, remarcando a final para este domingo, tinha consciência de que só haveria jogo se o Boca pudesse levar a campo um time em condições de igualdade para disputar o título.

"Assinamos um pacto de cavaleiros. Mas eu sei o que eu assinei, tínhamos que chegar à final em igualdade de condições, só assim se poderia jogar", declarou.

Rodolfo D'Onofrio, presidente de River, também falou sobre o adiamento e repetiu o discurso xeneize.

"Generosamente, River aceitou não jogar para estar em igualdade de condições com o Boca Juniors. Sobre as novas datas, não quero me adiantar. Vamos esperar a manhã de terça", disse o dirigente se referindo à reunião da Conmebol em Assunção.

Entenda a confusão passo a passo:

1 - Sábado, 24/11/2018, à tarde: Ônibus do Boca Juniors é atacado por torcedores do River a caminho do Monumental

2 - Sábado, 24/112018, à noite: Em acordo com os clubes, Conmebol adia a decisão para domingo.

3 - Sábado, 24/112018, à noite: Após adiamento, tumulto nas ruas próximas ao estádio. 

4 - Domingo, 25/112018, de manhã: Após interdição, Monumental é liberado para a decisão.

5 - Domingo, 25/112018, de manhã: Jogadores do Boca temem doping após tomarem remédios proibidos.

6 - Domingo, 25/112018, à tarde: Boca pede suspensão da partida e punição ao River.

Cerca de uma hora depois do pedido do Boca Juniors, o presidente da Conmebol confirmou o adiamento.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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