Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) diz que final da Libertadores será dia 8 ou 9 de dezembro, fora da Argentina.
Boca Juniors, porém, envia carta para entidade na qual pede punição ao River Plate e título da competição.
Presidente xeneize afirma que clube não vai aceitar jogar.
A Conmebol anunciou nesta terça-feira (27) que a segunda partida da final da Taça Libertadores da América entre River Plate e Boca Juniors será disputada entre os dias 8 ou 9 de dezembro, em horário e local que ainda serão definidos.
Final em aberto?!?! (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Além disso, a entidade sul-americana informou que pagará todos os custos de viagem, hospedagem e alimentação para até 40 pessoas de cada delegação.
De acordo com a entidade, a partida não será realizada na Argentina após os incidentes em que fanáticos do River atacaram o ônibus que levava a delegação do Boca, e as opções para sediar o jogo são as cidades de Miami, nos Estados Unidos, Doha, no Catar, e Assunção, no Paraguai.
"A presidência em conjunto com a administração da Conmebol tomou a decisão de que a partida seja disputada, será em 8 ou 9 (de dezembro) fora do território argentino. Entendemos que não texistem condições para que esta partida seja disputada na Argentina", disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
O presidente da Conmebol foi além e afirmou que o futebol não é violência.
Além disso, revelou um pedido feito para os presidentes de River Plate e Boca Juniors, Rodolfo D'Onofrio e Daniel Angelici, respectivamente:
"O futebol não é violência, podemos competir, mas se resolve com gols. Isso foi um pedido pessoal a ambos os presidentes. A intolerância está em muita gente, isso não é normal. Meu pedido aos presidentes é que enviem a mensagem correta, que é uma Enfermidade que se viveu, que isso não é futebol. E sendo os presidentes mais importantes da Argentina, pedi que mandem uma mensagem correta: "respeito e convivência".
Da mesma forma, o artigo 35º estabelece “em caso de qualquer dificuldade ou impossibilidade para disputar um jogo na sede, datas e horários estipulados, caberá ao julgamento exclusivo da Conmebol adotar as modificações que considere pertinentes.
A Conmebol poderá ao seu critério modificar datas e horários quando considerar prudente ou necessário. Também poderá mudar a sede do encontro como solução alternativa”.
Por consequência, a Conmebol, em uso de suas capacidades, e para garantir o devido término esportivo da Conmebol Libertadores, resolveu que:
a. O jogo de volta da Final Conmebol Libertadores, edição 2018, será disputado entre os dias 8 e 9 de dezembro, em horário e sede a definir pela administração da Conmebol o mais cedo possível (*sujeito à decisão do Tribunal Disciplinar).
b. A Conmebol cuidará das despesas de viagem, hospedagem, alimentação e traslado interno de até 40 pessoas por delegação.
c. A Conmebol estabelecerá as coordenadas de segurança com as autoridades correspondentes.
O Boca Juniors, por sua vez, enviou um documento para a Conmebol pedindo a confirmação do título da Taça Libertadores da América após o ataque que o ônibus da equipe sofreu antes da decisão contra o River Plate, no domingo passado, 25 de novembro, no Monumental de Nuñez.
O GloboEsporte.com teve acesso ao documento assinado pelo presidente do clube xeneize, Daniel Angelici.
Na carta, o Boca Juniors pede que "se suspenda em definitivo o encontro de volta da final da Copa Libertadores de 2018".
E solicita a decisão do Tribunal de Disciplina da Conmebol.
Logo após a reunião na Conmebol, o presidente xeneize deixou claro que o clube não quer jogar a segunda partida da final e deve mesmo investir no pedido de cancelamento do jogo.
"Nós não aceitamos jogar uma nova partida. Vamos esgotar todas as vias administrativas, primeiro dentro da Conmebol e, se precisar, iremos ao TAS", garantiu.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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